Filho de Duarte Monteverde Abecasis e de Maria Amélia Krus, Nuno Krus Abcasis nasceu a 24 de outubro de 1929 em Faro. Licenciou-se em Engenharia Civil, no Instituto Superior Técnico da Universidade Técnica de Lisboa, sendo que a atividade política ocupou grande parte da sua vida profissional, assumindo-se como militante do CDS – Partido Popular. Foi casado com Raquel Ferreira Castela, com quem teve seis filhos.
Em 1975 aderiu ao Partido da Democracia Cristã e, posteriormente, ao Centro Democrático Social. Foi eleito deputado da Portal da Assembleia da República nas legislaturas iniciadas em 1976, 1980, 1983, 1985 e 1995. Integrou o governo de coligação do PS com o CDS, em 1978, como Secretário de Estado das Indústrias Extrativas e Transformadoras. Em 1979, com apoio do CDS e do PSD, foi eleito presidente da Câmara Municipal de Lisboa, conseguindo a reeleição em 1985. No mesmo ano participou na fundação da União das Cidades Luso-Afro-Américo-Asiáticas e, em 1989, na Fundação Cidade de Lisboa. Foi condecorado em Portugal com o grau de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique, em 1983 e de Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo, em 1999 (título póstumo) e na Grécia com o grau de Grã-Cruz da Ordem da Fénix da Grécia, em 1990. Morreu a 14 de abril de 1999, em Lisboa, com 69 anos. Morreu a 14 de abril de 1999, em Lisboa, com 69 anos.
Nascido a 28 de maio de 1917, em Sever do Vouga, João Eduardo Coelho Ferraz de Abreu, licenciou-se em medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto em 1941, enveredando pela especialidade de cirurgia. Exerceu as suas atividades em diversas instituições hospitalares, sendo que aquela onde mais se destacou foi no Hospital da Marinha, onde foi médico naval da Marinha de Guerra Portuguesa, atingindo a patente de capitão-de-mar-e-guerra, acabando por chegar ao cargo de diretor do mesmo. Ingressou nos quadros médicos da Empresa Termoelétrica Portuguesa, chegando a chefe dos serviços médicos da CPE e da EDP.
Exerceu importantes funções políticas, nomeadamente no Partido Socialista (PS), como porta-voz para a saúde do “Gabinte Sombra”, entre 1985 e 1987, como coordenador do Setor de saúde no Gabinete de Estudos, entre 1980 e 1988 e como Presidente do Partido, entre 1987 e 1991. Exerceu, ainda, funções na Assembleia da República pelo círculo eleitoral do Distrito de Aveiro. Foi, também, vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS entre 1983 e 1987 e vice-presidente da Comissão Parlamentar de Saúde entre 1983 e 1986. No fim da sua carreira política e médica foi membro da Assembleia Municipal de Sever do Vouga, em 1997, onde presidiu a Comissão do Conselho Nacional para a Política da Terceira Idade e onde foi membro do Conselho Geral da Fundação Portuguesa de Cardiologia. Foi condecorado, em Portugal, como Oficial da Ordem Militar de Avis, em 1961, sendo elevado a Comendador da mesma Ordem, em 1971. O seu falecimento data de 26 de junho de 2015, em Sever do Vouga (98 anos).
Maria Fernanda Pereira de Sousa, conhecida pelo nome artístico Ágata, nasceu a 11 de novembro de 1959 em Lisboa. Dedicou toda a sua vida à música, tendo constituído carreira em 1975 quando lançou o seu primeiro trabalho discográfico intitulado de “Heróis Trabalhadores”. Ainda nesse ano entrou para o Centro de Preparação de Artistas da Emissora Nacional, tendo frequentado o curso de música e arte. Ágata sempre se destacou por interpretar músicas do género romântico e em 1976 reforça essa ideia quando gravou um dos seus discos de maior sucesso “Já não estou sozinha”.
Antes da sua carreira a solo, e apenas com 17 anos, integrou a banda feminina Cocktail, chegando a gravar diversos discos. Chegou a ser voz de músicas de telenovelas, em particular com o tema “Caso Meu” para a telenovela brasileira “Dona Xepa” em 1979. Em 1982 participa no Festival RTP da Canção com o tema “Vai mas Vem” o que lhe valeu o Prémio Revelação do Ano. Já em 1984 termina o vínculo com o grupo Cocktail e inicia uma relação com o grupo Doce onde permaneceu até à sua extinção. Em 1986 muda o seu nome artístico para Ágata, pois até aquela altura apresentava-se como Fernanda Sousa.
Embora sempre tenha tido uma carreira de sucessos foi nos anos 90 que Ágata que a sua carreira teve a maior explosão, com êxitos como “Maldito Amor” ou “Comunhão de Bens”. Ágata teve pequenas participações em séries portuguesas, nomeadamente “Frou Frou” e “Espelho dos Acácios”, ambas emitidas na RTP. Deu, ainda, voz à emblemática “Abelha Maia” o que lhe deu uma grande notoriedade na época.
Manuel Álvaro Madureira Marques de Aguiar nasceu no Porto, a 8 de janeiro de 1927 e faleceu em 2015. Era filho de Manuel Álvaro Marques de Aguiar e Antónia Henriqueta Madureira e Castro Marques de Aguiar e teve 4 irmãos.
Entrou na Escola de Belas Artes no curso de arquitetura em 1943. Diplomou-se em urbanismo pelo Institut d’Urbanisme de Paris em 1954 (três bien) e em arquitetura pela Escola de Belas-Artes do Porto e 1955 (20 valores).
Em 1961 casou com Maria Antónia Sousa Guedes Álvares Ribeiro Marques de Aguiar, nascida a 9 de janeiro de 1931, com quem teve cinco filhas.
Dos anos de formação destaca-se a sua continuidade do desenho (desde as aulas da Escola de Desenho Industrial Faria de Guimarães, no Bonfim, em 1937), o papel de Carlos Ramos no ensino da arquitectura das Belas Artes, e finalmente, dos anos no Institut d’Urbanisme de Paris (1950/51, 1951/52) o alargamento a matérias de dimensão humanista e de rigor científico com Max Sorre, Jean Royer, Robert Auzelle, Pierre Lavedan e Gaston Bardet. Colaborou com o Arq. Fernando Barbosa no seu atelier no “Capitólio”, na Avenida Sidónio Pais, Porto. Neste atelier foi coautor de projetos como o Cinema de Famalicão e os anteplanos de urbanização de Vidago e de Pedras Salgadas, ficando como único responsável por estes dois anteplanos após 1955.
Marques de Aguiar desenvolveu a tese final do curso de urbanismo sob a orientação de Robert Auzelle "Réconstruction à Long Terme : étude d’un vieux quartier de Porto. Propositions de réaménagement. Examen Critique et méthode". Por esta altura promoveu, com Carlos Ramos, a vinda de Auzelle para o curso de Verão nas Belas Artes, em 1955 e, junto do presidente da Câmara J. Machado Vaz, a sua contratação para “resolver o problema das ilhas”.
A partir de 1956, Marques de Aguiar integrou a Direção dos Serviços de Urbanização do Norte como urbanista da região norte e, entre 1962 e 1996, assumiu o lugar de consultor de urbanismo da Câmara Municipal de Espinho. Foi também assessor da Comissão de Coordenação da Região Norte (CCRN) nos anos 80 e 90. Mas, ao longo do seu percurso profissional, manteve o trabalho de arquitetura (escritório situado no Porto: inicialmente na praça do Município, posteriormente na rua Sá da Bandeira, Gonçalo Cristóvão e, por fim, no Foco).
Este trabalho de 3 décadas culminou na coordenação da equipa da Direcção Geral de Ordenamento do Plano de reconstrução de Angra do Heroísmo, com a autoria dos 3 planos de pormenor (“Plano de Pormenor da Carreirinha" , fase 1 e 2, e “Plano de Pormenor da Silveira-Fanal" e ” Plano de Pormenor do Desterro-Guarita", 1982).
Nos projectos e obras de arquitectura identifica-se a procura de uma forte integração urbana recriando espaços de vivências de encontro.
Alcino Soutinho iniciou a sua atividade de arquiteto em regime de profissão liberal em 1958. Teve vários escritórios, constituídos sem formalismos legais, onde exerceu a prática da arquitetura.
A partir de 1993, associa-se à sua filha no escritório que se designa por “Alcino Soutinho Arquitecto Lda.”
Alcino Soutinho iniciou a sua atividade de arquiteto em regime de profissão liberal em 1958. Teve vários escritórios, constituídos sem formalismos legais, onde exerceu a prática da arquitetura. Durante a sua vida profissional destacam-se duas fases: numa primeira fase, a profissão foi exercida com vários sócios sem qualquer formalismo; numa segunda fase, em 1993, associa-se à sua filha no escritório que se designa por “Alcino Soutinho Arquitecto Lda.”
Cronologicamente, podemos referir as seguintes fases, enquanto arquitecto em regime liberal:
1ª Escritório com o arquiteto Octávio Lixa Filgueiras na Praça de Filipa de Lencastre, no Edifício do Hotel Infante de Sagres
2ª Escritório com Pedro Ramalho e Sérgio Fernandes, na Rua do Barão de S. Cosme, no início dos anos 60; depois mudam-se para a Rua Marques da Silva. Os trabalhos dos arquitetos começam a separar-se;
3ª Escritório com Rolando Torgo, nos fins dos anos 60 até 1973, na rua de D. Hugo;
4ª Escritório, de 1973 até 1993, escritório na Rua Carlos Malheiro Dias nº 283 r/c Direito;
Ao longo da sua vida profissional projetou mais de 200 obras.
Filho e Francisco José de Faria e Melo Ferreira Duarte e de Maria Manuela Alegre de Melo Duarte, Manuel Alegre de Melo Duarte nasceu a 12 de maio de 1936 em Águeda. Originário de uma família de tradição política liberal, Manuel Alegre ingressa na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra em 1956 entrando, pouco depois, nos grupos de oposição de estudantes ao salazarismo. Tornou-se militante do Partido Comunista Português em 1957 que abandonou 11 anos de depois. Foi membro da Comissão da Academia quando esta apoiava a candidatura de Humberto Delgado à Presidência da República no ano de 1958.
Em 1961 foi chamado a cumprir o serviço militar na Escola Prática de Infantaria, em Mafra. Em 1962 é mobilizado para Angola, onde é preso pela PIDE no ano seguinte. Quando regressou a Portugal é-lhe fixada residência em Coimbra, contudo no ano de 1964 exila-se em Paris, aí é-lhe dado um cargo na Direção da Frente Patriótica de Libertação Nacional, presidida por Humberto Delgado. Em 1974 entra nos quadros da Radiodifusão Portuguesa, como diretor dos Serviços Recreativos e Culturais, ainda nesse ano adere ao Partido Socialista de que foi dirigente nacional. Em 1975 estreia-se como deputado da Assembleia da República e em 1976 integra o I Governo Constitucional de Mário Soares, primeiro como Secretário de Estado da Comunicação Social, depois como Secretário de Estado Adjunto do Primeiro-Ministro para os Assuntos Políticos. Chegou a ser presidente da Comissão Parlamentar de Negócios Estrangeiros, vice-presidente da Delegação Parlamentar Portuguesa ao Conselho da Europa, vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS e vice-presidente da Assembleia da República. Em 2004 foi candidato a secretário-geral do PS, perdendo para José Sócrates e em 2006 candidato independente às eleições presidenciais. Em 2009 cessa o seu último mandato como deputado à Assembleia da República e em 2011 foi candidato às eleições presidenciais.
Além da vocação política, Manuel Alegre emprenhou-se em diversas atividades culturais, como na fundação do Círculo de Iniciação Teatral da Academia de Coimbra, chegando a ser ator do Teatro de Estudantes da Universidade de Coimbra. Alegre destacou-se como poeta e ficcionista, sendo que a sua obra chegou a ser adaptada a várias línguas, vindo a receber o Grande Prémio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores, em 1998 e o Prémio Pessoa, em 1999. É, ainda, sócio-correspondente da Classe de Letras da Academia das Ciências de Lisboa, tendo sido eleito em 2005.
A atividade profissional de arquiteto de Alfredo Duarte Leal Machado, ainda parcamente estudada, encontra-se ligada ao Porto e ao Norte de Portugal, mas sobretudo a Coimbra, onde terá sido vereador da Câmara Municipal de Coimbra, entre 1942 e 1945. Para este concelho desenvolveu um projeto para a Escola de Regentes Agrícolas e um conjunto de parques infantis: Casa da Criança Rainha D. Leonor (Castanheira de Pêra, 1939), o segundo projetista para a Casa da Criança D. Filipa de Vilhena (St. António dos Olivais, 1940), a Casa da Criança D. Joaquina Barreto Rosa (Arganil, 1944). Ainda durante o ano de 1940, apresenta, juntamente com Artur Pimentel, um projeto para construção do edifício da Central Térmica do Hospital Universitário de Coimbra.
Em 1939 inicia o projeto para os Paços do Concelho de Espinho, sendo igualmente o arquiteto designado pelo Ministério das Obras Públicas para acompanhar a construção do edifício.
Enquanto arquiteto da Delegação Norte da Direcção Geral de Edifícios e Monumentos Nacionais (DENN), será, em 1951, e em colaboração com Manuel Lima Fernandes de Sá, o autor do Projecto do Pavilhão de Arquitectura da EBAP, que será inaugurado em 1954.
Alfredo Duarte Leal Machado, em 1921, ingressou no curso preparatório da Escola de Belas Artes do Porto (EBAP). Seguiu para o Curso de Arquitetura, tendo sido discípulo de José Marques da Silva. Veio a terminar o Curso em 1932.