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SILVA, Eduardo Marques da
PT/EMS · Person · 1885-1924

Eduardo Marques da Silva nasceu em 1885; era filho de Bernardo Marques da Silva e Maria Rosa Marques. Casou com Maria Amélia Dias. Exerceu a profissão de marmorista e morou na rua de Costa Cabral, no Porto. Faleceu no dia 12 de Agosto de 1924.

Guerra, António Teixeira
PT/FIMS/ATG · Person · 1929 - 2012

António Maria de Calça e Pina Teixeira Guerra nasceu a 7 de fevereiro de 1929 em Santa Maria de Belém, Lisboa, filho do Dr. Rui da Fonseca e Sousa Camões Teixeira Guerra e de Mariana de Sousa Menezes de Calça e Pina Teixeira Guerra. Casou-se com Martine Anne Marguerite Françoise Marie de Stoop Teixeira Guerra, com quem teve 3 filhos e 1 uma filha.
António Teixeira Guerra viveu a sua juventude quase toda no estrangeiro, em virtude das missões diplomáticas do seu pai, cônsul e embaixador. Teixeira Guerra estudou no Canadá, na Alemanha, nos EUA, Inglaterra, França e na Suíça. O pai foi um dos principais promotores da política de integração de Portugal na E.F.T.A. e instalou o primeiro consulado de Portugal no Canadá. Por isso, António Teixeira Guerra viveu no Canadá entre os 8 e os 12 anos, mudando-se para Berlim em 1940, no período de governo nazi. A família mudou-se no ano seguinte para os Estados Unidos da América, onde António terminou o liceu em 1946.
A opção de Teixeira Guerra pela arquitetura foi, segundo ele, consequência do seu talento para a matemática e para o desenho. De 1946 a 1947 frequentou o 1º ano da Escola de Arquitetura da Universidade de Manchester. Prosseguiu depois os seus estudos no Curso de Arquitetura e Urbanismo da Escola de Arquitetura e Urbanismo na Escola Politécnica da Universidade de Lausanne, na Suíça, tendo aí obtido o Diploma de Arquiteto com a classificação de 20 valores a 22 de julho de 1955. Ainda na Universidade de Lausanne, aceitou o convite de Jean André Tschumi, Diretor da Escola de Arquitetura e Urbanismo, fundador e então presidente da União Internacional dos Arquitetos (UIA), para exercer as funções de seu professor assistente. Em 1957, após ter passado com 19 valores no exame de equivalência exigido para o exercício da profissão de arquiteto e urbanista em Portugal na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa (ESBAL), inscreveu-se no Sindicato Nacional dos Arquitetos (SNA) em Portugal.
Entre 1957 e 1975, António Teixeira Guerra foi consultor e colaborador do Instituto Nacional de Investigação Industrial (INII), em Lisboa, contribuindo para a estruturação e organização iniciais desse instituto, colaborando na criação do seu Núcleo de Arte e Arquitetura Industrial em 1960, e promovendo várias ações para a melhoria do “desenho industrial” a nível nacional. Ainda em 1960, e pela ação de Teixeira Guerra, o INII realizou a sua primeira apresentação pública na Exposição de Embalagem na FIL (Feira Internacional de Lisboa), com um stand da autoria do arquiteto e designer António Sena da Silva e com a colaboração dos designers António Garcia e Luís Filipe de Abreu. No âmbito da sua ação no INII, António Teixeira Guerra destacou-se como consultor em matéria de planeamento regional e turístico: em colaboração com o Dr. José da Silva Lopes elaborou as bases para o primeiro Plano de Desenvolvimento Turístico de âmbito nacional em Portugal, projetou e acompanhou programas de assistência técnica para a E.F.T.A. e a O.C.D.E., participou em negociações para programas de assistência técnica no âmbito de instituições europeias, nomeadamente entre Portugal e a Suíça, e organizou várias conferências, colóquios e ações didáticas.
António Teixeira Guerra criou a ADR – Agência de Desenvolvimento Regional, Lda., uma sociedade de estudos e projetos de urbanismo e arquitetura onde se abordava problemáticas com componentes pluridisciplinares, como planificação urbana, regional, turística, mobilidade e industrial. Através desta agência, Teixeira Guerra concretizou vários projetos de urbanismo e arquitetura, tais como as instalações do DIALAP - Sociedade Portuguesa de Lapidação de Diamantes, SARL, de 1960, em colaboração com o arquiteto e professor Carlos Manuel Ramos, o plano de urbanização do Conjunto Turístico de Nova Belas, em 1979, o Plano Geral de Remodelação do Centro Urbano de Vila do Conde, de 1980, e a Reabilitação do Castelo do Crato, de 1992.
No ano de 1979 esteve na Universidade da Califórnia, em Irvine, como investigador visitante convidado na área da antropologia urbana e da programação operacional. Aqui delineou o seu primeiro projeto criativo para o Castelo do Crato.
Os seus projetos de obra são diversificados e presentes em vários pontos do país, com destaque para as regiões da Grande Lisboa, Alentejo e Algarve. As tipologias mais presentes são a arquitetura industrial e os planos urbanísticos para conjuntos residenciais turísticos. O seu atelier situava-se na Av. Infante Santo, Lisboa.
A obra a que António Teixeira Guerra se dedicou com mais paixão foi a recuperação e reconversão do Castelo do Crato, cuja ruínas tinham sido adquiridas pelo seu pai, o Dr. Rui Teixeira Guerra, em 1939. Em 1989, após a doação do castelo à Câmara Municipal do Crato pelo pai, em representação da sociedade Centro de Estudos e Intercâmbio Turístico do Crato Lda., António Teixeira Guerra fez um contrato com a mesma Câmara tendo em vista a recuperação e valorização do castelo, através de uma concessão por 99 anos à sua Agência de Desenvolvimento Regional. Ligado a este projeto, Teixeira Guerra fundou a Fundação do Castelo do Crato, que pretendia ser um centro de investigação e de alta tecnologia, focada nos meios audiovisuais, com uma área de museu dedicada ao património artístico mundial, no reabilitado castelo.
António Teixeira Guerra morreu em 2012.

CABRAL, Bartolomeu Costa
PT/FIMS/BCC · Person · 1929 - 2024

Bartolomeu Albuquerque da Costa Cabral nasce em Lisboa a 8 de fevereiro de 1929. É o terceiro filho de Maria Teresa de Albuquerque e de António de Alcântara Bernardo de Carvalho e Vasconcelos da Costa Cabral, Conde de Tomar. Foi a mãe, afirma, que viu “uma sensibilidade de artista” e o exortou a estudar arquitetura. Assim, terminados os estudos no Liceu Pedro Nunes, em 1947, Costa Cabral inicia a preparação, no atelier de Frederico George (1915-1994), para o exame de Desenho de admissão à Escola de Belas-Artes de Lisboa (EBAL), onde ingressa, no mesmo ano, no Curso Especial de Arquitectura.
Ainda estudante, inicia o seu percurso profissional no atelier de Nuno Teotónio Pereira (1922-2016). É, assim, com Teotónio Pereira, mas também com Manuel Tainha (1922-2012), Rafael Botelho (1923), Raúl Chorão Ramalho (1914-2002), Manuel Alzina de Menezes (1920-2016), Ernesto Borges (seu colega no liceu) e José de Lucena (e, a partir de 1957, também com Nuno Portas), que Costa Cabral consolida o seu pensamento sobre a Arquitetura. É também no atelier de Teotónio Pereira que, pela realização o Bloco das Águas Livres, de que é coautor, considera concluída a sua formação. Permanece como colaborador no atelier de Nuno Teotónio Pereira até 1958, tendo apresentado o CODA “Uma Pousada para a Praia do Vau” (e, portanto, terminando o curso na ESBAL) em 1957.
A partir de 1954, trabalha também no GEU (Gabinete de Estudos e Urbanização), onde se mantém até 1959 – ano em que ingressa no Gabinete de Habitações Económicas da Federação de Caixas de Previdência (HE-FCP). Nesse organismo dedica-se, até 1968, à produção de estudos e projetos de habitação económica para várias zonas do país. No âmbito do trabalho na HE-FCP realiza, além disso, viagens e estágios: em 1962, em Paris, estagia no Centre Scientifique et Technique du Bâtiment (CSTB) e no atelier de Candilis, Josic e Woods; em 1965, em Londres, no London County Council (LCC) (após um breve período em 1964, na Madeira, onde colabora com Rui Goes Ferreira no desenvolvimento de projetos para a Federação de Caixas de Previdência); e em 1967, em Lisboa, estagia no Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC). É nesta década de 60 que porventura mais se evidenciam as suas preocupações sociais, refletidas nas obras construídas, nos relatórios que realiza, nos artigos que publica ou nos eventos em que se faz presente. É também nesta década que se intensifica a sua participação cívica, evidente em 1960, no seu trabalho enquanto membro da comissão organizadora do I Colóquio do Habitat, ou da Direção do SNA (1960-65).
Em 1968, leciona na ESBAL, a convite de Nuno Portas, tendo ingressado, em 1967, no atelier de Conceição Silva e Maurício de Vasconcellos (1925-1997). No ano seguinte, inicia a sua colaboração no Grupo de Planeamento e Arquitectura (GPA), atelier fundado por Maurício de Vasconcellos e Luís Alçada Baptista, onde trabalha até à morte de Maurício de Vasconcellos, em 1997. No GPA, sendo responsável por numerosos trabalhos, desenvolve sobretudo projetos de grande dimensão, nomeadamente planos de urbanização e edifícios para o ensino superior. Entretanto, em 1973 funda o seu atelier, onde desenvolve projetos mais variados na escala e no programa.
De 1948 até à sua morte, Bartolomeu Costa Cabral concebeu mais de duas centenas de projetos. Desde peças de mobiliário a projetos de planeamento urbano, a obra apresenta as mais diversas escalas de intervenção. Apresenta também resposta a uma grande diversidade de programas, de lugares e de linguagens.
Bartolomeu Costa Cabral faleceu a 20 de abril de 2024 em Lisboa.

PT/FIMS/JCL · Person · 1925-

José Carlos Loureiro has been practising architecture since 1947, when he established his first office, without legal formalities and using his own name. The office was in Porto, at Praça Filipe de Lencastre, number 22, 6th floor, room 102.
In the 1960s he moved to a new office in the Lima/Luso Buildings. In 1972 he committed himself to architecture. In 1976, in partnership with the architect Luís Pádua Ramos, with whom he had been collaborating since 1955, he established GALP - Gabinete de Urbanismo, Arquitectura e Engenharia, Lda., (commercial enterprise) but he kept working in his office. In 1982, his son José Manuel Loureiro, also an architect, joined the partnership.
Among the architects José Carlos Loureiro worked with in his office were Alcino Soutinho, Anni Gunther, Carlos Chaves de Almeida, José Gomes Fernandes, Luís Cunha, Manuel Correia Fernandes, Maria Noémia Coutinho, Noé Dinis (trainee), Pádua Ramos and Rogério Cavaca (trainee).

GALP, Lda.
PT/FIMS/JCL/GALP · Corporate body · 1976 -[20--]

O GALP, Lda. foi fundado em 1976, como sociedade por quotas, pelo arquiteto José Carlos Loureiro, substituindo o gabinete em seu nome próprio, já existente desde 1950 e que havia sido transformado em sociedade particular em 1960. A partir de 1976, tem como sócio o arquiteto Luís Pádua Ramos, seu antigo aluno e colaborador desde 1955 e, a partir de 1982, o arquiteto José Manuel Loureiro. Atualmente, tem a designação de GALP - Gabinete de Urbanismo, Arquitetura e Engenharia, Lda., mantendo a sua sede na Rua da Alegria, nº 1880, 4200-024 Porto.

Loureiro, José Manuel
PT/FIMS/JML · Person

Arquiteto formado pela ESBAP. Sócio do GALP, Lda. desde 1982.

FILGUEIRAS, Octávio Lixa
PT/FIMS/OLF · Person · 1922-1996

Octávio Lixa Filgueiras nasceu no Porto, na freguesia de Nevogilde, a 16 de agosto de 1922. Filho de Octávio José Filgueiras e Aurora Rosa Lixa Filgueiras é o filho mais velho de 3 irmãos. Casou com Olívia Maria Neves de Oliveira Filgueiras, em 1945, com quem teve 6 filhos.
Em 1940 terminou o Curso Geral dos Liceus, no Liceu Alexandre Herculano, no Porto.
Depois da frequência do 1º ano dos estudos preparatórios de Engenharia, na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, mudou de licenciatura, e ingressou, em 1942, no curso de Arquitetura, na Escola Superior de Belas Artes do Porto (ESBAP). Diplomou-se em 1954. A tese apresentada ao Concurso para Obtenção do Diploma de Arquitecto (C.O.D.A.), “Urbanismo – um tema rural”, obteve classificação máxima de 20 valores, e foi inovadora em múltiplos sentidos: constituiu o primeiro trabalho teórico-prático aceite pela Escola, então dirigida por Carlos Ramos, e trouxe para o debate académico a importância das comunidades rurais enquanto área de estudo.
Em 1955 venceu o concurso para Arquiteto da Direção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais.
Entre 1955 e 1957, participou no "Inquérito à Arquitetura Popular em Portugal", iniciativa do Sindicato Nacional dos Arquitetos. Octávio Lixa Filgueiras foi o coordenador do grupo de trabalho constituído para a Zona II (Trás-os-Montes/Alto Douro), onde também participaram Arnaldo Araújo e Carlos Carvalho Dias. Do trabalho desenvolvido nesta Zona II saíram as bases para o tema da representação portuguesa no 10º Congresso Internacional de Arquitetura Moderna (CIAM), em Dubrovnik, em 1956. O trabalho Habitat Rural – Nouvelle Communauté Agrícole defendia a aproximação ao “país real”, discutindo não só a aplicação dos princípios de desenho urbano definidos pelo Movimento Moderno, quanto a escala dos aglomerados rurais. Foi apresentado por Viana de Lima e Fernando Távora, porta-vozes da equipa onde se integrava Lixa Filgueiras, Arnaldo Araújo, Carlos Carvalho Dias e Alberto Neves.
Em 1958 Octávio Lixa Filgueiras iniciou a sua experiência pedagógica e começou a exercer serviço no Curso de Arquitectura da ESBAP. Manter-se-á vinculado à prática docente na Escola e, posteriormente, na Faculdade, até 1991.
Entre 1961 a 1963 Octávio Lixa Filgueiras foi Arquitecto Regional das Habitações Económicas da Federação das Caixas de Previdência.
Até à década de 70 exerceu vários cargos de relevo na área cultural e patrimonial: entre 1967 e 1977 foi vogal da 4ª Sub-Secção da 2ª Secção da Junta Nacional da Educação (Património Arquitectónico/Urbanístico). Entre 1970 e 1973 foi Membro da Comissão de Intercâmbio do Instituto de Alta Cultura. Entre 1973 e 1976 foi Inspector Superior das Belas-Artes e membro da Comissão Nacional do “Ano Europeu do Património Arquitectónico”.
Na Junta Nacional de Educação, coordenou o Processo «Cidade Romana de Braga» (1976) e o Inquérito «Imóveis do Património a Recuperar», este último desenvolvido com Manuel Fernandes Sá (1978).
Entre 1978 e 1981, é chamado por David Mourão-Ferreira para integrar o Gabinete do Secretário de Estado da Cultura e colaborar na estruturação da futura Delegação Regional do Norte.
Em 1981 é destacado da Secretaria de Estado da Cultura para o Centro de História da Universidade do Porto onde permaneceu até 1985, data em que é criada a Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto para onde é transferido como Professor Catedrático, a seu requerimento. Nesta instituição começou por dirigir um seminário de finalistas dedicado à Protecção do Património Arquitetónico.
Entre 1985-1993 exerceu funções de membro do Conselho Consultivo do Instituto Português do Património Cultural.
A paixão pela Etnologia e Arqueologia Naval é uma constante na sua vida. Nestas áreas desempenhou atividades tão distintas quanto: bolseiro do Instituto de Alta Cultura pelo Centro de Estudos de Etnologia Peninsular; autor do inquérito às embarcações tradicionais portuguesas; consultor do Museu da Marinha e membro fundador do Grupo de Estudos de História Marítima do mesmo Museu (1964). Integrou o Centro de Estudos da Marinha, em 1970, do qual transitou, em 1978, para a Academia de Marinha. Fez parte do Grupo de Trabalho para Defesa do Património Arqueológico Subaquático (1976-1984) e ainda da Comissão de Estudos de Aproveitamento do Leito do Mar, do Gabinete do Chefe do Estado-Maior da Armada. Participou em todos os International Symposia on Boat & Ship Archaeology, tendo organizado o 4º Simpósio, em 1985. Enquanto mentor da Arqueologia subaquática em Portugal, e pela sua experiência de mais de três décadas, exerceu a função de delegado português na reunião do Conselho de Ministros da Comunidade Económica Europeia sobre a defesa do Património Cultural Subaquático (Paris, 1979) e no Grupo de Trabalho de redacção da respectiva Convenção Europeia (Estrasburgo, 1980-85). Nesta área de investigação, foi ainda membro do Hellenic Institute of Marine Archaeology e membro fundador da associação cultural, sem fins lucrativos, Arqueonáutica – Centro de Estudos, onde colaborou na redacção do Livro Branco – Arqueologia ou Caça ao Tesouro? Para um debate sobre a legislação do património arqueológico subaquático em Portugal, documento que, conjuntamente com o movimento cívico a ele associado, viria a contribuir para a revogação da legislação adoptada nos anos noventa do século XX, a qual favorecia a exploração comercial do património cultural subaquático em Portugal.
Faleceu a 11 de Março de 1996, no Porto.
Octávio Lixa Filgueiras foi agraciado postumamente, ainda em 1996, com a Medalha de Mérito Cultural, Grau Ouro, pela Câmara Municipal de Gaia, seguindo-se outras homenagens, publicações de trabalhos de sua autoria.
O seu acervo sobre cultura marítima, o mais importante arquivo pessoal do país, foi doado pelos seus filhos ao Museu Marítimo de Ílhavo, em 2007:
A colecção de fotografias foi doada ao Centro Português de Fotografia, em 2009.

PT/FMTT · Family · [19--]-2005

The designation of the information collection produced and received by various members of the family is based on the family names Meneses Tavares and Távora, with which Fernando Távora is affiliated. The family name derives from the last names of the first generation represented in the archive, Maria José Lobo de Sousa Machado Cardoso de Meneses and José Ferrão de Tavares e Távora, who got married in 1912 and had a son, Fernando Luís Cardoso de Meneses de Tavares e Távora. He, with Maria Luísa Meneses, forms the second generation represented in the archive.

PT/FT · Person · 1923-2005

Fernando Luís Cardoso de Menezes de Tavares e Távora nasceu no dia 25 de agosto de 1923, na freguesia de Santo Ildefonso, no Porto. Descendente da nobre linhagem dos Távoras é filho de Dom José Pinto de Tavares Ferrão (1882-1967), Senhor da Casa da Amoreira das Tenentas, Anadia, representante do Vínculo de Fontechão, Bacharel em Direito pela Universidade de Coimbra e ferrenho integrista lusitano, e de sua mulher, e prima em 2º grau, D. Maria José Lobo de Sousa Machado e Couros, Senhora das Casas de São Domingos de Recardães, da Covilhã, do Miradouro e do Costeado e proprietária em Guimarães, Braga e Felgueiras (1892-1951).
Em 1940 conclui o curso liceal do Segundo Ciclo no Liceu Alexandre Herculano, com a classificação de dezasseis valores.
Em 1941 iniciou os seus estudos de Arquitetura na Escola Superior de Belas Artes do Porto, que concluiu em 1952.
Em 1947, publicara a versão final do ensaio "O problema da casa portuguesa; falsa arquitetura; para uma arquitetura de hoje", onde sintetizara a noção de uma arquitetura simultaneamente moderna e enraizada na cultura em que se insere, aspiração que, na época, mobilizava alguns dos arquitetos mais ativos culturalmente em Portugal. Neste ensaio apresentava, também, a necessidade de se estudar cientificamente a arquitetura popular portuguesa.
Em 1955, integra a equipa do "Inquérito à arquitetura popular portuguesa".
Desde estudante e durante toda a sua vida, viajou incessantemente para estudar in loco a arquitetura de todas as épocas em todos os continentes, utilizando-a desde 1958 até 2000, como conteúdo e método da sua atividade pedagógica. As suas aulas e a publicação da sua prova para professor agregado: "Da organização do espaço", 1962, consolidaram, em sucessivas gerações na Escola Superior de Belas Artes do Porto, na Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto e no Departamento de Arquitetura da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, a ideia de que o conhecimento da história e da cultura são indispensáveis para a produção da arquitetura contemporânea.

As suas obras construídas, como, entre outras, o Mercado Municipal de Santa Maria da Feira (1953-59), o Parque Municipal Quintas da Conceição e de Santiago, Matosinhos (1956-93), a Casa de Férias no Pinhal de Ofir, Fão (1957-58), ou a Casa dos 24, Porto (1995-2003), exprimem um grande sentido de responsabilidade social, na maneira como criatividade e poética estão presentes a par do rigor na abordagem ao sítio, à função e aos aspetos técnicos. Nesta medida, a sua obra constitui um exemplo importantíssimo para a credibilização da atividade do arquiteto em Portugal. Também no campo da conservação do património deixou intervenções exemplares, entre outras, como a Recuperação do Convento de Santa Marinha, Guimarães (72-85), a Sistematização do Centro Histórico de Guimarães (85-92).

A sua importância para a arquitetura em Portugal foi reconhecida com a atribuição do doutoramento Honoris Causa pela Universidade de Coimbra, em 1993, e pela atribuição de diversos prémios.

Fernando Távora morre, em Matosinhos, a 3 de Setembro de 2005 (82 anos)

Fernando Távora, Arquitecto
PT/FTA · Corporate body · 1946-1996

Fernando Távora exerceu atividade de arquiteto, como profissional liberal, de 1946 a 1996, no seu escritório da Rua Duque de Loulé, nº 98, 3º esq., freguesia da Sé, Porto.

PT/FTJBT · Corporate body · 1997-2005

Em 9 de Abril de 1997, Fernando Távora e seu filho José Bernardo Távora constituíram uma sociedade comercial por cotas designada por "F. Távora & J. B. Távora, Arquitetos, Lda.", cujo escritório se localizava na Rua do Aleixo, nº 53 - 3º, Porto. A sociedade, que tinha por objeto "a prestação de serviços de arquitetura, engenharia, urbanismo e planeamento, design e subcontratação de serviços, direção e fiscalização de obras, consultoria e assistência técnica nestas áreas", encerrou formalmente em setembro de 2005.
O acervo produzido e acumulado pela entidade é composto, maioritariamente, por projetos de arquitetura e, também, por documentação administrativa.

TÁVORA, José Bernardo
PT/JBT · Person · 1958-

José Bernardo Menéres Tavares e Távora, filho de Fernando Távora e Maria Luísa Menéres, formou-se em Arquitectura pela Escola Superior de Belas Artes do Porto, em 1981. Foi Assistente na Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto, entre 1986 e 1997. A partir de 1976, colabora com o Arquiteto Fernando Távora, com quem vem a fundar a sociedade "F. Távora & J. B. Távora, Arquitectos, Lda.", em 1997. A partir de 2005, exerce a sua atividade em regime de profissão liberal em escritório próprio.

João Queiroz, Architect
PT/JCArq · Corporate body · [1920]-[1982]

João Marcelino Queiroz established his architecture atelier in the 1920s, without legal formalities, under the name João Queiroz, Arquitecto, in a rationalist building on Rua de Santa Catarina, Porto.
During his career he worked on his own; he designed all the parts of his projects himself, even when the demand from his clients increased in the 1940s.
He designed some iconic buildings, mainly in the city of Porto, including: Cine Teatro Olímpia, Trindade Cinema, Café Magestic and created a design for Batalha Cinema (not built). In addition, João Queiroz also designed new, single-family and multi-family houses; interventions for public and private buildings, and was responsible for alterations, extensions, repair works, renovations, and constructing showrooms. He also carried out projects in the area of funerary architecture.

MARTINS, José Maria Lopes
PT/JLM · Person · 1854-1921

José Maria Lopes Martins, também conhecido por José Lopes Martins, filho de António Lopes Martins e Catarina Lopes Martins, nasceu no dia 10 de Agosto de 1854, não contraiu matrimónio. Faleceu em 1921.

PT/JLMMS · Person · 1874-1973

Júlia Emília Lopes Martins, também conhecida por Júlia Emília Lopes Martins Marques da Silva, apelido adquirido depois do casamento.
Nasceu em Vila da Feira, Sanguedo em 1874, filha de Manuel Júlio Lopes Martins e de Júlia Emília Paiva Martins, a mais velha de 8 irmãos.
Em 14 de Setembro de 1901 casa com José Marques da Silva com que teve duas filhas Amélia Lopes Martins Marques da Silva e Maria José Marques da Silva Martins.
Faleceu em 1973.

SILVA, José Marques da
PT/JMS · Person · 1869-1947

Foi o primeiro dos 10 filhos de Bernardo Marques da Silva e Maria Rosa Marques, nasceu, segundo se julga, no prédio nº 113 da Rua de Costa Cabral na freguesia de Paranhos, Porto, a 18 de Outubro de 1869.
Neto de lavrador e filho de operário marmorista, primeiro, e industrial de obras de mármore, mais tarde.
Frequentou a Escola da Ordem da Trindade e trabalhou nas horas de folga na oficina de seu pai, instalado junto aquela escola.
Feitos os exames do 1º e 2º grau ingressou no liceu onde fez com êxito o 2º ano do respectivo curso geral, passando, depois, a frequentar a antiga Academia Portuense de Belas Artes, tirou o curso de Arquitectura Civil; o 3º ano de escultura e o curso de desenho histórico.
Terminados os seus estudos, no Porto, fez, em Lisboa, as provas para o concurso para pensionista do estado, em Paris. Competiu com Adães Bermudes e foi preterido. Seu pai não se conformando com a situação enviou-o para Paris, com expensas próprias e Marques da Silva ali prosseguiu os seus estudos. Chegou a Paris no ano em que completava 20 anos tendo presenciado a grandiosa Exposição internacional de 1889.
Em 6 de Agosto de 1890 fez o concurso e foi admitido como aluno da Ecole Nationale et Speciale des Beaux Arts e ingressa no atelier de Victor Laloux. Nesta escola obteve o 1º lugar em 3 concursos escolares, obteve uma 1ª medalha, duas 2ª medalhas e várias primeiras menções.
Obteve o título de arquitecto diplomado pelo governo francês em 10 de Dezembro de 1896.
De regresso ao Porto, José Marques da Silva foi nomeado professor de Desenho do Instituto Industrial e Comercial do Porto, em 1900.
Em 1904 foi nomeado Arquitecto da Câmara Municipal do Porto.
Em 1906 foi nomeado professor interino da Cadeira de Arquitectura Civil, na antiga Academia Portuense de Belas Artes onde exerceu docência até 1939.
Em 1914 foi transferido do Instituto Industrial e Comercial do Porto para a Escola de Arte Aplicada onde passou a Professor e Director até 1930, data em que aquela escola foi incorporada na antiga Escola Industrial de Faria de Guimarães, actual escola de Artes Decorativas de Soares dos Reis.
Foi Director da Escola de Belas Artes do Porto, pela 1ª vez por alturas de 1914.
Em 1930 foi nomeado professor da cadeira de Desenho de Construção na Escola Industrial de Faria Guimarães (Arte Aplicada) cuja regência se conservou até à data da sua aposentação.
Nomeado Director efectivo da Escola de Belas Artes do Porto em 1931 mantendo-se até 1939.
Marques da Silva como arquitecto construiu obras no Porto; Matosinhos; Vila nova de Gaia; Guimarães; Barcelos e Braga.
Faleceu em 6 de Junho de 1947.

Transcrição integral da biografia de José Marques da Silva escrita pela sua filha Maria José Marques da Silva, em 1953 (FIMS/MSMS/1119).

PORTO, José Luiz
PT/JP · Person · 1883-1965

José Luiz Porto, filho de Maria Joaquina do Monte e David António Afonso do Porto, nasceu a 10 de outubro de 1883 em Vilar de Mouros. Ainda em criança muda-se para Lisboa, com os seus pais, onde conclui os estudos primários e ingressa na Escola Industrial Marquês de Pombal. Após a obtenção de uma bolsa de estudo por mérito em 1907 nessa mesma escola parte no mesmo ano para a Suiça onde frequenta a École des Arts Industriels em Genebra. Durante o seu percurso académico obtém vários prémios escolares, à semelhança do que já acontecia em Portugal. Em 1913, termina os estudos obtendo o título de Peintre-Décorateur e casa-se com Juliette Mathey de l’Étang, também formada na mesma escola.

Em 1921, José Porto parte para Paris, iniciando-se assim mais uma fase no seu percurso, certamente a menos documentada, mas que se julga ter sido decisiva na sua formação como Arquiteto. Os primeiros registos da sua atividade profissional em Paris colocam-no junto do mundo da Moda e do Teatro, conhecimento que se refletirá mais tarde nas várias propostas efetuadas no seio dos “Engenheiros Reunidos”, para a construção e remodelação de salas de espetáculos. José Porto começa nesta época a assinar como Architecte-Décorateur, uma alteração de título que poderá ser entendida como uma mudança no seu posicionamento artístico, cada vez mais próximo da prática arquitetónica.
Em 1929, casa-se com Berthe Augustine Métairie, que o acompanhará nas etapas subsequentes da sua vida.
Durante os anos seguintes, o seu percurso ganha relevo pelos vários primeiros prémios obtidos em concursos ou pela sua participação em projetos emblemáticos para cidade como é o caso da proposta para o Coliseu do Porto (1937). A sua obra construída, predominantemente residencial, tinha como destinatária uma burguesia portuense informada, que aceitava uma interpretação local de uma “modernidade” que se terá consolidado na sua passagem por Paris. Desta forma, ao longo da década de 30 e integrado num escritório multifacetado, José Porto experimenta este programa com coerência e persistência aproveitando o contexto de expansão da cidade
Em meados dos anos 40 intensifica a sua presença em Moçambique, mais precisamente na cidade da Beira, onde realiza vários projetos. Durante este período, realiza, em simultâneo, algumas obras no Porto e na zona Norte.
O regresso definitivo a Portugal é acompanhado por visitas cada vez mais regulares a Vilar de Mouros, acabando por se fixar na sua terra natal, na antiga casa dos pais, em Marinhas, a partir da década de 50. Esta mudança coincide com uma série de encomendas para a região, obras estas onde se afasta dos códigos linguísticos do “moderno” das décadas de 30 e 40. Com o pretexto do que viria a ser a sua última encomenda – a remodelação de uma quinta no Alto da Lixa para a família Pimenta Machado - José Porto transfere a sua residência para Amarante, cidade onde virá a falecer em 6 de Junho de 1965.

Jornal Público
PT/JP · Corporate body · 1990-2006

O jornal Público é resultado de um projeto editorial fruto da ação consertada de um grupo de jornalistas e da Sonae, cuja ambição era a criação em Portugal de um diário com um nível de exigência e qualidade igualável aos grandes diários europeus de referência. O primeiro número do Público saiu para as bancas a 5 de Março de 1990 com uma tiragem que ultrapassou os 100 mil exemplares, com edições distintas para o Norte e para o Sul. À época da sua criação, a redação Norte situava-se na Rua Nossa Senhora de Fátima, no Porto, encontrando-se agora sediada, no pólo das Indústrias Criativas da UPTEC da Universidade do Porto, Praça Coronel Pacheco. A redação do Porto estrutura o trabalho jornalístico em torno de áreas temáticas correspondentes a diferentes editorias: Portugal, Economia, Cultura, Desporto e Local.

QUEIROZ, João Marcelino de
PT/JQ · Corporate body · [1920]-1982

João Marcelino de Queiroz estabeleceu o seu atelier de arquitetura, de nome “Arquitectura e decoração João Queiroz Arquitecto” nos anos 20 do século passado, num prédio racionalista, na Rua de Santa Catarina, no Porto, por ele criado para o seu pai; este foi o seu primeiro projeto de arquitetura.
Profissionalmente foi um homem que trabalhou isoladamente; desenhando, ele próprio, todas as peças do projeto, mesmo quando, nos anos 40, assiste aos crescentes pedidos dos seus clientes.
Projetou, maioritariamente na cidade do Porto obras emblemáticas em que se destacam:
O Cine Teatro Olímpia, o Cinema Trindade, o Café Magestic e Cinema Batalha (hipótese não construída). Além destas obras João Queiroz foi igualmente o autor de construções de raiz: habitações unifamiliares e plurifamiliares; fez intervenções em edifícios públicos e privados: fazendo alterações, ampliações, reparações, remodelações e construindo “desvantures”. A Arquitetura religiosa e a Arte funerária foram, também, áreas de intervenção do arquiteto.

PT/JTT · Person · 1882-1967

D. José Ferrão de Tavares e Távora (1882-1964), bacharel em Direito, fidalgo da Casa Real, senhor da casa das Tenentas, em Anadia, era filho de Bernardo José Pinto de Tavares Ferrão e de D. Maria Carlota Afonso Mendes de Almeida Coutinho, Senhora da Casa de Sepins. Foi membro do Integralismo Lusitano.
Casou em 1912, em Sepins, Cantanhede, com Maria José do Amaral Ferrão Lobo Machado (1892-1952), Senhora das Casas da Covilhã, do Costeado (ambas em Guimarães) e da Casa da Póvoa de Recardães, em Águeda.

SILVA, José Moreira da
PT/JoMS · Person · 1879-1969

José Moreira da Silva nasceu no dia 1 de Novembro de 1879 no lugar da Guarda na freguesia de Moreira da Maia, Concelho da Maia. Em 1904 casou com Lucinda Alves com quem teve 4 filhos, a saber: David Moreira da Silva; Maria da Conceição Alves da Silva; Beatriz Alves da Silva e Alcina Alves da Silva. Faleceu em 1969.

SILVA, Lucinda Alves da
PT/LAS · Person · 1883-1975

Lucinda Alves da Silva nasceu em 1883. Em 1904 casou com José Moreira da Silva, com que teve 4 filhos David Moreira da Silva; Maria da Conceição Alves da Silva; Beatriz Alves da Silva e Alcina Alves da Silva. Faleceu em 1975.

Lopes Martins
PT/LM · Family · [17--]-[19--]
PT/LM · Person · 1930-

Nasceu em 3 de Abril de 1930, em Vila Nova de Gaia, filha de José Pinto Menéres (1898-1975), Advogado, deputado à Assembleia Nacional e vereador da Câmara Municipal do Porto, e de sua mulher D. Luísa Pacheco Teixeira Rebelo de Carvalho (1905-1983), senhora da casa e quinta de Ledesma e da quinta de Além de Baixo, em Santo Estevão de Barrosas.
É licenciada em Artes Plásticas, pela Escola de Belas Artes do Porto.

DIAS, Maria Amélia
PT/MAD · Person · [18--]-[19--]

Maria Amélia Dias foi casada com Eduardo Marques da Silva.