Mostrar 2294 resultados

Registo de autoridade
Viegas, António Mário Lopes Pereira, 1948-1996, ator
PT/MIL/AMLPV · Pessoa · 1948-1996

António Mário Lopes Pereira Viegas nasceu a 10 de novembro de 1948, em Santarém. Despertou para o teatro quando estava a estudar Ciências Histórico-Filosóficas na Faculdade de Letras de Lisboa. Depois de terminar o curso mudou-se para o Porto, mais tarde, já em Lisboa, inscreveu-se na Escola de Teatro do Conservatório Nacional e a sua primeira experiência profissional aconteceu no Teatro Experimental de Cascais.
Muito ligado ao teatro, António Viegas fundou três companhias teatrais, sendo a última a Companhia Teatral do Chiado. Foi encenador e diretor artístico de diversas adaptações literárias de autores como Samuel Beckett ou Perer Shaffer.
Além do teatro, António Viegas partilhava a sua paixão artística pelo cinema. Iniciou-se na sétima arte em 1975 com “O Funeral do Patrão” e desde aí as suas participações em filmes foram diversas até ao ano de 1991, ano esse em que fez o seu último papel no cinema com o filme “Os Cornos de Cronos”.
O percurso de António Viegas também esteve ligado à poesia, nomeadamente à declamação desta, através de poemas de Fernando Pessoa, Luís de Camões, Cesário Verde, Camilo Pessanha, entre outros. Também foi colunista no jornal Diário Económico, onde escrevia sobre humor e teatro. Além da arte, António Viegas teve incursões na política, foi candidato a deputado independente nas listas da União Democrática Popular, em 1995 e candidato à Presidência da República, em 1996.
Durante a sua vida António Viegas recebeu várias distinções, nomeadamente pela Casa de Imprensa, pela Associação Portuguesa de Críticos de Teatro e pela Secretaria de Estado da Cultura, com o Prémio Garrett, isto no ano de 1987. Já no estrangeiro recebeu prémios no Festival de Teatro de Sitges, em 1979 e no Festival Europeu do Cinema Humorístico da Corunha, em 1978. Recebeu, ainda, a medalha de mérito do Município de Santarém, em 1993 e o título de comendador da Ordem do Infante D. Henrique, em 1994, pelo, à data, Presidente da República, Mário Soares. O seu falecimento data de 1 de abril de 1996 (47 anos).

PT/MIL/AMMTB · Pessoa · 1942-

Filho de Manuel da Costa Pinto Barreto e Maria do Céu de Morais Taborda, António Barreto nasceu a 30 de outubro de 1942, no Porto. Fez os estudos liceais em Vila Real, onde viveu até à data. Estudou direito na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, até 1963, chegando a ser ator no Círculo de Iniciação Teatral da Academia de Coimbra. Radicado na Suíça, Barreto licenciou-se em Sociologia, pelo Universidade de Genebra, em 1963, sendo assistente dessa instituição até 1970, ano em que iniciou o doutoramento que obteve em 1985. É casado com a sociologia Maria Filomena Mónica.
António Barreto foi investigador de pesquisas das Nações Unidades para o desenvolvimento social, entre 1969 e 1974. Regressou a Portugal logo depois do 25 de abril de 1974, tornando-se investigador no Gabinete de Estudos Rurais da Universidade Católica Portuguesa, onde permaneceu até 1982, ano em que foi para o Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, onde se manteve até 2009. Em paralelo foi professor de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas e na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Foi, ainda, vogal do Conselho de Administração do Instituto Nacional de Estatística.
Foi em 2009 que António Barreto chegou à presidência do Conselho de Administração da Fundação Francisco Manuel dos Santos, onde permaneceu até 2014. Foi militante do Partido Comunista Português e, após o 25 de abril de 1974, aderiu ao Partido Socialista. Foi, em 1974, deputado da Assembleia Constituinte e, em 1975, membro do VI Governo Provisório e do I Governo Constitucional, como Ministro do Comércio e Turismo e da Agricultura e pesca, respetivamente.
É cronista do Jornal Público desde 1991 e tem uma coluna semanal no Diário de Notícias. Quanto à televisão, António Barreto colaborou na série de documentários “Portugal, um retrato social” e foi comentador político no programa da SIC “Regra do Jogo”.
Durante o seu percurso, António Barreto recebeu o Prémio Montaigne, pela Fundação Alfred Toepfer e pela Universidade de Tubingen (2004) e a Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo (2012). Em 2008 foi eleito membro da Academia de Ciências de Lisboa.