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Registo de autoridade
Manuel Marques de Aguiar, Urbanista
Pessoa · 1956-1996

A partir de 1956, Marques de Aguiar integra os Serviços de Urbanização como urbanista da região norte e, entre 1962 e 1996, assume o lugar de consultor de urbanismo da Câmara Municipal de Espinho.

Pessoa · 1950-1952

No anos letivos 1950/51 e 1951/52, Manuel Marques de Aguiar, no Institut d’Urbanisme de Paris desenvolve a tese final do curso de urbanismo sob a orientação de Robert Auzelle "Réconstruction à Long Terme : étude d’un vieux quartier de Porto. Propositions de réaménagement. Examen Critique et méthode".

Manuel Marques de Aguiar, Estudante na ESBAP
Pessoa · 1950-1955

Em 1950 Manuel Marques de Aguiar matriculou-se na Escola de Belas Artes do Porto, concluindo o Curso Superior de Arquitetura em 1955.

Alfredo Matos Ferreira, Estudante na ESBAP
Pessoa · 1948-1959

Em 1948 Alfredo Durão de Matos Ferreira matriculou-se na Escola de Belas Artes do Porto; em 1952 termina o Curso Especial de Arquitetura, concluindo o Curso Superior de Arquitetura em 1959.

Entidade coletiva · 1967 - 1969

Em 1967, Bartolomeu Costa Cabral ingressa no atelier de Conceição Silva (1922 - 1982) e Maurício de Vasconcellos (1925-1997), em funcionamento até 1968/69. Durante esse ano, colabora na realização de projetos à escala urbana, como o Plano de Ordenamento Urbano e Turístico do sector IV no Algarve e da Quinta dos Ingleses (Urbanização Savelos).

Entidade coletiva · 1973 - [20--]

Em 1973, Bartolomeu Costa Cabral funda o seu próprio atelier, onde desenvolve projetos mais variados na escala e no programa. Para além do projeto para a Rua do Arco do Marquês de Alegrete (Martim Moniz), que motiva a fundação do atelier, destacam-se muitos outros, entre os quais podemos distinguir, na década de 70, a Casa na Rua da Verónica (1973-1975), o Bairro do Pego Longo (iniciado em 1976 no âmbito do Processo SAAL), a agência da Caixa Geral de Depósitos, em Sintra (1977-1983, vencedora do Prémio de Arquitectura Raul Lino, em 1985), ou a recuperação do Teatro Taborda (1979-1995), com Nuno Teotónio Pereira.
A partir da década de 80 projeta ainda, no próprio atelier, a Galeria 111 (1984-1993), o Corpo B da Escola Superior de Tecnologia de Tomar (1988-1993) e a Mútua dos Pescadores (1989-1992); já na década seguinte, desenha a Residência de Estudantes da Escola Superior de Tecnologia de Tomar (1990), o Pavilhão do Instituto Superior de Agronomia da Universidade Técnica de Lisboa (1991-2000), o edifício de habitação económica em Pego Longo (1992-1994, Vencedor do “Prémio INH 1995 de Promoção Municipal”), o Projecto Integrado do Castelo/Recuperação da Zona Histórica C12 (1995), o Edifício de Engenharia da Universidade Católica, em Sintra (1995-2001), a Biblioteca da Universidade da Beira Interior (1998-2001) e a Estação de Metro Quinta das Conchas (1999-2003).
Mais recentemente, concebe o Museu dos Lanifícios da Universidade da Beira Interior (2000-2003), a Casa na Travessa da Oliveira (2002-2006), a Casa Herdade Delgado (a “Casa em Taipa”, 2004-2008), o Restaurante Tartine (2009-2012) e a Casa nas Amoreiras (2012-2013).

Bartolomeu Costa Cabral, Arquiteto no GPA
Entidade coletiva · 1968 - 1997

O Grupo de Planeamento e Arquitectura (GPA) foi um atelier fundado por Maurício de Vasconcellos e Luís Alçada Baptista em 1968. Bartolomeu Costa Cabral, que já colaborava com Maurício de Vasconcellos no atelier que este detinha em sociedade com Conceição Silva, continuou a sua colaboração no então novo atelier do GPA.
No GPA, sendo responsável por numerosos trabalhos, Costa Cabral desenvolve sobretudo projetos de grande dimensão, nomeadamente planos de urbanização – como a Unidade de Ordenamento UNOR I (1970), o Plano de Recuperação da Brandoa (1971), o Plano de Urbanização da Falagueira (1969-1973) ou o Plano Integrado de Almada (1977-1982, vencedor do 1º Prémio do Concurso do Fundo de Fomento de Habitação) – e edifícios para o ensino superior, entre os quais se destacam as várias construções para a atual Universidade da Beira Interior, na Covilhã (Fase I – Fase V, 1972-1991). Ainda dentro dos equipamentos para o ensino superior concebe, no GPA, o Edifício de Engenharia da Universidade do Minho (1983-1991), a Escola Superior Agrária de Bragança (1981-1990) e a Escola Superior Agrária de Santarém (1989-1995). Colabora também noutros projetos, nomeadamente no projecto do edifício-sede da Sociedade Portuguesa de Autores (1971-1975), em Lisboa, em coautoria com Maurício de Vasconcellos. Colabora também em projetos para concursos, tais como aqueles para a Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Bragança (1991), para a Residência da Embaixada de Portugal em Brasília (1995) e para a Residência de Estudantes na Expo (1996).
O Grupo de Planeamento e Arquitectura (GPA) cessou a sua atividade em 1997.

SILVA, José Marques da
PT/JMS · Pessoa · 1869-1947

Foi o primeiro dos 10 filhos de Bernardo Marques da Silva e Maria Rosa Marques, nasceu, segundo se julga, no prédio nº 113 da Rua de Costa Cabral na freguesia de Paranhos, Porto, a 18 de Outubro de 1869.
Neto de lavrador e filho de operário marmorista, primeiro, e industrial de obras de mármore, mais tarde.
Frequentou a Escola da Ordem da Trindade e trabalhou nas horas de folga na oficina de seu pai, instalado junto aquela escola.
Feitos os exames do 1º e 2º grau ingressou no liceu onde fez com êxito o 2º ano do respectivo curso geral, passando, depois, a frequentar a antiga Academia Portuense de Belas Artes, tirou o curso de Arquitectura Civil; o 3º ano de escultura e o curso de desenho histórico.
Terminados os seus estudos, no Porto, fez, em Lisboa, as provas para o concurso para pensionista do estado, em Paris. Competiu com Adães Bermudes e foi preterido. Seu pai não se conformando com a situação enviou-o para Paris, com expensas próprias e Marques da Silva ali prosseguiu os seus estudos. Chegou a Paris no ano em que completava 20 anos tendo presenciado a grandiosa Exposição internacional de 1889.
Em 6 de Agosto de 1890 fez o concurso e foi admitido como aluno da Ecole Nationale et Speciale des Beaux Arts e ingressa no atelier de Victor Laloux. Nesta escola obteve o 1º lugar em 3 concursos escolares, obteve uma 1ª medalha, duas 2ª medalhas e várias primeiras menções.
Obteve o título de arquitecto diplomado pelo governo francês em 10 de Dezembro de 1896.
De regresso ao Porto, José Marques da Silva foi nomeado professor de Desenho do Instituto Industrial e Comercial do Porto, em 1900.
Em 1904 foi nomeado Arquitecto da Câmara Municipal do Porto.
Em 1906 foi nomeado professor interino da Cadeira de Arquitectura Civil, na antiga Academia Portuense de Belas Artes onde exerceu docência até 1939.
Em 1914 foi transferido do Instituto Industrial e Comercial do Porto para a Escola de Arte Aplicada onde passou a Professor e Director até 1930, data em que aquela escola foi incorporada na antiga Escola Industrial de Faria de Guimarães, actual escola de Artes Decorativas de Soares dos Reis.
Foi Director da Escola de Belas Artes do Porto, pela 1ª vez por alturas de 1914.
Em 1930 foi nomeado professor da cadeira de Desenho de Construção na Escola Industrial de Faria Guimarães (Arte Aplicada) cuja regência se conservou até à data da sua aposentação.
Nomeado Director efectivo da Escola de Belas Artes do Porto em 1931 mantendo-se até 1939.
Marques da Silva como arquitecto construiu obras no Porto; Matosinhos; Vila nova de Gaia; Guimarães; Barcelos e Braga.
Faleceu em 6 de Junho de 1947.

Transcrição integral da biografia de José Marques da Silva escrita pela sua filha Maria José Marques da Silva, em 1953 (FIMS/MSMS/1119).

José Porto, firma "Engenheiros Reunidos"
Pessoa · 1934-[194-]

José Porto, em 1934, passa a integrar na firma “Engenheiros Reunidos”. Essa integração terá sido motivado pela sua participação no Concurso para o Estádio Distrital da cidade do Porto, projeto premiado com o primeiro lugar mas que acabaria por não se concretizar. Durante os anos seguintes, o seu percurso ganha relevo pelos vários primeiros prémios obtidos em concursos ou pela sua participação em projetos emblemáticos para cidade como é o caso da proposta para o Coliseu do Porto (1937), Grande Hotel da Batalha (1937) e Hotel Império (1942).
Simultaneamente desenvolve trabalhos em regime de arquiteto liberal.

José Porto, Arquiteto
Pessoa · 1907-1965

Em 1921, José Porto parte para Paris. Os primeiros registos da sua atividade nesta cidade colocam-no junto do mundo da Moda e do Teatro, para a construção e remodelação de salas de espetáculo. São conhecidos trabalhos diversificados como o desenho de figurinos, objetos, mobiliário e, pela primeira vez, os primeiros registos relacionados com a intervenção arquitetónica. José Porto começa nesta época a assinar como Architecte-Décorateur. A remodelação do bar do Hotel Bergère e o projecto para a transformação do cinema Gaumond Palace constituem os primeiros registos disponíveis da sua prática como arquiteto. Neles é possível identificar os códigos compositivos da Art-Déco, que persistirão ao longo do seu percurso.
Em 1939, no mesmo ano do projeto para a casa na rua da Vilarinha para Manoel de Oliveira - obra que constituiu o culminar das experiências que realizara até ao momento - José Porto inicia mais uma fase, motivada pela sua participação no Concurso para a Residência do Governador em Lourenço Marques, onde mais uma vez sai vencedor. No decurso deste processo, apresenta três soluções de fachada que procuram adaptar-se ao gosto de um cliente institucional, um ecletismo operativo que retomará nalgumas das realizações posteriores, como é exemplo o projeto para a Casa do Douro (1941). A sua presença em Moçambique e na cidade da Beira intensifica-se a partir de meados da década de 40, tendo realizado vários projetos onde se destacam o Anteprojecto para a Urbanização da Cidade da Beira (1943), a remodelação do Edifício dos Paços do Concelho (1944) e o Grande Hotel da Beira (1949) terminado apenas em 1955, sob a supervisão do Arquitecto Francisco de Castro. Durante este período, realiza em simultâneo algumas obras no Porto e na zona Norte destacando-se o Hotel D. João I (1947) ou o edifício “Emporium” na Rua de Sá da Bandeira (1947), ambos para o mesmo cliente, José Oliveira & Filhos. O regresso definitivo a Portugal é acompanhado por visitas cada vez mais regulares a Vilar de Mouros, acabando por se fixar na sua terra natal, na antiga casa dos pais, em Marinhas, a partir da década de 50. Esta mudança coincide com uma série de encomendas para a região, nomeadamente a remodelação da Câmara Municipal de Caminha (1950-54), a casa Alfredo Pinto em Vila Praia de Âncora (1952), a casa Maximino Pinto, em Lanhelas (1958), ou a casa Abel Narciso Jorge em Caminha (1961), obras estas onde se afasta dos códigos linguísticos do “moderno” das décadas de 30 e 40.

PORTO, José Luiz
PT/JP · Pessoa · 1883-1965

José Luiz Porto, filho de Maria Joaquina do Monte e David António Afonso do Porto, nasceu a 10 de outubro de 1883 em Vilar de Mouros. Ainda em criança muda-se para Lisboa, com os seus pais, onde conclui os estudos primários e ingressa na Escola Industrial Marquês de Pombal. Após a obtenção de uma bolsa de estudo por mérito em 1907 nessa mesma escola parte no mesmo ano para a Suiça onde frequenta a École des Arts Industriels em Genebra. Durante o seu percurso académico obtém vários prémios escolares, à semelhança do que já acontecia em Portugal. Em 1913, termina os estudos obtendo o título de Peintre-Décorateur e casa-se com Juliette Mathey de l’Étang, também formada na mesma escola.

Em 1921, José Porto parte para Paris, iniciando-se assim mais uma fase no seu percurso, certamente a menos documentada, mas que se julga ter sido decisiva na sua formação como Arquiteto. Os primeiros registos da sua atividade profissional em Paris colocam-no junto do mundo da Moda e do Teatro, conhecimento que se refletirá mais tarde nas várias propostas efetuadas no seio dos “Engenheiros Reunidos”, para a construção e remodelação de salas de espetáculos. José Porto começa nesta época a assinar como Architecte-Décorateur, uma alteração de título que poderá ser entendida como uma mudança no seu posicionamento artístico, cada vez mais próximo da prática arquitetónica.
Em 1929, casa-se com Berthe Augustine Métairie, que o acompanhará nas etapas subsequentes da sua vida.
Durante os anos seguintes, o seu percurso ganha relevo pelos vários primeiros prémios obtidos em concursos ou pela sua participação em projetos emblemáticos para cidade como é o caso da proposta para o Coliseu do Porto (1937). A sua obra construída, predominantemente residencial, tinha como destinatária uma burguesia portuense informada, que aceitava uma interpretação local de uma “modernidade” que se terá consolidado na sua passagem por Paris. Desta forma, ao longo da década de 30 e integrado num escritório multifacetado, José Porto experimenta este programa com coerência e persistência aproveitando o contexto de expansão da cidade
Em meados dos anos 40 intensifica a sua presença em Moçambique, mais precisamente na cidade da Beira, onde realiza vários projetos. Durante este período, realiza, em simultâneo, algumas obras no Porto e na zona Norte.
O regresso definitivo a Portugal é acompanhado por visitas cada vez mais regulares a Vilar de Mouros, acabando por se fixar na sua terra natal, na antiga casa dos pais, em Marinhas, a partir da década de 50. Esta mudança coincide com uma série de encomendas para a região, obras estas onde se afasta dos códigos linguísticos do “moderno” das décadas de 30 e 40. Com o pretexto do que viria a ser a sua última encomenda – a remodelação de uma quinta no Alto da Lixa para a família Pimenta Machado - José Porto transfere a sua residência para Amarante, cidade onde virá a falecer em 6 de Junho de 1965.

SOUTINHO, Alcino Peixoto de Castro
PT/AS · Pessoa · 1930-2013

Alcino Peixoto de Castro Soutinho nasceu em Vila Nova de Gaia, a 6 de novembro de 1930 e faleceu a 24 de novembro de 2013. Era filho de Joaquim dos Santos Castro Soutinho e Julieta Ferreira Peixoto. Em 1964 casou com Laura Maria Paixão de Amorim Castro, com quem teve duas filhas.
Em 1948 ingressou na Escola Superior de Belas Artes do Porto, no curso de Escultura, o qual concluiu em 1957. Em 1959 completa também o curso de Arquitetura com a média de 20 valores.
Alcino Soutinho colaborou em diversos escritórios de arquitetura antes de iniciar autonomamente a sua atividade. Destaca-se a colaboração com os arquitetos José Carlos Loureiro, João Anderson, Januário Godinho e Arménio Losa, Octávio Lixa FIlgueiras.
Em 1958, Alcino Soutinho passa a trabalhar como profissional liberal, atividade que interrompe em 1961 para realizar uma investigação sobre museologia, em Itália, projeto este financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian.
Trabalhou na Fundação das Caixas de Previdência, onde elaborou vários conjuntos de habitação económica no norte de Portugal, até 1971. Aplicou esta experiência no pós 25 de Abril, no programa do SAAL (Serviço e Apoio Ambulatório Local) e na conceção do Bairro de Maceda, na zona de Campanhã, no Porto.
No âmbito da arquitetura, Alcino Soutinho assinou projetos emblemáticos muito diferenciados, desde grandes equipamentos de distintas naturezas e utilizações, até à habitação ou ao espaço público. Entre o conjunto de edifícios que concebeu, destacam-se o Castelo do Prado, o Edifício Delfim Pereira da Costa, o Palácio da Enseada e a Quinta das Sedas, em Matosinhos. Dos equipamentos sobressaem a Biblioteca Florbela Espanca, a Câmara Municipal e a Torre Sinhá em Matosinhos; a Bolsa de Derivados do Porto; a marginal de Vila do Conde. Das habitações unifamiliares merecem referência a casa de José Grade, em Portimão; a de Pinto Sousa e de Pina Vaz, ambas em Ofir; a de Pedro Soares, em Afife, a de Joaquim Matias, no Barreiro, ou a de António Santos, no Porto.
Alcino Soutinho também concebeu projetos para museus e faculdades: o Museu do Neo-realismo, em Vila Franca de Xira; a Casa-museu Guerra Junqueiro, no Porto; o Centro Cultural de Alfândega da Fé; o Museu de Aveiro; o Museu/Biblioteca Amadeo de Souza Cardoso, em Amarante; a Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, e as faculdades de Química e de Cerâmica da Universidade de Aveiro.
Com a Pousada de S. Diniz de Vila Nova de Cerveira (1982) Alcino Soutinho obteve o prémio "Europa Nostra", da International Federation of the Protection of Europe's Cultural and Natural Heritage. E obteve o prémio AICA (1984), da Secção Portuguesa dos Críticos de Arte, com o projeto Museu/Biblioteca Amadeo de Souza Cardoso e o do Edifício dos Paços do Concelho, em Amarante.
Entre 1972 e 1999 lecionou na Escola Superior de Belas Artes do Porto e depois na Faculdade de Arquitetura do Porto. Em 1999 jubilou-se como professor associado de nomeação definitiva.
Entre 1993 e 1997 foi consultor do CRUARB - Comissariado para a Renovação Urbana da Área Ribeira-Barredo, projeto de reabilitação que abriu caminho à classificação pela UNESCO do Centro Histórico do Porto como Património Mundial da Humanidade.
Entre 1996 e 2002 foi assessor da Administração do Porto de Lisboa para o reordenamento da Zona Ribeirinha entre Algés e a Matinha.
Entre 1998 e 2001 foi presidente do Centro Português de Design.
De 1999 a 2003 presidiu aos corpos sociais da Ordem dos Arquitetos.
Entre 2003 e 2006 presidiu à Assembleia Geral da Cooperativa Árvore.
O trabalho do arquiteto Alcino Soutinho foi reconhecido através de condecorações tais como: a Medalha de Mérito da Câmara Municipal de Matosinhos (1988) e a Medalha de Mérito da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia (1992); a Comenda da Ordem Militar de Santiago de Espada (1993); o título de Cidadão Honorário da Câmara Municipal de Matosinhos (2007).
Foi, ainda, membro da Associação Portuguesa de Designers, do Conselho Científico da Escola Superior de Arte e Design (ESAD), do Comité Científico da Revista Housing (Itália), da Comissão Consultiva para a atribuição de Bolsas de Estudo de Especialização do Serviço de Belas-Artes, da Fundação Calouste Gulbenkian. Entre 1998 e 2001 assumiu a presidência do Centro Português de Design, além de ser membro do Conselho Científico da Escola Superior de Arte e Design (ESAD).

Entidade coletiva · 1967-1977

Entre 1967 e 1977 Octávio Lixa Filgueiras foi vogal da 4ª Sub-Secção da 2ª Secção da Junta Nacional da Educação (Património Arquitectónico/Urbanístico). Exerceu esta atividade a título gratuito.
As principais atividades, exercidas por Octávio Lixa Filgueiras, neste âmbito, eram as de dar aconselhamento técnico no que respeita a intervenções a nível urbanistico e patrimonial.

Fernando Lanhas, Pintor
Entidade coletiva · [194-]-[199-]

O interesse de Fernando Lanhas pela pintura surgiu quando ainda frequentava o curso de arquitetura na ESBAP. No início dos anos 40, motivado pelo ambiente escolar, teve os primeiros contactos com a problemática do abstracionismo. Em 1942 realizou alguns desenhos abstratos, abrindo uma nova via de reflexão estética e plástica na pintura portuguesa contemporânea. Enquanto completava a sua formação académica participou ativamente na organização de uma série de exposições itinerantes “independentes / 1943-1959".
Apesar de não ter tido um percurso artístico regular, trabalhando a pintura a par da arquitetura e de múltiplas ocupações paralelas (arqueologia, astronomia, poesia, desenho, museologia) Fernando Lanhas pode ser considerado pioneiro do abstracionismo (geométrico e não) em Portugal.

Entidade coletiva · 1959 - 1972

Em 1959, Bartolomeu Costa Cabral ingressa no Gabinete de Habitações Económicas da Federação de Caixas de Previdência (HE-FCP). Nesse organismo dedica-se, até 1968, à produção de estudos e de projetos de habitação económica para várias zonas do país. No âmbito do trabalho na HE-FCP realiza, além disso, viagens e estágios: em 1962, em Paris, estagia no Centre Scientifique et Technique du Bâtiment (CSTB) e no atelier de Candilis, Josic e Woods; em 1965, em Londres, estagia no London County Council (LCC) (após um breve período em 1964, na Madeira, onde colabora com Rui Goes Ferreira no desenvolvimento de projetos para a Federação de Caixas de Previdência); e em 1967, em Lisboa, estagia no Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC). É na década de 60 que porventura mais se evidenciam a sua participação cívica e as suas preocupações sociais, refletidas nas obras construídas, nos relatórios que realiza, nos artigos que publica ou nos eventos em que se faz presente.

Entidade coletiva

Octávio Lixa Filgueiras ingressou, em 1942, no curso de Arquitetura, na Escola Superior de Belas Artes do Porto (ESBAP). Diplomou-se em 1954. A tese apresentada ao Concurso para Obtenção do Diploma de Arquitecto (C.O.D.A.), “Urbanismo – um tema rural”, obteve classificação máxima de 20 valores, e foi inovadora em múltiplos sentidos: constituiu o primeiro trabalho teórico-prático aceite pela Escola, então dirigida por Carlos Ramos, e trouxe para o debate académico a importância das comunidades rurais enquanto área de estudo.

Pessoa · 1956-1964

Manuel Luís Cabral Teles frequentou a Escola Superior de Belas Artes do Porto, entre 1956 e 1964, tendo concluído a sua formatura em 1964. Apresentou o CODA (Concurso para Obtenção do Diploma de Arquitecto) com o projeto "Conjunto de habitações rurais, Federação das Caixas de Previdência, Casa do Povo de Pegarinhos".

Octávio Lixa Filgueiras, Arquiteto
Entidade coletiva · 1947-1973

De 1947 a meados de 1973 Octávio Lixa Filgueiras exerceu a actividade de arquiteto. Em início de carreira formou atelier na praça Filipa de Lencastre, com António Maria Corte-Real e Fernando Vieira Campos. Viria a transitar posteriormente para a rua Barão de S. Cosme e, finalmente, para a rua Alegria, no mesmo local onde, então, Álvaro Siza tinha o seu gabinete.
Foram seus colaboradores, Alcino Soutinho, Alexandre Vasconcelos e Álvaro Meireles.
A partir de 1972, sencivelmente deixa de ter escritório por incompatibilidade com funções oficiais na área da Cultura.

Manuel Teles, Arquiteto
Entidade coletiva · 1961-[2008]

Manuel Teles iniciou a sua carreira, entre 1962 e 1967, foi colaborador do Arq.to João Andresen.
De 1968 a 1970, colaborou no projeto do Hotel e Casino para o Funchal, Madeira, da autoria dos Arq.tos Óscar Niemeyer e Viana de Lima.
Exerceu a atividade de arquiteto por mais de 4 décadas.

Manuel Teles
Pessoa · 1936-2012

Manuel Luís Cabral Teles nasceu a 16 de abril de 1936, na freguesia de Santo António dos Olivais, Concelho de Coimbra. Era Filho de Bernardo Teles e Maria de Lourdes Cabral Teles.
Frequentou a Escola Superior de Belas Artes do Porto, entre 1956 e 1964, tendo concluído a sua formatura em 1964. Formou-se apresentando o CODA (Concurso para Obtenção do Diploma de Arquitecto) com o projeto "Conjunto de habitações rurais, Federação das Caixas de Previdência, Casa do Povo de Pegarinhos".
Foi colega de curso do Arq. Álvaro Siza Vieira.
No início da carreira, entre 1962 e 1967, foi colaborador do Arq.to João Andresen.
De 1968 a 1970, colaborou no projeto do Hotel e Casino para o Funchal, Madeira, da autoria dos Arq.tos Óscar Niemeyer e Viana de Lima.
Em 1972, frequentou um Curso Intensivo sobre Planeamento Regional e, entre 1972 e 1972, estagiou na Grã-Bretanha, em Planeamento e Arquitectura.
Foi docente da Escola Superior de Belas Artes do Porto desde 1978 e da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto, até à sua aposentação, em 1997.
Foi arquiteto da Câmara Municipal do Porto, tendo participado, nessa qualidade, no Plano do Campo Alegre, no Processo SAAL (Serviço de Apoio Ambulatório Local) e no Comissariado para a Renovação da Área Urbana Ribeira-Barredo (C.R.U.A.R.B.), onde se cruza com Fernando Távora.
Foi consultor de várias Câmaras, nomeadamente: Mira, Cantanhede e Barcelos.
A sua obra, dos grandes equipamentos públicos às moradias unifamiliares, passando pela requalificação urbana, estende-se do norte ao sul do país, com particular destaque para Barcelos, Mira, Cantanhede, Coimbra e Porto.
Tem alguns artigos publicados em revistas da especialidade e representou Portugal em 1977, na Exposição da Bienal de S. Paulo, Brasil; em 1978, na Exposição associada ao Congresso da UIA, no México; na Exposição de Arquitetura Portuguesa, em Helsínquia, durante a VII Assembleia da EASA; e foi o Coordenador da representação da Câmara Municipal de Barcelos, na Exposição sobre Centros Históricos, em Santiago de Compostela, no ano de 1999.
Manuel Luís Cabral Teles faleceu no Porto em 2012, com 76 anos de idade.

Manuel Teles, Câmara Municipal do Porto
Entidade coletiva · 1968-1976

Na Câmara Municipal do Porto entre 1968 e 1976, Manuel Teles, fez parte do Gabinete do Plano do Campo Alegre, coordenado pelo Arq.to Fernando Távora, e assumiu, posteriormente, o lugar de Arq.to Chefe do Gabinete Coordenador CMP/SAAL.

Entidade coletiva · 1952 - 1958

Bartolomeu Costa Cabral inicia o seu percurso profissional no atelier de Nuno Teotónio Pereira (1922-2016) em 1952, sendo então ainda estudante. No atelier de Teotónio Pereira, Bartolomeu consolida o seu pensamento sobre a Arquitetura e, com realização o Bloco das Águas Livres, de que é coautor, considera concluída a sua formação. Permanece como colaborador no atelier de Nuno Teotónio Pereira até 1958. Entre 1958 e 1962, Bartolomeu Costa Cabral forma sociedade com Nuno Teotónio Pereira e Nuno Portas (1934).

Bartolomeu Costa Cabral, Estudante na ESBAL
Pessoa · 1952 - 1957

Terminados os estudos no Liceu Pedro Nunes, Bartolomeu Costa Cabral ingressa no Curso Especial de Arquitectura da Escola de Belas Artes de Lisboa (EBAL) em 1947. Termina o curso na então Escola Superior de Belas Artes de Lisboa (ESBAL) em 1957, tendo apresentado o projeto “Uma Pousada para a Praia do Vau” para o Concurso de Obtenção do Diploma de Arquiteto (CODA).

Raúl Hestnes Ferreira, Arquiteto
Entidade coletiva · 1959-2018

Em finais da década de 50, do século passado, Raúl Hestnes Ferreira iniciou a sua atividade de arquiteto, profissão liberal, atividade esta que exerceu por cerca de 60 anos, sempre no mesmo atelier do Largo da Graça, nº 82, em Lisboa. Entre os anos de 1967 até meados dos anos 70 colaborou no escritório denominado "Hestnes Ferreira, Rodrigo Rau, Romeu Pinto da Silva, José Luís Zúquete [Arquitectos Associados]".

Fernando Lanhas, Arquiteto
Entidade coletiva · [194-]-1993

Fernando Lanhas inicia a sua atividade de arquiteto em 1946 sendo o último projeto datado dos anos 90. Projetou moradias, prédios, espaços museológicos, habitação coletiva, habitação unifamiliar, habitação multifamiliar e equipamentos.

LANHAS, Fernando Resende da Silva Magalhães
Pessoa · 1923-2012

Fernando Resende da Silva Magalhães Lanhas nasceu no Porto, na rua do Almada nº 254, freguesia da Vitória, a 16 de setembro de 1923. Filho de Luís da Cunha Magalhães Lanhas, comerciante de tecidos, e de Maria Amélia Resende da Silva Magalhães Lanhas, modista.
Em 1941 matriculou-se na Escola Superior de Belas Artes do Porto, em arquitetura, tendo terminado em 1947; em 1962 apresentou o Concurso para a obtenção do diploma em arquitetura (CODA) com uma tese sobre o "Estudo de um Museu de Arqueologia".
Em 1953 casou com Maria Luísa da Costa Pereira Viana com quem teve 2 filhos.
Fernando Lanhas era um homem de múltiplos interesses. Para além de arquiteto, foi pintor, investigador nas áreas de arqueologia e astronomia, diretor de museu; procurava o conhecimento do universo.
Em 1988 a Secretaria de Estado da Cultura promove em Lisboa e no Porto a apresentação integral da sua obra de arte plástica, arquitetura, museologia, arqueologia e investigação.
Em 1988 é realizado por António de Macedo um filme de longa metragem sobre a sua vida e a sua obra.
Em 1988, Fernando Guedes escreve o livro Fernando Lanhas. Os Sete Rostos, sobre a sua vida e obra.
Em 1990 é agraciado com o grau de Comendador da Ordem Militar de Sant´Iago da Espada.
Em 1989, a Câmara Municipal do Porto atribui a Fernando Lanhas a Medalha de Mérito de ouro.
Em 1993, no dia Mundial da Arquitetura, é homenageado pela Associação dos Arquitetos Portugueses.
Em 1997 a Câmara Municipal de Amarante, no cinquentenário do Museu Amadeu de Souza-Cardoso, atribui a Fernando Lanhas o Grande Prémio Amadeu de Souza Cardoso.
Em 2005, a Escola Superior de Belas conferiu-lhe o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade do Porto.
Em 2017 trabalhos de Fernando Lanhas estiveram presentes na 15ª Bienal de Istambul, promovida pela "Istanbul Foundation for Culture and Arts, Istambul, Turquia". Fernando Lanhas foi o único artista da Península Ibérica a integrar este evento.
Fernando Lanhas faleceu na sua casa, no Porto, a 4 de fevereiro de 2012.

Fernando Távora, Arquitecto
PT/FTA · Entidade coletiva · 1946-1996

Fernando Távora exerceu atividade de arquiteto, como profissional liberal, de 1946 a 1996, no seu escritório da Rua Duque de Loulé, nº 98, 3º esq., freguesia da Sé, Porto.