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PT/2.MS · Family · [18--]-[19--]

A 2ª geração "Pereira Marques da Silva" contém informação produzida, recebida e acumulada pelos irmãos António Marques da Silva e Bernardo Marques da Silva e esposa, Rosa Francisca Pereira.
O posicionamento desta geração relativamente à primeira corresponde a sua descendência direta.

Domingos Pinto de Faria
Person · 1934-2002

Domingos Ferreira Pinto de Faria nasceu a 12 de janeiro de 1934, em Rio Tinto, Gondomar, filho de Lino Pinto de Faria e Maria Ferreira.
Casou-se com Maria Nazaré da Silva Moreira Pinto de Faria, com teve três filhos.
Obteve o seu Diploma de Arquiteto na Escola Superior de Belas Artes do Porto em 1965, mas a sua formação incluiu, também, a frequência do Curso de Economia da Construção, ministrado por D. A. Turin da University College of London.

Entre 1957 e 1970 exerceu a sua atividade na Câmara Municipal do Porto, primeiro no Gabinete de Urbanização, colaborando diretamente na elaboração do Plano Director da Cidade do Porto, sob a orientação do Professor Arquitecto Robert Auzelle, e posteriormente na Repartição de Construção de Casas, integrado na equipa escolhida para a realização do Plano de "extinção" das ilhas da cidade do Porto.

Paralelamente, entre 1970 e 1973, é consultor dos Caminhos de Ferro Portugueses para a Região Norte.

Em 1970 é contratado pelo Fundo de Fomento da Habitação, em janeiro de 1981 é nomeado Diretor da Direção de Habitação do Norte, deixando de exercer esse cargo, a seu pedido, em Março de 1982. Desenvolveu, paralelamente, atividade como Deputado da Assembleia Municipal do Porto.

Da obra desenvolvida enquanto profissional liberal destacam-se, na cidade do Porto, entre outros: os projetos para a Universidade Católica do Porto, o Centro Diocesano - Casa de Vilar ou a reconstrução do Hotel Boa-Vista. A sua obra estende-se a Braga, Póvoa de Varzim, Cinfães, Marco de Canavezes, Gondomar, Francelos e Famalicão.

Domingos Pinto de Faria faleceu em 2002.

Corporate body · [1980] - [1999]

Entre as décadas de 80 e 90, os arquitetos Carlos Carvalho Dias e Pedro Torres Guimarães, que já há alguns anos colaboravam juntos, assinaram projetos em partilha de atelier conjunto. Embora a maior parte dos projetos que constituem o acervo seja de carácter urbanista em serviço a Câmaras Municipais, o atelier dos dois arquitetos também se dedicou a alguns projetos de arquitetura.

Guerra, António Teixeira
PT/FIMS/ATG · Person · 1929 - 2012

António Maria de Calça e Pina Teixeira Guerra nasceu a 7 de fevereiro de 1929 em Santa Maria de Belém, Lisboa, filho do Dr. Rui da Fonseca e Sousa Camões Teixeira Guerra e de Mariana de Sousa Menezes de Calça e Pina Teixeira Guerra. Casou-se com Martine Anne Marguerite Françoise Marie de Stoop Teixeira Guerra, com quem teve 3 filhos e 1 uma filha.
António Teixeira Guerra viveu a sua juventude quase toda no estrangeiro, em virtude das missões diplomáticas do seu pai, cônsul e embaixador. Teixeira Guerra estudou no Canadá, na Alemanha, nos EUA, Inglaterra, França e na Suíça. O pai foi um dos principais promotores da política de integração de Portugal na E.F.T.A. e instalou o primeiro consulado de Portugal no Canadá. Por isso, António Teixeira Guerra viveu no Canadá entre os 8 e os 12 anos, mudando-se para Berlim em 1940, no período de governo nazi. A família mudou-se no ano seguinte para os Estados Unidos da América, onde António terminou o liceu em 1946.
A opção de Teixeira Guerra pela arquitetura foi, segundo ele, consequência do seu talento para a matemática e para o desenho. De 1946 a 1947 frequentou o 1º ano da Escola de Arquitetura da Universidade de Manchester. Prosseguiu depois os seus estudos no Curso de Arquitetura e Urbanismo da Escola de Arquitetura e Urbanismo na Escola Politécnica da Universidade de Lausanne, na Suíça, tendo aí obtido o Diploma de Arquiteto com a classificação de 20 valores a 22 de julho de 1955. Ainda na Universidade de Lausanne, aceitou o convite de Jean André Tschumi, Diretor da Escola de Arquitetura e Urbanismo, fundador e então presidente da União Internacional dos Arquitetos (UIA), para exercer as funções de seu professor assistente. Em 1957, após ter passado com 19 valores no exame de equivalência exigido para o exercício da profissão de arquiteto e urbanista em Portugal na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa (ESBAL), inscreveu-se no Sindicato Nacional dos Arquitetos (SNA) em Portugal.
Entre 1957 e 1975, António Teixeira Guerra foi consultor e colaborador do Instituto Nacional de Investigação Industrial (INII), em Lisboa, contribuindo para a estruturação e organização iniciais desse instituto, colaborando na criação do seu Núcleo de Arte e Arquitetura Industrial em 1960, e promovendo várias ações para a melhoria do “desenho industrial” a nível nacional. Ainda em 1960, e pela ação de Teixeira Guerra, o INII realizou a sua primeira apresentação pública na Exposição de Embalagem na FIL (Feira Internacional de Lisboa), com um stand da autoria do arquiteto e designer António Sena da Silva e com a colaboração dos designers António Garcia e Luís Filipe de Abreu. No âmbito da sua ação no INII, António Teixeira Guerra destacou-se como consultor em matéria de planeamento regional e turístico: em colaboração com o Dr. José da Silva Lopes elaborou as bases para o primeiro Plano de Desenvolvimento Turístico de âmbito nacional em Portugal, projetou e acompanhou programas de assistência técnica para a E.F.T.A. e a O.C.D.E., participou em negociações para programas de assistência técnica no âmbito de instituições europeias, nomeadamente entre Portugal e a Suíça, e organizou várias conferências, colóquios e ações didáticas.
António Teixeira Guerra criou a ADR – Agência de Desenvolvimento Regional, Lda., uma sociedade de estudos e projetos de urbanismo e arquitetura onde se abordava problemáticas com componentes pluridisciplinares, como planificação urbana, regional, turística, mobilidade e industrial. Através desta agência, Teixeira Guerra concretizou vários projetos de urbanismo e arquitetura, tais como as instalações do DIALAP - Sociedade Portuguesa de Lapidação de Diamantes, SARL, de 1960, em colaboração com o arquiteto e professor Carlos Manuel Ramos, o plano de urbanização do Conjunto Turístico de Nova Belas, em 1979, o Plano Geral de Remodelação do Centro Urbano de Vila do Conde, de 1980, e a Reabilitação do Castelo do Crato, de 1992.
No ano de 1979 esteve na Universidade da Califórnia, em Irvine, como investigador visitante convidado na área da antropologia urbana e da programação operacional. Aqui delineou o seu primeiro projeto criativo para o Castelo do Crato.
Os seus projetos de obra são diversificados e presentes em vários pontos do país, com destaque para as regiões da Grande Lisboa, Alentejo e Algarve. As tipologias mais presentes são a arquitetura industrial e os planos urbanísticos para conjuntos residenciais turísticos. O seu atelier situava-se na Av. Infante Santo, Lisboa.
A obra a que António Teixeira Guerra se dedicou com mais paixão foi a recuperação e reconversão do Castelo do Crato, cuja ruínas tinham sido adquiridas pelo seu pai, o Dr. Rui Teixeira Guerra, em 1939. Em 1989, após a doação do castelo à Câmara Municipal do Crato pelo pai, em representação da sociedade Centro de Estudos e Intercâmbio Turístico do Crato Lda., António Teixeira Guerra fez um contrato com a mesma Câmara tendo em vista a recuperação e valorização do castelo, através de uma concessão por 99 anos à sua Agência de Desenvolvimento Regional. Ligado a este projeto, Teixeira Guerra fundou a Fundação do Castelo do Crato, que pretendia ser um centro de investigação e de alta tecnologia, focada nos meios audiovisuais, com uma área de museu dedicada ao património artístico mundial, no reabilitado castelo.
António Teixeira Guerra morreu em 2012.

CABRAL, Bartolomeu Costa
PT/FIMS/BCC · Person · 1929 - 2024

Bartolomeu Albuquerque da Costa Cabral nasce em Lisboa a 8 de fevereiro de 1929. É o terceiro filho de Maria Teresa de Albuquerque e de António de Alcântara Bernardo de Carvalho e Vasconcelos da Costa Cabral, Conde de Tomar. Foi a mãe, afirma, que viu “uma sensibilidade de artista” e o exortou a estudar arquitetura. Assim, terminados os estudos no Liceu Pedro Nunes, em 1947, Costa Cabral inicia a preparação, no atelier de Frederico George (1915-1994), para o exame de Desenho de admissão à Escola de Belas-Artes de Lisboa (EBAL), onde ingressa, no mesmo ano, no Curso Especial de Arquitectura.
Ainda estudante, inicia o seu percurso profissional no atelier de Nuno Teotónio Pereira (1922-2016). É, assim, com Teotónio Pereira, mas também com Manuel Tainha (1922-2012), Rafael Botelho (1923), Raúl Chorão Ramalho (1914-2002), Manuel Alzina de Menezes (1920-2016), Ernesto Borges (seu colega no liceu) e José de Lucena (e, a partir de 1957, também com Nuno Portas), que Costa Cabral consolida o seu pensamento sobre a Arquitetura. É também no atelier de Teotónio Pereira que, pela realização o Bloco das Águas Livres, de que é coautor, considera concluída a sua formação. Permanece como colaborador no atelier de Nuno Teotónio Pereira até 1958, tendo apresentado o CODA “Uma Pousada para a Praia do Vau” (e, portanto, terminando o curso na ESBAL) em 1957.
A partir de 1954, trabalha também no GEU (Gabinete de Estudos e Urbanização), onde se mantém até 1959 – ano em que ingressa no Gabinete de Habitações Económicas da Federação de Caixas de Previdência (HE-FCP). Nesse organismo dedica-se, até 1968, à produção de estudos e projetos de habitação económica para várias zonas do país. No âmbito do trabalho na HE-FCP realiza, além disso, viagens e estágios: em 1962, em Paris, estagia no Centre Scientifique et Technique du Bâtiment (CSTB) e no atelier de Candilis, Josic e Woods; em 1965, em Londres, no London County Council (LCC) (após um breve período em 1964, na Madeira, onde colabora com Rui Goes Ferreira no desenvolvimento de projetos para a Federação de Caixas de Previdência); e em 1967, em Lisboa, estagia no Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC). É nesta década de 60 que porventura mais se evidenciam as suas preocupações sociais, refletidas nas obras construídas, nos relatórios que realiza, nos artigos que publica ou nos eventos em que se faz presente. É também nesta década que se intensifica a sua participação cívica, evidente em 1960, no seu trabalho enquanto membro da comissão organizadora do I Colóquio do Habitat, ou da Direção do SNA (1960-65).
Em 1968, leciona na ESBAL, a convite de Nuno Portas, tendo ingressado, em 1967, no atelier de Conceição Silva e Maurício de Vasconcellos (1925-1997). No ano seguinte, inicia a sua colaboração no Grupo de Planeamento e Arquitectura (GPA), atelier fundado por Maurício de Vasconcellos e Luís Alçada Baptista, onde trabalha até à morte de Maurício de Vasconcellos, em 1997. No GPA, sendo responsável por numerosos trabalhos, desenvolve sobretudo projetos de grande dimensão, nomeadamente planos de urbanização e edifícios para o ensino superior. Entretanto, em 1973 funda o seu atelier, onde desenvolve projetos mais variados na escala e no programa.
De 1948 até à sua morte, Bartolomeu Costa Cabral concebeu mais de duas centenas de projetos. Desde peças de mobiliário a projetos de planeamento urbano, a obra apresenta as mais diversas escalas de intervenção. Apresenta também resposta a uma grande diversidade de programas, de lugares e de linguagens.
Bartolomeu Costa Cabral faleceu a 20 de abril de 2024 em Lisboa.