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PT/FIMS/JCL · Person · 1925-

José Carlos Loureiro has been practising architecture since 1947, when he established his first office, without legal formalities and using his own name. The office was in Porto, at Praça Filipe de Lencastre, number 22, 6th floor, room 102.
In the 1960s he moved to a new office in the Lima/Luso Buildings. In 1972 he committed himself to architecture. In 1976, in partnership with the architect Luís Pádua Ramos, with whom he had been collaborating since 1955, he established GALP - Gabinete de Urbanismo, Arquitectura e Engenharia, Lda., (commercial enterprise) but he kept working in his office. In 1982, his son José Manuel Loureiro, also an architect, joined the partnership.
Among the architects José Carlos Loureiro worked with in his office were Alcino Soutinho, Anni Gunther, Carlos Chaves de Almeida, José Gomes Fernandes, Luís Cunha, Manuel Correia Fernandes, Maria Noémia Coutinho, Noé Dinis (trainee), Pádua Ramos and Rogério Cavaca (trainee).

PT/RGF · Person · 1926-1978

Rui Manuel Deodato Fernandes Goes Ferreira nasceu no Funchal a 8 de novembro de 1926. Era filho de José Goes Ferreira e de Maria Dolores Fernandes Goes Ferreira.
Casou-se com Teresa Araújo de Barros Goes Ferreira em 1958.
Em 1936, foi admitido no Seminário Diocesano do Funchal e, em 1942, após a sua saída do Seminário, continuou os seus estudos no Liceu Jaime Moniz, Funchal.
Em 1946, ingressou no Curso de Arquitetura da Escola de Belas Artes do Porto. Em Maio de 1961, prestou a sua prova final de curso, obtendo a classificação de 19 valores, com o CODA , um «Abrigo para Raparigas». Recebeu o diploma de arquiteto pela ESBAP a 7 de agosto de 1961.
Durante os anos de 1953 a 1957, o arquiteto madeirense estagiou no atelier de Januário Godinho, colaborando nas obras do Tribunal de Vila Nova de Famalicão e do Tribunal do Funchal.
Entre 1955 e 1962, foi professor de Desenho Arquitetónico nos cursos de Escultura e de Pintura na Academia de Música e Belas Artes da Madeira (AMBAM).
A partir de 1957, foi professor também no Colégio Infante D. Henrique, onde ensinou Desenho até 1962.
Em agosto de 1957, efetuou uma viagem a Berlim, onde visitou a INTERBAU, a primeira Exposição Internacional de Arquitetura após a II Guerra Mundial, contactando diretamente com a arquitetura e o urbanismo modernos no contexto do pós-guerra.
No mesmo ano de 1957, findo o seu estágio profissional, Rui Goes Ferreira inicia o exercício da carreira em regime de profissão liberal. A 22 de julho de 1963, assinou um contrato com o gabinete das Habitações Económicas da Federação das Caixas de Previdência no Funchal, onde desenvolveu vários projetos de habitação unifamiliar nas ilhas da Madeira e Porto Santo.
No final da década de 60, a Diocese do Funchal encomendou a Goes Ferreira um serviço de controlo e avaliação das peças do património artístico religioso disperso pela ilha da Madeira. Nesta tarefa, desenvolvida até 1973, teve a colaboração do arquiteto José António Paradela, que trabalhou no seu atelier durante este mesmo período.
Rui Goes Ferreira esteve envolvido em diversas atividades culturais na Madeira e contribuiu fortemente para o impulso da formação nas áreas das Belas-Artes e da Arquitetura na ilha. Organizou a «1ª Exposição da Escola Superior de Belas-Artes do Porto» nos salões da AMBAM, em setembro de 1962, e fundou a Galeria de Artes Decorativas «TEMPO», primeira galeria de arte moderna no Funchal, em parceria com o escultor Amândio Sousa, seu ex-aluno e recém-diplomado pela ESBAP. A exposição inaugural da galeria, em 1964, denominada «Sete Pintores Portugueses», apresentou trabalhos de Manuel Mouga, Jorge Pinheiro, Espiga Pinto, Manuel Pinto, José Rodrigues, Ângelo de Sousa e Júlio Resende. Organizou também sessões de cinema nos «Colóquios de Urbanismo do Funchal» e ciclos de cinema infantil no «Cine-fórum Funchal», do qual era também ele assíduo frequentador.
Rui Goes Ferreira integrou e acompanhou a elaboração do Plano Diretor da Cidade do Funchal, discutido nos Colóquios de Urbanismo de janeiro de 1969, para os quais foram convidados Robert Auzelle e Nuno Teotónio Pereira. Nestes colóquios teve uma participação ativa como representante do Sindicato Nacional dos Arquitetos, juntamente com Raúl Chorão Ramalho.
Na década de 60, além de Rui Goes Ferreira, só o seu colega e colaborador Marcelo Costa possuía atelier próprio na Madeira. O seu atelier funcionou assim como um pequeno “atelier-escola”, no qual se confrontaram perspetivas variadas, possibilitando a introdução, no arquipélago, de um espírito mais crítico, criativo e aberto em relação à prática da arquitetura. Os principais colaboradores no seus projetos foram os arquitetos José António Paradela, João Conceição, Manuel Vicente, Marcelo Costa, Bartolomeu Costa Cabral, António Marques Miguel, José Mesquita de Oliveira e Gil Martins.
Entre as suas obras mais relevantes, destacam-se o Bairro da Ajuda no Funchal, o Bairro Económico dos Pescadores em Câmara de Lobos, a Capela de N. Sr.ª de Fátima no Pico do Galo, a Casa do Povo da Boaventura em S. Vicente, a Escola Primária da Nazaré em S. Martinho, a remodelação da fábrica, armazéns e escritórios da Empresa de Cervejas da Madeira, o Bloco Residencial de 3 moradias em banda na Rua de Santa Luzia, o Bloco Comercial no Largo da Igrejinha, Funchal, a remodelação do Restaurante e Esplanada no Terreiro da Luta, o Abrigo de Nossa Senhora de Fátima em Santo António, Funchal, e a moradia para Rui Menezes no Porto Santo.
Rui Goes Ferreira tinha como principais hobbies o golf, o snooker e o automobilismo, chegando a conquistar o lugar de melhor madeirense na corrida “Volta à Ilha da Madeira em Automóvel” em 1964.
Faleceu a 18 de setembro de 1978, deixando um legado relevante na arquitetura desenvolvida na Madeira nas décadas de 60 e 70.

PORTO, José Luiz
PT/JP · Person · 1883-1965

José Luiz Porto, filho de Maria Joaquina do Monte e David António Afonso do Porto, nasceu a 10 de outubro de 1883 em Vilar de Mouros. Ainda em criança muda-se para Lisboa, com os seus pais, onde conclui os estudos primários e ingressa na Escola Industrial Marquês de Pombal. Após a obtenção de uma bolsa de estudo por mérito em 1907 nessa mesma escola parte no mesmo ano para a Suiça onde frequenta a École des Arts Industriels em Genebra. Durante o seu percurso académico obtém vários prémios escolares, à semelhança do que já acontecia em Portugal. Em 1913, termina os estudos obtendo o título de Peintre-Décorateur e casa-se com Juliette Mathey de l’Étang, também formada na mesma escola.

Em 1921, José Porto parte para Paris, iniciando-se assim mais uma fase no seu percurso, certamente a menos documentada, mas que se julga ter sido decisiva na sua formação como Arquiteto. Os primeiros registos da sua atividade profissional em Paris colocam-no junto do mundo da Moda e do Teatro, conhecimento que se refletirá mais tarde nas várias propostas efetuadas no seio dos “Engenheiros Reunidos”, para a construção e remodelação de salas de espetáculos. José Porto começa nesta época a assinar como Architecte-Décorateur, uma alteração de título que poderá ser entendida como uma mudança no seu posicionamento artístico, cada vez mais próximo da prática arquitetónica.
Em 1929, casa-se com Berthe Augustine Métairie, que o acompanhará nas etapas subsequentes da sua vida.
Durante os anos seguintes, o seu percurso ganha relevo pelos vários primeiros prémios obtidos em concursos ou pela sua participação em projetos emblemáticos para cidade como é o caso da proposta para o Coliseu do Porto (1937). A sua obra construída, predominantemente residencial, tinha como destinatária uma burguesia portuense informada, que aceitava uma interpretação local de uma “modernidade” que se terá consolidado na sua passagem por Paris. Desta forma, ao longo da década de 30 e integrado num escritório multifacetado, José Porto experimenta este programa com coerência e persistência aproveitando o contexto de expansão da cidade
Em meados dos anos 40 intensifica a sua presença em Moçambique, mais precisamente na cidade da Beira, onde realiza vários projetos. Durante este período, realiza, em simultâneo, algumas obras no Porto e na zona Norte.
O regresso definitivo a Portugal é acompanhado por visitas cada vez mais regulares a Vilar de Mouros, acabando por se fixar na sua terra natal, na antiga casa dos pais, em Marinhas, a partir da década de 50. Esta mudança coincide com uma série de encomendas para a região, obras estas onde se afasta dos códigos linguísticos do “moderno” das décadas de 30 e 40. Com o pretexto do que viria a ser a sua última encomenda – a remodelação de uma quinta no Alto da Lixa para a família Pimenta Machado - José Porto transfere a sua residência para Amarante, cidade onde virá a falecer em 6 de Junho de 1965.

Person · 1956-[1996]

Ao longo do seu percurso profissional, mantém o trabalho de arquitectura no escritório situado no Porto: inicialmente na praça do Município, posteriormente na rua Sá da Bandeira, Gonçalo Cristóvão e, por fim, no Foco.