DC 036-1844 - Teatro de S. João

Zona de identificação

Código de referência

PT FIMS MSMS-3-3.2-3.2.2-3.2.2.1-04-036-1844

Título

Teatro de S. João

Data(s)

  • [1909]-[1920] (Produção)

Nível de descrição

DC

Dimensão e suporte

1 unidade de instalação com documentação escrita;
C. 153 peças desenhadas;
34 fotografias;
2 esculturas.

Zona do contexto

Nome do produtor

(1869-1947)

História biográfica

Foi o primeiro dos 10 filhos de Bernardo Marques da Silva e Maria Rosa Marques, nasceu, segundo se julga, no prédio nº 113 da Rua de Costa Cabral na freguesia de Paranhos, Porto, a 18 de Outubro de 1869.
Neto de lavrador e filho de operário marmorista, primeiro, e industrial de obras de mármore, mais tarde.
Frequentou a Escola da Ordem da Trindade e trabalhou nas horas de folga na oficina de seu pai, instalado junto aquela escola.
Feitos os exames do 1º e 2º grau ingressou no liceu onde fez com êxito o 2º ano do respectivo curso geral, passando, depois, a frequentar a antiga Academia Portuense de Belas Artes, tirou o curso de Arquitectura Civil; o 3º ano de escultura e o curso de desenho histórico.
Terminados os seus estudos, no Porto, fez, em Lisboa, as provas para o concurso para pensionista do estado, em Paris. Competiu com Adães Bermudes e foi preterido. Seu pai não se conformando com a situação enviou-o para Paris, com expensas próprias e Marques da Silva ali prosseguiu os seus estudos. Chegou a Paris no ano em que completava 20 anos tendo presenciado a grandiosa Exposição internacional de 1889.
Em 6 de Agosto de 1890 fez o concurso e foi admitido como aluno da Ecole Nationale et Speciale des Beaux Arts e ingressa no atelier de Victor Laloux. Nesta escola obteve o 1º lugar em 3 concursos escolares, obteve uma 1ª medalha, duas 2ª medalhas e várias primeiras menções.
Obteve o título de arquitecto diplomado pelo governo francês em 10 de Dezembro de 1896.
De regresso ao Porto, José Marques da Silva foi nomeado professor de Desenho do Instituto Industrial e Comercial do Porto, em 1900.
Em 1904 foi nomeado Arquitecto da Câmara Municipal do Porto.
Em 1906 foi nomeado professor interino da Cadeira de Arquitectura Civil, na antiga Academia Portuense de Belas Artes onde exerceu docência até 1939.
Em 1914 foi transferido do Instituto Industrial e Comercial do Porto para a Escola de Arte Aplicada onde passou a Professor e Director até 1930, data em que aquela escola foi incorporada na antiga Escola Industrial de Faria de Guimarães, actual escola de Artes Decorativas de Soares dos Reis.
Foi Director da Escola de Belas Artes do Porto, pela 1ª vez por alturas de 1914.
Em 1930 foi nomeado professor da cadeira de Desenho de Construção na Escola Industrial de Faria Guimarães (Arte Aplicada) cuja regência se conservou até à data da sua aposentação.
Nomeado Director efectivo da Escola de Belas Artes do Porto em 1931 mantendo-se até 1939.
Marques da Silva como arquitecto construiu obras no Porto; Matosinhos; Vila nova de Gaia; Guimarães; Barcelos e Braga.
Faleceu em 6 de Junho de 1947.

Transcrição integral da biografia de José Marques da Silva escrita pela sua filha Maria José Marques da Silva, em 1953 (FIMS/MSMS/1119).

História do arquivo

Fonte imediata de aquisição ou transferência

Zona do conteúdo e estrutura

Âmbito e conteúdo

Documentos relativos ao processo de obra Teatro de S. João, no Porto, com o número de obra 1844. O processo de obra é composto pelos seguintes documentos: correspondência, apontamentos, programas de concursos, cadernos de encargos e condições de arrematação, memórias descritivas e justificativas, medições e orçamentos, faturas e recibos, material publicitário, fotografias e peças desenhadas.

  • Dados sobre a obra
    • Autor: José Marques da Silva
    • Estado da obra: construída
    • Localização: Porto
    • Requerente: Câmara do Porto
    • Tipo de construção: teatro
    • Data do projeto: 1909
    • Data de inicio da obra: 1910
    • Data de conclusão da obra: 1920

Avaliação, seleção e eliminação

Incorporações

Sistema de arranjo

Zona de condições de acesso e utilização

Condições de acesso

Condiçoes de reprodução

Idioma do material

    Script do material

      Notas ao idioma e script

      Características físicas e requisitos técnicos

      Instrumentos de descrição

      Zona de documentação associada

      Existência e localização de originais

      Fundação Instituto Arquitecto José Marques da Silva.

      Existência e localização de cópias

      A documentação deste dossier encontra-se digitalizada e pode ser consultada na sua integra nas instalações da FIMS.

      Unidades de descrição relacionadas

      Descrições relacionadas

      Zona das notas

      Nota

      Inaugurado nos finais do século XVIII, o Real Theatro de S. João ou Real Teatro do Príncipe, como também era conhecido, de autoria do arquiteto e cenógrafo italiano Vicenzo Mazzoneschi, arde em Abril de 1908, deixando o Porto sem o seu marco cultural. Tornava-se imperativo reconstruir este símbolo da cultura portuense, procurando colmatar as deficiências ao nível da segurança do primeiro projeto. Em 1909 é anunciado o primeiro concursos para a sua reconstrução. Em junho de 1909 são lançadas as novas bases e programa para o concursos público, José Marques da Silva obtém o primeiro prémio. De caris neoclássico e de com recurso a técnicas construtivas modernas num compromisso.O novo edifício combinava a identidade do original com alguns traços do modelo de teatros franceses.
      A obra conclui-se em 1918 mas só é inaugurada em 7 de março de 1920.

      Identificador(es) alternativo(s)

      Pontos de acesso

      Pontos de acesso - Locais

      Pontos de acesso - Nomes

      Pontos de acesso de género

      Zona do controlo da descrição

      Identificador da descrição

      PT/FIMS/MSMS/1844

      Identificador da instituição

      Regras ou convenções utilizadas

      Estatuto

      Nível de detalhe

      Datas de criação, revisão, eliminação

      Línguas e escritas

        Script(s)

          Fontes

          • CARNEIRO, Luís Soares, A Estranheza da Estípite. Marques da Silva e o(s) Teatro(s) de S. João, Porto, FIMS, 2010.

          Área de ingresso