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Registo de autoridade
MARTINS, António Lopes
ALM · Pessoa · 1794-1885

António Lopes Martins nasceu no dia 25 de novembro de 1794, no lugar do Painçal, Airó, Barcelos; filho de António Lopes e Maria Josefa Lopes Martins. Desta relação nasceram mais 5 filhos. Desenvolveu atividade profissional no Brasil. Casou no dia 18 de junho de 1851 com Catarina Lopes Martins, sua prima direta, com quem teve 8 filhos, a saber: António Lopes Martins, José Lopes Martins, Manuel Júlio Lopes Martins, Alexandre Lopes Martins, Joaquim Lopes Martins, Emília Lopes Martins, Amélia Lopes Martins e Catarina Lopes Martins. Faleceu no dia 1 de Maio de 1885, no Porto.

MARTINS, Antónia Maria Lopes
AMLM · Pessoa · 1804-1874

Antónia Maria Lopes Martins nasceu no dia 13 de julho de 1804. Casou com José Domingues de Faria, no dia 14 de janeiro de 1829, com quem teve 8 filhos; a saber: Catarina Lopes Martins, Teresa Lopes Martins, Josefa Lopes Martins, Manuel José Lopes Martins, José Lopes Martins, Francisca Lopes Martins e António Lopes Martins Júnior. Faleceu no dia 31 de janeiro de 1874.

MARTINS, Catarina Lopes
CLM · Pessoa · 1832-1900

Catarina Lopes Martins nasceu 8 de Janeiro de 1832, no lugar do Monte, Airó, Barcelos. Filha mais velha de 7 irmãos, seus pais eram José Domingues de Faria e Antónia Maria Lopes Martins. Casou no dia 18 de junho de 1851 com António Lopes Martins, seu primo direto, com quem teve 8 filhos, a saber: António Lopes Martins, José Lopes Martins, Manuel Júlio Lopes Martins, Alexandre Lopes Martins, Joaquim Lopes Martins, Emília Lopes Martins, Amélia Lopes Martins e Catarina Lopes Martins. Faleceu em 1900.

FARIA, José Domingues de
JFD · Pessoa · 1807-1893

José Domingues de Faria nasceu no dia 18 de outubro de 1807, casou com Antónia Maria Lopes Martins, no dia 14 de janeiro de 1829, com que teve 7 filhos; a saber: Catarina Lopes Martins, Teresa Lopes Martins, Josefa Lopes Martins, Manuel José Lopes Martins, José Lopes Martins, Francisca Lopes Martins e António Lopes Martins Júnior. Faleceu no dia 27 de Agosto de 1893.

MARTINS, Manuel Carlos Lopes
MCLP · Pessoa · 1876-1953

Manuel Carlos Lopes Martins nasceu no dia 23 de julho de 1876. Era filho de Manuel Júlio Lopes Martins e Júlia Emília Paiva Martins. Casou com Josefina Gomes d´Aguiar Martins em [1904], com quem teve 4 filhos, a saber Mário Lopes Martins, Rogério Lopes Martins, Maria Helena Lopes Martins e Zélia de Aguiar Lopes Martins. Faleceu no dia 5 de fevereiro de 1953.

MENÉRES, António
PT FIMS AM · Pessoa · 1930 -

António Sérgio Maciel Menéres nasceu em Matosinhos, no dia 26 de abril de 1930. Arquiteto formado pela ESBAP, apresentou em 1961 o CODA “Da renovação urbana (…) [adaptação do Forte de Leça (…)]. Participou no “Inquérito à Arquitectura Popular Portuguesa”, promovido pelo Sindicato Nacional dos Arquitectos (1955-1961), integrando a Zona 1, com Fernando Távora e Rui Pimentel. Apaixonado por fotografia (fotografa desde muito cedo), exerce a prática da Arquitetura no escritório “Antonio Menéres-Planeamento e Arquitectura Lda.”, sedeado no Porto. Foi professor na FAUP. É autor de várias obras e exposições, sendo de salientar, nestas últimas, “António Menéres. Dos Anos do Inquérito à Arquitetura Regional Portuguesa”, que percorreu os Arquivos nacionais entre 2004 e 2008, e “Ponte da Barca, memórias da Arquitetura Popular. Fotografias de António Menéres” que esteve patente nos paços do concelho, em 2013.

Lopes Martins, 2ª geração
PT/2. LM · Pessoa · [17--]-[18--]

A 2ª geração "Lopes Martins" contém informação produzida, recebida e acumulada pelo casal António Lopes Martins e Catarina Lopes Martins e António Lopes Martins Júnior.
O posicionamento desta geração relativamente à primeira corresponde a sua descendência direta.

Silva, Aníbal António Cavaco, 1939-, político
PT/AACS · Pessoa · 1939-

Filho de Teodoro Gonçalves da Silva e de Maria do Nascimento Cavaco, Aníbal António Cavaco Silva nasceu a 15 de julho de 1939 em Loulé. Em 1956 foi para Lisboa onde iniciou a sua licenciatura em Contabilidade no Instituto Comercial de Lisboa, terminando-a em 1959. Paralelamente frequentou disciplinas exigidas para admissão ao Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras. Em 1963 casou, em Lisboa, com Maria Alves da Silva, sua atual esposa, com quem teve dois filhos. Já em 1964 concluiu a licenciatura em Economia e Finanças pelo Instituto Superior de Ciências e Financeiras. Cumpriu o serviço militar obrigatório, sendo que começou na Escola Prática de Cavalaria de Santarém, onde foi colocado como aspirante miliciano, na Repartição de Contabilidade dos Pupilos do Exército, acabando por ser enviado em comissão para Moçambique com o posto de Alferes, em 1965.
Cavaco Silva foi investigador na Fundação Gulbenkian, diretor do Departamento de Estatística e Estudos Económicos, vogal da Comissão Instaladora da Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa, sendo ainda professor nessa faculdade, bem como na Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa e na Universidade Nova de Lisboa. Em 1979 prestou provas públicas para professor extraordinário de Economia Pública na Universidade Nova de Lisboa, chegando a professor catedrático. Em 1980 iniciou a sua carreira política como ministro das Finanças e do Plano do IV Governo Constitucional, chefiado por Francisco Sá Carneiro, onde manteve o cargo até 1981. Em fevereiro de 1981 foi eleito presidente do Conselho Nacional do Plano pela Assembleia da República.
Assumido como militante do Partido Social Democrata (PSD) desde a sua fundação, encabeçou uma lista candidata ao Conselho Nacional, sendo que no mesmo ano foi eleito presidente da Assembleia Distrital da Área Metropolitana de Lisboa do PSD. Em 1985 foi nomeado membro da Comissão Instaladora do Centro Regional do Porto da Universidade Católica Portuguesa e, posteriormente, presidente do PSD, assumindo esse cargo até 1995. Foi o 113.º Primeiro-ministro de Portugal no período de 1985 e 1995 e o 19.º Presidente de República de Portugal no período de 2006 a 2016.

RIBEIRO, Alberto Álvares
PT/AAR · Pessoa · 1842-1926

Alberto Álvares Ribeiro nasceu na freguesia da Sé, no Porto, em 10 de janeiro de 1842, filho de Joaquim Torcato Álvares Ribeiro e de Jerónima Júlia do Vale Pereira Cabral. Em 1872, casou com Maria da Natividade do Vale Pereira Cabral, sua prima direita, com quem teve 6 filhos. Tirou o curso de Engenharia Civil de Pontes, de Estradas e de Minas, na Academia Politécnica do Porto, entrando em 1864, por concurso, para o quadro de Engenheiro de Obras Públicas. Posteriormente, foi nomeado Engenheiro-Diretor de Obras Públicas em Aveiro.
Em 1893 a pedido do Prior da Irmandade de S. Bento de Avé Maria do Porto, elaborou uma proposta de projeto técnico alternativa à defendida pelo governo, que apresentou ao Ministro da Obras Públicas Doutor Bernardino Machado, sacrificando apenas a parte do convento e minimizando o papel da futura Estação de S. Bento. Em 1903 iniciam-se as obras para a Estação de S. no lugar do antigo convento, com base no projecto de José Marques da Silva.
Faleceu em 12 de janeiro de 1926, no Porto.

Silva, Agostinho Baptista da, 1906-1994, filósofo
PT/ABS · Pessoa · 1906-1994

George Agostinho Baptista da Silva, nasceu a 13 de fevereiro de 1906 no Porto. Começou a sua formação em 1924 com o curso de Filosofia Clássica a Faculdade de Letras da Universidade do Porto, terminando a licenciatura em 1928 com 20 valores. Apenas um ano mais tarde, e com apenas 23 anos, defende a sua tese de doutoramento à qual deu o título de “O Sentido Histórico das Civilizações Clássicas, doutorando-se com louvor”. Em 1931 viaja para Paris com uma bolsa de estudo para a Sorbonne e para o Collège de France. Em 1933 regressa a Portugal onde começa a dar aulas no ensino secundário em Aveiro. Em 1935 é despedido por se recusar a assina a Lei Cabral que obrigava todos os funcionários públicos a assinarem um documento em que declaravam não participar em organizações secretas. Ainda no decurso desse ano obteve uma bolsa do Ministério das Relações Exteriores de Espanha e que fez com que fosse estudar para o Centro de Estudos Históricos de Madrid. Já em 1936 regressa novamente a Portugal devido à iminência da Guerra Civil Espanhola.
Em 1938 inicia uma relação profissional com a revista “Seara Nova” para a qual escreveu durante vários anos e em 1939 cria o Núcleo Pedagógico Antero de Quental. Já em 1947 instala-se no Brasil, onde trabalhou no Instituto Oswaldo Cruz do Rio de Janeiro e lecionou na Faculdade Fluminense de Filosofia. Em 1969, motivado pela morte de Salazar e a sua substituição por Marcello Caetano e pela abertura política e cultural do regime, regressa a Portugal onde continuou a escrever e a lecionar em várias faculdades. Dirigiu a Centro de Estudos Latino-Americanos da Universidade Técnica de Lisboa e foi consultor do Instituto de Cultura e Língua Portuguesa.
Entre as suas obras é possível destacar algumas das que lhe deram mais notoriedade, nomeadamente, “A vida de Pasteur”, “Sanderson e a escola de Oundle”, “Moisés e outras páginas bíblicas”, “Quadras inéditas”, “Do Agostinho em Torno do Pessoa” e “Uns poemas de Agostinho”. A sua morte data de 3 de abril de 1994 (88 anos).

CARVALHO, António Cardoso Pinheiro de
PT/ACPC · Pessoa · 1932-2021

António Cardoso Pinheiro de Carvalho nasceu em Amarante a 21 de julho de 1932. Licenciou-se em História pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Foi historiador e professor jubilado da Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Foi membro do Conselho Geral da Fundação Instituto Arquitecto José Marques da Silva, membro da Associação Internacional dos Críticos de Arte (Secção Portuguesa) e diretor do Museu Amadeo de Souza-Cardoso, em Amarante. Enquanto investigador dedicou-se à temática da Arquitetura Portuguesa, em particular a portuense, e especializou-se na obra do arquiteto Marques da Silva e do pintor Amadeo de Souza-Cardoso. Os estudos por si desenvolvidos têm vindo a ser apresentados em colóquios e seminários. Da obra publicada, em edições nacionais e estrangeiras, destaca-se O Arquitecto José Marques da Silva e a Arquitectura no Norte do País na primeira metade do século XX (FAUP publicações, 1997) e a sua colaboração no Catálogo raisonné da obra de Amadeo de Souza-Cardoso (FCG, 2008).
António Cardoso faleceu a 3 de junho de 2021, aos 89 anos de idade, no Porto.

SILVA, Amélia Lopes Martins Marques da
PT/ALMMS · Pessoa · 1902-1944

Amélia Lopes Martins Marques da Silva nasceu no dia 19 de julho de 1902. Filha de José Marques da Silva e Júlia Lopes Martins. Faleceu no dia 15 de outubro de 1944.

SILVA, António Marques da
PT/AMS · Pessoa · [18--]-[19--]

António Marques da Silva era filho de Domingos Marques da Silva e Rosa Francisca Pereira.

SOUTINHO, Alcino Peixoto de Castro
PT/AS · Pessoa · 1930-2013

Alcino Peixoto de Castro Soutinho nasceu em Vila Nova de Gaia, a 6 de novembro de 1930 e faleceu a 24 de novembro de 2013. Era filho de Joaquim dos Santos Castro Soutinho e Julieta Ferreira Peixoto. Em 1964 casou com Laura Maria Paixão de Amorim Castro, com quem teve duas filhas.
Em 1948 ingressou na Escola Superior de Belas Artes do Porto, no curso de Escultura, o qual concluiu em 1957. Em 1959 completa também o curso de Arquitetura com a média de 20 valores.
Alcino Soutinho colaborou em diversos escritórios de arquitetura antes de iniciar autonomamente a sua atividade. Destaca-se a colaboração com os arquitetos José Carlos Loureiro, João Anderson, Januário Godinho e Arménio Losa, Octávio Lixa FIlgueiras.
Em 1958, Alcino Soutinho passa a trabalhar como profissional liberal, atividade que interrompe em 1961 para realizar uma investigação sobre museologia, em Itália, projeto este financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian.
Trabalhou na Fundação das Caixas de Previdência, onde elaborou vários conjuntos de habitação económica no norte de Portugal, até 1971. Aplicou esta experiência no pós 25 de Abril, no programa do SAAL (Serviço e Apoio Ambulatório Local) e na conceção do Bairro de Maceda, na zona de Campanhã, no Porto.
No âmbito da arquitetura, Alcino Soutinho assinou projetos emblemáticos muito diferenciados, desde grandes equipamentos de distintas naturezas e utilizações, até à habitação ou ao espaço público. Entre o conjunto de edifícios que concebeu, destacam-se o Castelo do Prado, o Edifício Delfim Pereira da Costa, o Palácio da Enseada e a Quinta das Sedas, em Matosinhos. Dos equipamentos sobressaem a Biblioteca Florbela Espanca, a Câmara Municipal e a Torre Sinhá em Matosinhos; a Bolsa de Derivados do Porto; a marginal de Vila do Conde. Das habitações unifamiliares merecem referência a casa de José Grade, em Portimão; a de Pinto Sousa e de Pina Vaz, ambas em Ofir; a de Pedro Soares, em Afife, a de Joaquim Matias, no Barreiro, ou a de António Santos, no Porto.
Alcino Soutinho também concebeu projetos para museus e faculdades: o Museu do Neo-realismo, em Vila Franca de Xira; a Casa-museu Guerra Junqueiro, no Porto; o Centro Cultural de Alfândega da Fé; o Museu de Aveiro; o Museu/Biblioteca Amadeo de Souza Cardoso, em Amarante; a Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, e as faculdades de Química e de Cerâmica da Universidade de Aveiro.
Com a Pousada de S. Diniz de Vila Nova de Cerveira (1982) Alcino Soutinho obteve o prémio "Europa Nostra", da International Federation of the Protection of Europe's Cultural and Natural Heritage. E obteve o prémio AICA (1984), da Secção Portuguesa dos Críticos de Arte, com o projeto Museu/Biblioteca Amadeo de Souza Cardoso e o do Edifício dos Paços do Concelho, em Amarante.
Entre 1972 e 1999 lecionou na Escola Superior de Belas Artes do Porto e depois na Faculdade de Arquitetura do Porto. Em 1999 jubilou-se como professor associado de nomeação definitiva.
Entre 1993 e 1997 foi consultor do CRUARB - Comissariado para a Renovação Urbana da Área Ribeira-Barredo, projeto de reabilitação que abriu caminho à classificação pela UNESCO do Centro Histórico do Porto como Património Mundial da Humanidade.
Entre 1996 e 2002 foi assessor da Administração do Porto de Lisboa para o reordenamento da Zona Ribeirinha entre Algés e a Matinha.
Entre 1998 e 2001 foi presidente do Centro Português de Design.
De 1999 a 2003 presidiu aos corpos sociais da Ordem dos Arquitetos.
Entre 2003 e 2006 presidiu à Assembleia Geral da Cooperativa Árvore.
O trabalho do arquiteto Alcino Soutinho foi reconhecido através de condecorações tais como: a Medalha de Mérito da Câmara Municipal de Matosinhos (1988) e a Medalha de Mérito da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia (1992); a Comenda da Ordem Militar de Santiago de Espada (1993); o título de Cidadão Honorário da Câmara Municipal de Matosinhos (2007).
Foi, ainda, membro da Associação Portuguesa de Designers, do Conselho Científico da Escola Superior de Arte e Design (ESAD), do Comité Científico da Revista Housing (Itália), da Comissão Consultiva para a atribuição de Bolsas de Estudo de Especialização do Serviço de Belas-Artes, da Fundação Calouste Gulbenkian. Entre 1998 e 2001 assumiu a presidência do Centro Português de Design, além de ser membro do Conselho Científico da Escola Superior de Arte e Design (ESAD).

Lima, José da Cruz
PT/CL · Pessoa · 1910 - [1994]

José da Cruz Lima, filho de Joaquim da Cruz Lima e de Maria da Piedade Vale Lima, nasceu a 9 de setembro de 1910, em Nossa Senhora do Carmo, Luanda, Angola.
Casou-se com Maria Luiza Soares da Costa a 19 de março de 1938.
Frequentou a Escola de Belas Artes do Porto, entre 1933 e 1935, onde foi aluno de José Marques da Silva. Em dezembro de 1945, apresenta o CODA com o título "Projeto Duma Casa de Habitação", recebendo o Diploma de arquiteto, com a classificação de 19 valores (Distinto), a 29 de janeiro de 1946.
No início da sua carreira, colaborou, entre outros, com os arquitetos Januário Godinho, António Ferreira da Silva Janeira e Mário Carlos Barbosa Ferreira.
José da Cruz Lima desenvolveu uma longa carreira de arquiteto como profissional liberal e também como arquiteto consultor da Câmara Municipal de Ovar, tendo obra projetada e construída sobretudo nos concelhos do Porto, Matosinhos e Ovar, entre os anos de 1937 e 1983.
O seu atelier funcionou na Praça do Município, na Praça Humberto Delgado, na Avenida dos Aliados, e também na Rua do Carvalhido, Porto, enquanto sua residência.

SILVA, Domingos Marques da
PT/DMS · Pessoa · [18--]-[1892]

Domingos Marques da Silva nasceu no lugar do vale, freguesia de Paranhos em [18--]. Casou com Rosa Francisca Pereira com quem teve 6 filhos, a saber: António Marques da Silva, Francisco Marques da Silva, Manuel Marques da Silva, Maria Francisca Pereira, Francisca Pereira Marques e Bernardo Marques da Silva. Faleceu em [1892]

SILVA, David Moreira da
PT/DMS · Pessoa · 1909-2002

David Moreira da Silva nasceu no dia 28 de janeiro de 1909, na freguesia de Moreira, Concelho da Maia, filho de José Moreira da Silva e Lucinda Alves da Silva.
Ingressou na Escola Superior de Belas Artes do Porto concluindo o curso de Arquitetura Civil, em 1929. Parte para França e é aprovado no Concurso de admissão à Escola Superior de Belas Artes de Paris, matriculando-se, também, no Instituto de Urbanismo da Universidade de Paris. Em 1939 conclui os dois cursos.
Casa com Maria José Marques da Silva Martins em 1943.
Entre 1946 a 1957 foi professor da 16ª cadeira na Escola de Belas Artes do Porto foi, também, professor interino do 20º grupo. Em 1962 participou no Concursos de provas públicas para o provimento de um lugar de professor do 20 grupo - Urbanologia, obteve assim o título de professor agregado.
Como urbanista elabora anteplanos de urbanização da cidade de Luanda, em colaboração de Étienne de Groer; urbanização de Moledo do Minho, Águeda, Paredes, Matosinhos, Aveiro, Barcelos, Evas, Valongo...
Com a colaboração da sua mulher realizam diversas obras destacando-se o Palácio do Comércio, Edifício do trabalho e reforma, Torre de habitação da Cooperativa dos Pedreiros, entre outros.
Faleceu em 2002, no Porto.

SILVA, Eduardo Marques da
PT/EMS · Pessoa · 1885-1924

Eduardo Marques da Silva nasceu em 1885; era filho de Bernardo Marques da Silva e Maria Rosa Marques. Casou com Maria Amélia Dias. Exerceu a profissão de marmorista e morou na rua de Costa Cabral, no Porto. Faleceu no dia 12 de Agosto de 1924.

Guerra, António Teixeira
PT/FIMS/ATG · Pessoa · 1929 - 2012

António Maria de Calça e Pina Teixeira Guerra nasceu a 7 de fevereiro de 1929 em Santa Maria de Belém, Lisboa, filho do Dr. Rui da Fonseca e Sousa Camões Teixeira Guerra e de Mariana de Sousa Menezes de Calça e Pina Teixeira Guerra. Casou-se com Martine Anne Marguerite Françoise Marie de Stoop Teixeira Guerra, com quem teve 3 filhos e 1 uma filha.
António Teixeira Guerra viveu a sua juventude quase toda no estrangeiro, em virtude das missões diplomáticas do seu pai, cônsul e embaixador. Teixeira Guerra estudou no Canadá, na Alemanha, nos EUA, Inglaterra, França e na Suíça. O pai foi um dos principais promotores da política de integração de Portugal na E.F.T.A. e instalou o primeiro consulado de Portugal no Canadá. Por isso, António Teixeira Guerra viveu no Canadá entre os 8 e os 12 anos, mudando-se para Berlim em 1940, no período de governo nazi. A família mudou-se no ano seguinte para os Estados Unidos da América, onde António terminou o liceu em 1946.
A opção de Teixeira Guerra pela arquitetura foi, segundo ele, consequência do seu talento para a matemática e para o desenho. De 1946 a 1947 frequentou o 1º ano da Escola de Arquitetura da Universidade de Manchester. Prosseguiu depois os seus estudos no Curso de Arquitetura e Urbanismo da Escola de Arquitetura e Urbanismo na Escola Politécnica da Universidade de Lausanne, na Suíça, tendo aí obtido o Diploma de Arquiteto com a classificação de 20 valores a 22 de julho de 1955. Ainda na Universidade de Lausanne, aceitou o convite de Jean André Tschumi, Diretor da Escola de Arquitetura e Urbanismo, fundador e então presidente da União Internacional dos Arquitetos (UIA), para exercer as funções de seu professor assistente. Em 1957, após ter passado com 19 valores no exame de equivalência exigido para o exercício da profissão de arquiteto e urbanista em Portugal na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa (ESBAL), inscreveu-se no Sindicato Nacional dos Arquitetos (SNA) em Portugal.
Entre 1957 e 1975, António Teixeira Guerra foi consultor e colaborador do Instituto Nacional de Investigação Industrial (INII), em Lisboa, contribuindo para a estruturação e organização iniciais desse instituto, colaborando na criação do seu Núcleo de Arte e Arquitetura Industrial em 1960, e promovendo várias ações para a melhoria do “desenho industrial” a nível nacional. Ainda em 1960, e pela ação de Teixeira Guerra, o INII realizou a sua primeira apresentação pública na Exposição de Embalagem na FIL (Feira Internacional de Lisboa), com um stand da autoria do arquiteto e designer António Sena da Silva e com a colaboração dos designers António Garcia e Luís Filipe de Abreu. No âmbito da sua ação no INII, António Teixeira Guerra destacou-se como consultor em matéria de planeamento regional e turístico: em colaboração com o Dr. José da Silva Lopes elaborou as bases para o primeiro Plano de Desenvolvimento Turístico de âmbito nacional em Portugal, projetou e acompanhou programas de assistência técnica para a E.F.T.A. e a O.C.D.E., participou em negociações para programas de assistência técnica no âmbito de instituições europeias, nomeadamente entre Portugal e a Suíça, e organizou várias conferências, colóquios e ações didáticas.
António Teixeira Guerra criou a ADR – Agência de Desenvolvimento Regional, Lda., uma sociedade de estudos e projetos de urbanismo e arquitetura onde se abordava problemáticas com componentes pluridisciplinares, como planificação urbana, regional, turística, mobilidade e industrial. Através desta agência, Teixeira Guerra concretizou vários projetos de urbanismo e arquitetura, tais como as instalações do DIALAP - Sociedade Portuguesa de Lapidação de Diamantes, SARL, de 1960, em colaboração com o arquiteto e professor Carlos Manuel Ramos, o plano de urbanização do Conjunto Turístico de Nova Belas, em 1979, o Plano Geral de Remodelação do Centro Urbano de Vila do Conde, de 1980, e a Reabilitação do Castelo do Crato, de 1992.
No ano de 1979 esteve na Universidade da Califórnia, em Irvine, como investigador visitante convidado na área da antropologia urbana e da programação operacional. Aqui delineou o seu primeiro projeto criativo para o Castelo do Crato.
Os seus projetos de obra são diversificados e presentes em vários pontos do país, com destaque para as regiões da Grande Lisboa, Alentejo e Algarve. As tipologias mais presentes são a arquitetura industrial e os planos urbanísticos para conjuntos residenciais turísticos. O seu atelier situava-se na Av. Infante Santo, Lisboa.
A obra a que António Teixeira Guerra se dedicou com mais paixão foi a recuperação e reconversão do Castelo do Crato, cuja ruínas tinham sido adquiridas pelo seu pai, o Dr. Rui Teixeira Guerra, em 1939. Em 1989, após a doação do castelo à Câmara Municipal do Crato pelo pai, em representação da sociedade Centro de Estudos e Intercâmbio Turístico do Crato Lda., António Teixeira Guerra fez um contrato com a mesma Câmara tendo em vista a recuperação e valorização do castelo, através de uma concessão por 99 anos à sua Agência de Desenvolvimento Regional. Ligado a este projeto, Teixeira Guerra fundou a Fundação do Castelo do Crato, que pretendia ser um centro de investigação e de alta tecnologia, focada nos meios audiovisuais, com uma área de museu dedicada ao património artístico mundial, no reabilitado castelo.
António Teixeira Guerra morreu em 2012.

CABRAL, Bartolomeu Costa
PT/FIMS/BCC · Pessoa · 1929-02-08 - ....

Bartolomeu Albuquerque da Costa Cabral nasce em Lisboa a 8 de fevereiro de 1929. É o terceiro filho de Maria Teresa de Albuquerque e de António de Alcântara Bernardo de Carvalho e Vasconcelos da Costa Cabral, Conde de Tomar. Foi a mãe, afirma, que viu “uma sensibilidade de artista” e o exortou a estudar arquitetura. Assim, terminados os estudos no Liceu Pedro Nunes, em 1947, Costa Cabral inicia a preparação, no atelier de Frederico George (1915-1994), para o exame de Desenho de admissão à Escola de Belas-Artes de Lisboa (EBAL), onde ingressa, no mesmo ano, no Curso Especial de Arquitectura.
Ainda estudante, inicia o seu percurso profissional no atelier de Nuno Teotónio Pereira (1922-2016). É, assim, com Teotónio Pereira, mas também com Manuel Tainha (1922-2012), Rafael Botelho (1923), Raúl Chorão Ramalho (1914-2002), Manuel Alzina de Menezes (1920-2016), Ernesto Borges (seu colega no liceu) e José de Lucena (e, a partir de 1957, também com Nuno Portas), que Costa Cabral consolida o seu pensamento sobre a Arquitetura. É também no atelier de Teotónio Pereira que, pela realização o Bloco das Águas Livres, de que é coautor, considera concluída a sua formação. Permanece como colaborador no atelier de Nuno Teotónio Pereira até 1958, tendo apresentado o CODA “Uma Pousada para a Praia do Vau” (e, portanto, terminando o curso na ESBAL) em 1957.
A partir de 1954, trabalha também no GEU (Gabinete de Estudos e Urbanização), onde se mantém até 1959 – ano em que ingressa no Gabinete de Habitações Económicas da Federação de Caixas de Previdência (HE-FCP). Nesse organismo dedica-se, até 1968, à produção de estudos e projetos de habitação económica para várias zonas do país. No âmbito do trabalho na HE-FCP realiza, além disso, viagens e estágios: em 1962, em Paris, estagia no Centre Scientifique et Technique du Bâtiment (CSTB) e no atelier de Candilis, Josic e Woods; em 1965, em Londres, no London County Council (LCC) (após um breve período em 1964, na Madeira, onde colabora com Rui Goes Ferreira no desenvolvimento de projetos para a Federação de Caixas de Previdência); e em 1967, em Lisboa, estagia no Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC). É nesta década de 60 que porventura mais se evidenciam as suas preocupações sociais, refletidas nas obras construídas, nos relatórios que realiza, nos artigos que publica ou nos eventos em que se faz presente. É também nesta década que se intensifica a sua participação cívica, evidente em 1960, no seu trabalho enquanto membro da comissão organizadora do I Colóquio do Habitat, ou da Direção do SNA (1960-65).
Em 1968, leciona na ESBAL, a convite de Nuno Portas, tendo ingressado, em 1967, no atelier de Conceição Silva e Maurício de Vasconcellos (1925-1997). No ano seguinte, inicia a sua colaboração no Grupo de Planeamento e Arquitectura (GPA), atelier fundado por Maurício de Vasconcellos e Luís Alçada Baptista, onde trabalha até à morte de Maurício de Vasconcellos, em 1997. No GPA, sendo responsável por numerosos trabalhos, desenvolve sobretudo projetos de grande dimensão, nomeadamente planos de urbanização e edifícios para o ensino superior. Entretanto, em 1973 funda o seu atelier, onde desenvolve projetos mais variados na escala e no programa.
Desde 1948 até aos nossos dias, Bartolomeu Costa Cabral concebeu cerca de duas centenas de projetos. Desde peças de mobiliário a projetos de planeamento urbano, a obra apresenta as mais diversas escalas de intervenção. Apresenta também resposta a uma grande diversidade de programas, de lugares e de linguagens.

Loureiro, José Carlos
PT/FIMS/JCL · Pessoa · 1925-

José Carlos Loureiro nasceu em 2 de dezembro de 1925, na Covilhã. Filho de João Loureiro e de Maria da Conceição Loureiro. José Carlos Loureiro, o mais novo de dois filhos, casou com Maria José de Morais Carvalho Geraldes Coelho, em 1950, com quem teve dois filhos, José Manuel Geraldes Coelho Louceiro e Maria Teresa Geraldes Coelho Loureiro.
Ingressou na Escola de Belas Artes do Porto no ano escolar de 1941-42, concluindo a sua formação académica em 1950. Nesta data inicia a sua atividade de arquiteto como profissional liberal e docente (2º assistente) na Escola Superior de Belas Artes do Porto.
Em 1972 abandona a carreira docente para se dedicar exclusivamente ao exercício da arquitetura como profissão liberal.
Em 1976, em colaboração com o Arq. Luís Pádua Ramos, seu colaborador na altura, constitui a GALP, Lda (Gabinete de Urbanismo, Arquitectura e Engenharia, Lda).
Em 1992, retomou a docência, na qualidade de professor convidado da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto.
Participou em colóquios, congressos e exposições de caráter nacional e internacional, desempenhou cargos diretivos em associações representativas da profissão e exerceu funções em cargos de vereação camarária no município do Porto. Em 2009 foi-lhe atribuída a Medalha Municipal de Mérito, Grau de Ouro.
A obra projetada do arquiteto encontra-se dispersa por um amplo território geográfico, com uma maior incidência no Porto e no Norte de Portugal, variando entre as habitações uni e plurifamiliares, de caráter cultural, hospitalar e outros equipamentos. Como referências desse extenso universo cita-se o Edifício Parnaso (Porto 1954-56), a Pousada de São Bartolomeu (Bragança, 1954-60), os Edifícios Luso-Lima (Porto, 1958-72), o Mercado Municipal de Barcelos (1968-70), o Palácio de Desportos (Porto, 1951-52), o Hotel D. Henrique (Porto, 1965-72) e os Edifícios Residenciais de Aveiro (1968-72).

Loureiro, José Manuel
PT/FIMS/JML · Pessoa

Arquiteto formado pela ESBAP. Sócio do GALP, Lda. desde 1982.

FILGUEIRAS, Octávio Lixa
PT/FIMS/OLF · Pessoa · 1922-1996

Octávio Lixa Filgueiras nasceu no Porto, na freguesia de Nevogilde, a 16 de agosto de 1922. Filho de Octávio José Filgueiras e Aurora Rosa Lixa Filgueiras é o filho mais velho de 3 irmãos. Casou com Olívia Maria Neves de Oliveira Filgueiras, em 1945, com quem teve 6 filhos.
Em 1940 terminou o Curso Geral dos Liceus, no Liceu Alexandre Herculano, no Porto.
Depois da frequência do 1º ano dos estudos preparatórios de Engenharia, na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, mudou de licenciatura, e ingressou, em 1942, no curso de Arquitetura, na Escola Superior de Belas Artes do Porto (ESBAP). Diplomou-se em 1954. A tese apresentada ao Concurso para Obtenção do Diploma de Arquitecto (C.O.D.A.), “Urbanismo – um tema rural”, obteve classificação máxima de 20 valores, e foi inovadora em múltiplos sentidos: constituiu o primeiro trabalho teórico-prático aceite pela Escola, então dirigida por Carlos Ramos, e trouxe para o debate académico a importância das comunidades rurais enquanto área de estudo.
Em 1955 venceu o concurso para Arquiteto da Direção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais.
Entre 1955 e 1957, participou no "Inquérito à Arquitetura Popular em Portugal", iniciativa do Sindicato Nacional dos Arquitetos. Octávio Lixa Filgueiras foi o coordenador do grupo de trabalho constituído para a Zona II (Trás-os-Montes/Alto Douro), onde também participaram Arnaldo Araújo e Carlos Carvalho Dias. Do trabalho desenvolvido nesta Zona II saíram as bases para o tema da representação portuguesa no 10º Congresso Internacional de Arquitetura Moderna (CIAM), em Dubrovnik, em 1956. O trabalho Habitat Rural – Nouvelle Communauté Agrícole defendia a aproximação ao “país real”, discutindo não só a aplicação dos princípios de desenho urbano definidos pelo Movimento Moderno, quanto a escala dos aglomerados rurais. Foi apresentado por Viana de Lima e Fernando Távora, porta-vozes da equipa onde se integrava Lixa Filgueiras, Arnaldo Araújo, Carlos Carvalho Dias e Alberto Neves.
Em 1958 Octávio Lixa Filgueiras iniciou a sua experiência pedagógica e começou a exercer serviço no Curso de Arquitectura da ESBAP. Manter-se-á vinculado à prática docente na Escola e, posteriormente, na Faculdade, até 1991.
Entre 1961 a 1963 Octávio Lixa Filgueiras foi Arquitecto Regional das Habitações Económicas da Federação das Caixas de Previdência.
Até à década de 70 exerceu vários cargos de relevo na área cultural e patrimonial: entre 1967 e 1977 foi vogal da 4ª Sub-Secção da 2ª Secção da Junta Nacional da Educação (Património Arquitectónico/Urbanístico). Entre 1970 e 1973 foi Membro da Comissão de Intercâmbio do Instituto de Alta Cultura. Entre 1973 e 1976 foi Inspector Superior das Belas-Artes e membro da Comissão Nacional do “Ano Europeu do Património Arquitectónico”.
Na Junta Nacional de Educação, coordenou o Processo «Cidade Romana de Braga» (1976) e o Inquérito «Imóveis do Património a Recuperar», este último desenvolvido com Manuel Fernandes Sá (1978).
Entre 1978 e 1981, é chamado por David Mourão-Ferreira para integrar o Gabinete do Secretário de Estado da Cultura e colaborar na estruturação da futura Delegação Regional do Norte.
Em 1981 é destacado da Secretaria de Estado da Cultura para o Centro de História da Universidade do Porto onde permaneceu até 1985, data em que é criada a Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto para onde é transferido como Professor Catedrático, a seu requerimento. Nesta instituição começou por dirigir um seminário de finalistas dedicado à Protecção do Património Arquitetónico.
Entre 1985-1993 exerceu funções de membro do Conselho Consultivo do Instituto Português do Património Cultural.
A paixão pela Etnologia e Arqueologia Naval é uma constante na sua vida. Nestas áreas desempenhou atividades tão distintas quanto: bolseiro do Instituto de Alta Cultura pelo Centro de Estudos de Etnologia Peninsular; autor do inquérito às embarcações tradicionais portuguesas; consultor do Museu da Marinha e membro fundador do Grupo de Estudos de História Marítima do mesmo Museu (1964). Integrou o Centro de Estudos da Marinha, em 1970, do qual transitou, em 1978, para a Academia de Marinha. Fez parte do Grupo de Trabalho para Defesa do Património Arqueológico Subaquático (1976-1984) e ainda da Comissão de Estudos de Aproveitamento do Leito do Mar, do Gabinete do Chefe do Estado-Maior da Armada. Participou em todos os International Symposia on Boat & Ship Archaeology, tendo organizado o 4º Simpósio, em 1985. Enquanto mentor da Arqueologia subaquática em Portugal, e pela sua experiência de mais de três décadas, exerceu a função de delegado português na reunião do Conselho de Ministros da Comunidade Económica Europeia sobre a defesa do Património Cultural Subaquático (Paris, 1979) e no Grupo de Trabalho de redacção da respectiva Convenção Europeia (Estrasburgo, 1980-85). Nesta área de investigação, foi ainda membro do Hellenic Institute of Marine Archaeology e membro fundador da associação cultural, sem fins lucrativos, Arqueonáutica – Centro de Estudos, onde colaborou na redacção do Livro Branco – Arqueologia ou Caça ao Tesouro? Para um debate sobre a legislação do património arqueológico subaquático em Portugal, documento que, conjuntamente com o movimento cívico a ele associado, viria a contribuir para a revogação da legislação adoptada nos anos noventa do século XX, a qual favorecia a exploração comercial do património cultural subaquático em Portugal.
Faleceu a 11 de Março de 1996, no Porto.
Octávio Lixa Filgueiras foi agraciado postumamente, ainda em 1996, com a Medalha de Mérito Cultural, Grau Ouro, pela Câmara Municipal de Gaia, seguindo-se outras homenagens, publicações de trabalhos de sua autoria.
O seu acervo sobre cultura marítima, o mais importante arquivo pessoal do país, foi doado pelos seus filhos ao Museu Marítimo de Ílhavo, em 2007:
A colecção de fotografias foi doada ao Centro Português de Fotografia, em 2009.