Maria Helena Correia Carvalho Vieira nasceu a 7 de março de 1953, em Lisboa. Desde cedo apresentou interesse pela música, o que a levou a frequentar o Conservatório Nacional de Música, em Lisboa. Viajou até outros países com o intuito de aumentar o seu nível de formação, nomeadamente até França e Suíça.
A estreia de Helena Vieira deu-se em 1978 no Coliseu dos Recreios, em Lisboa, com a ópera “La Bohème”. Três meses depois atuou no Teatro São Carlos, sob a direção de Willhelm Wodnansky, com a ópera “La Spinalba” e no fim desse ano atuou, ainda, em Viana do Castelo. Contudo, o seu verdadeiro lançamento aconteceu em 1979 com a peça “As Guerras de Alecrim e Manjerona”, no Teatro São Carlos.
Em 1982 Helena Vieira volta ao São Carlos desta vez para participar numa série de óperas que se estenderam até 1985, especificamente “A Flauta Mágica”, “Soror Genoveva”, “Os Contos de Hoffmann”, “A Hora Espanhola”, “O Cavaleiro da Rosa” e “Ascensão e Queda da Cidade de Mahagonny”. Em 1987 volta à Suíça para atuar com a peça “O Cavaleiro da Rosa”, fazendo furor junto da plateia.
Além da ópera, Helena Vieira ganhou notoriedade pelas suas participações na RDP, na RTP, na Juventude Musical Portuguesa, na Secretaria de Estado da Cultura e na Fundação Calouste Gulbenkian. Em 1994 participou no projeto “As Canções do Século” que juntou Helena Silva, Lena D’Água e Rita Guerra com o intuito de interpretarem temas frenceses, italianos, americanos e portugueses que tenham tido notoriedade entre 1900 e 1990. Este projeto resultou num disco que foi lançado nesse próprio ano e foi disco de prata. Até ao ano de 1997, o trio deu espetáculos por várias zonas de Portugal e em 1998 participou num concerto a que deram o nome do projeto.
Filho do pintor João Rodrigues Vieira, Manuel João Gonçalves Rodrigues Vieira nasceu a 17 de outubro de 1962, em Lisboa. Estudou na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa, tendo sido membro do movimento homeostético. Foi fundador e vocalista de várias bandas portuguesas, nomeadamente “Ena Pá 2000”, “Irmãos Catita” e “Coração de Atum”.
Uma biografia fictícia de Manuel Vieira foi alvo de uma série transmitida na RTP2 e esta contou com seis episódios, tendo sido chamada de “Mundo Catita”. A sua transmissão aconteceu no ano de 2008 e foi editada em DVD em 2009, chegando a ser também transmitida pela SIC Radical, em 2010.
Manuel Vieira foi um dos proprietários do Cabret Maxid. Em 2011 e 2016 apresentou candidatura à Presidência da República Portuguesa.
António Mário Lopes Pereira Viegas nasceu a 10 de novembro de 1948, em Santarém. Despertou para o teatro quando estava a estudar Ciências Histórico-Filosóficas na Faculdade de Letras de Lisboa. Depois de terminar o curso mudou-se para o Porto, mais tarde, já em Lisboa, inscreveu-se na Escola de Teatro do Conservatório Nacional e a sua primeira experiência profissional aconteceu no Teatro Experimental de Cascais.
Muito ligado ao teatro, António Viegas fundou três companhias teatrais, sendo a última a Companhia Teatral do Chiado. Foi encenador e diretor artístico de diversas adaptações literárias de autores como Samuel Beckett ou Perer Shaffer.
Além do teatro, António Viegas partilhava a sua paixão artística pelo cinema. Iniciou-se na sétima arte em 1975 com “O Funeral do Patrão” e desde aí as suas participações em filmes foram diversas até ao ano de 1991, ano esse em que fez o seu último papel no cinema com o filme “Os Cornos de Cronos”.
O percurso de António Viegas também esteve ligado à poesia, nomeadamente à declamação desta, através de poemas de Fernando Pessoa, Luís de Camões, Cesário Verde, Camilo Pessanha, entre outros. Também foi colunista no jornal Diário Económico, onde escrevia sobre humor e teatro. Além da arte, António Viegas teve incursões na política, foi candidato a deputado independente nas listas da União Democrática Popular, em 1995 e candidato à Presidência da República, em 1996.
Durante a sua vida António Viegas recebeu várias distinções, nomeadamente pela Casa de Imprensa, pela Associação Portuguesa de Críticos de Teatro e pela Secretaria de Estado da Cultura, com o Prémio Garrett, isto no ano de 1987. Já no estrangeiro recebeu prémios no Festival de Teatro de Sitges, em 1979 e no Festival Europeu do Cinema Humorístico da Corunha, em 1978. Recebeu, ainda, a medalha de mérito do Município de Santarém, em 1993 e o título de comendador da Ordem do Infante D. Henrique, em 1994, pelo, à data, Presidente da República, Mário Soares. O seu falecimento data de 1 de abril de 1996 (47 anos).
Filho do engenheiro e ex-presidente da Câmara Municipal do Porto Aureliano Capelo Veloso, Rui Manuel Gaudêncio Veloso nasceu a 30 de julho de 1957 em Lisboa. Começou a tocar harmónica com seis anos, motivado pelo seu gosto pela música, o que o levou a compor alguns trabalhos. Contudo, só com 23 anos é que se projetou no mundo da música com o álbum “Ar de Rock”, especialmente com o tema “Chico Fininho”.
Em 1986, Rui Veloso lança um novo álbum, também ele composto por temas que seriam êxitos, entre eles “Porto Covo”, “Beirâ”, “Negro do Rádio de Pilhas” e “Porto Sentido”. Logo de seguida edita um novo álbum, desta vez intitulado de “Ao Vivo”. Corria o ano de 1990 e mais um álbum deixou Rui Veloso no top de vendas, agora com “Mingos & Samurais” que incluía os temas como “Não Há Estrelas No Céu”, “A Paixão” e “Baile da Paróquia”. Os álbuns editados somavam-se nos anos seguintes, passando pelo “Auto da Pimenta” em 1991, “Maubere” em 1992, “Lado Lunar” em 1995, “Avenidas” em 1998, “O Melhor de Rui Veloso – 20 anos depois” e “20 anos depois – Ar de Rock” em 2000, “A Espuma de Canções” em 2005, “Rui Veloso ao Vivo no Pavilhão Atlântico” em 2009, “Rui Veloso e Amigos” em 2012 e “O Melhor de Rui Veloso” em 2015.
Decorria ainda a década de 90 e Rui Veloso integrou o grupo Rio Grande, formado por si, João Gil, Tim, Vitorino e Jorge Palma. Este grupo apoiava-se num estilo de música popular com influências alentejanas e resultou em dois discos que foram lançados em 1996 e 1998. Em 2003 o grupo voltou a juntar-se, desta vez sem Vitorino, para o projeto “Cabeças no Ar” que se dedicava a músicas nostálgicas. Em 2008 Rui Veloso colaborou com a banda Perfume para o tema “Intervalo”, chegando a record de vendas nacionais.
Rui Veloso foi condecorado como Cavaleiro da Ordem do Infante D. Henrique, em 1992, pelo à data Presidente da República Mário Soares e como Comendador da mesma Ordem, em 2006, nessa altura pelo atual Presidente da República Jorge Sampaio.