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Registo de autoridade
Loureiro, José Manuel
PT/FIMS/JML · Pessoa

Arquiteto formado pela ESBAP. Sócio do GALP, Lda. desde 1982.

RIBEIRO, Alberto Álvares
PT/AAR · Pessoa · 1842-1926

Alberto Álvares Ribeiro nasceu na freguesia da Sé, no Porto, em 10 de janeiro de 1842, filho de Joaquim Torcato Álvares Ribeiro e de Jerónima Júlia do Vale Pereira Cabral. Em 1872, casou com Maria da Natividade do Vale Pereira Cabral, sua prima direita, com quem teve 6 filhos. Tirou o curso de Engenharia Civil de Pontes, de Estradas e de Minas, na Academia Politécnica do Porto, entrando em 1864, por concurso, para o quadro de Engenheiro de Obras Públicas. Posteriormente, foi nomeado Engenheiro-Diretor de Obras Públicas em Aveiro.
Em 1893 a pedido do Prior da Irmandade de S. Bento de Avé Maria do Porto, elaborou uma proposta de projeto técnico alternativa à defendida pelo governo, que apresentou ao Ministro da Obras Públicas Doutor Bernardino Machado, sacrificando apenas a parte do convento e minimizando o papel da futura Estação de S. Bento. Em 1903 iniciam-se as obras para a Estação de S. no lugar do antigo convento, com base no projecto de José Marques da Silva.
Faleceu em 12 de janeiro de 1926, no Porto.

QUEIROZ, João Marcelino
Pessoa · 1892-1980

João Marcelino Queiroz, arquiteto e militar, nasceu no Porto a 23 de junho de 1892 e faleceu, com 90 anos, a 25 de fevereiro de 1982. Era o mais novo de 6 irmãos, filho de Abílio de Sequeira Pinto Queiroz e de Branca Laura Pimentel de Lima Queiroz. Casou com Julieta Carolina Machado Bravo com quem teve 1 filho de nome João Marcelino Machado Bravo Queiroz.
Em 1911 matriculou-se no curso preparatório de desenho da Escola de Belas Artes do Porto, tendo depois ingressado no curso de arquitetura, na mesma escola.
Durante a I Guerra Mundial foi mobilizado e entrou na Escola de Guerra (academia de formação de oficiais do exército português, atual Academia Militar); daí foi prestar serviço no Quartel-General e depois no Hospital Militar, passando, em seguida, à reserva.
Em 1920 concluiu o curso de Arquitetura Civil e estabeleceu-se como arquiteto, exercendo a arquitetura como profissional liberal, num prédio situado na Rua de Santa Catarina, no Porto. Aí também se localizava a Casa de Sant’Ana, uma loja portuense de artigos decorativos regionais, da qual era coproprietário.
Em 1922 foi-lhe atribuída a mercê do Grau de cavaleiro da ordem militar de Santiago de Espada, concedida pelo Presidente da República Portuguesa.
Em 1926 obteve o diploma de Arquiteto depois de ter trabalhado durante dois anos na Direção Geral dos Edifícios e Monumentos do Norte.
Durante os anos 40, por ocasião da II Guerra Mundial, foi novamente incorporado tendo-se reformado como Capitão.
Matriculou-se, em 1945, na Escola de Belas Artes do Porto, no curso de Urbanologia, curso este que acabava de ser instituído.

MACHADO, Alfredo Duarte Leal
Pessoa · 1904-1954

Alfredo Duarte Leal Machado nasceu em Modelos, Paços de Ferreira, a 7 de dezembro de 1904 e faleceu em 3 de setembro de 1954.
Era filho de Álvaro Duarte Leal Machado e Deolinda Ferreira Leal. Em 1938 casou com Isilda da Conceição Fortunato Correia com quem teve 5 filhos.
Em 1921 ingressou no curso preparatório da Escola de Belas Artes do Porto (EBAP). Seguiu para o Curso de Arquitetura, tendo sido discípulo de José Marques da Silva. Veio a terminar o Curso em 1932.
Alfredo Duarte Leal Machado participa, assim como muitos outros arquitetos, na exposição de homenagem a Marques da Silva, realizada em 1953, expõe 4 obras construídas: Sanatório D. Manuel II, em Vila Nova de Gaia, o Edifício das obras Públicas e a Fábrica Triunfo, em Coimbra, e, no Porto, os interiores do ainda hoje conhecido Restaurante Abadia.

Loureiro, José Carlos
PT/FIMS/JCL · Pessoa · 1925-

José Carlos Loureiro nasceu em 2 de dezembro de 1925, na Covilhã. Filho de João Loureiro e de Maria da Conceição Loureiro. José Carlos Loureiro, o mais novo de dois filhos, casou com Maria José de Morais Carvalho Geraldes Coelho, em 1950, com quem teve dois filhos, José Manuel Geraldes Coelho Louceiro e Maria Teresa Geraldes Coelho Loureiro.
Ingressou na Escola de Belas Artes do Porto no ano escolar de 1941-42, concluindo a sua formação académica em 1950. Nesta data inicia a sua atividade de arquiteto como profissional liberal e docente (2º assistente) na Escola Superior de Belas Artes do Porto.
Em 1972 abandona a carreira docente para se dedicar exclusivamente ao exercício da arquitetura como profissão liberal.
Em 1976, em colaboração com o Arq. Luís Pádua Ramos, seu colaborador na altura, constitui a GALP, Lda (Gabinete de Urbanismo, Arquitectura e Engenharia, Lda).
Em 1992, retomou a docência, na qualidade de professor convidado da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto.
Participou em colóquios, congressos e exposições de caráter nacional e internacional, desempenhou cargos diretivos em associações representativas da profissão e exerceu funções em cargos de vereação camarária no município do Porto. Em 2009 foi-lhe atribuída a Medalha Municipal de Mérito, Grau de Ouro.
A obra projetada do arquiteto encontra-se dispersa por um amplo território geográfico, com uma maior incidência no Porto e no Norte de Portugal, variando entre as habitações uni e plurifamiliares, de caráter cultural, hospitalar e outros equipamentos. Como referências desse extenso universo cita-se o Edifício Parnaso (Porto 1954-56), a Pousada de São Bartolomeu (Bragança, 1954-60), os Edifícios Luso-Lima (Porto, 1958-72), o Mercado Municipal de Barcelos (1968-70), o Palácio de Desportos (Porto, 1951-52), o Hotel D. Henrique (Porto, 1965-72) e os Edifícios Residenciais de Aveiro (1968-72).

SOUTINHO, Alcino Peixoto de Castro
Pessoa · 1930-2013

Alcino Peixoto de Castro Soutinho nasceu em Vila Nova de Gaia, a 6 de novembro de 1930 e faleceu a 24 de novembro de 2013. Era filho de Joaquim dos Santos Castro Soutinho e Julieta Ferreira Peixoto. Em 1964 casou com Laura Maria Paixão de Amorim Castro, com quem teve duas filhas.
Em 1948 ingressou na Escola Superior de Belas Artes do Porto, no curso de Arquitetura, terminando a parte escolar em 1956. Em 1959, depois de estagiar nos ateliês dos arquitetos José Carlos Loureiro, Arménio Losa, João Andresen e Januário Godinho completa o curso de Arquitetura com a média de 20 valores.
Em 1959, Alcino Soutinho passa a trabalhar como profissional liberal, atividade que interrompe em 1961 para realizar uma investigação sobre museologia, em Itália, projeto este financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian.
Trabalhou na Fundação das Caixas de Previdência, onde elaborou vários conjuntos de habitação económica no norte de Portugal, até 1971. Aplicou esta experiência no pós 25 de Abril, no programa do SAAL (Serviço e Apoio Ambulatório Local) e na conceção do Bairro de Maceda, na zona de Campanhã, no Porto.
No âmbito da arquitetura, Alcino Soutinho assinou projetos emblemáticos muito diferenciados, desde grandes equipamentos de distintas naturezas e utilizações, até à habitação ou ao espaço público. Entre o conjunto de edifícios que concebeu, destacam-se o Castelo do Prado, o Edifício Delfim Pereira da Costa, o Palácio da Enseada e a Quinta das Sedas, em Matosinhos. Dos equipamentos sobressaem a Biblioteca Florbela Espanca, a Câmara Municipal e a Torre Sinhá em Matosinhos; a Bolsa de Derivados do Porto; a marginal de Vila do Conde. Das habitações unifamiliares merecem referência a casa de José Grade, em Portimão; a de Pinto Sousa e de Pina Vaz, ambas em Ofir; a de Pedro Soares, em Afife, a de Joaquim Matias, no Barreiro, ou a de António Santos, no Porto.
Alcino Soutinho também concebeu projetos para museus e faculdades: o Museu do Neo-realismo, em Vila Franca de Xira; a Casa-museu Guerra Junqueiro, no Porto; o Centro Cultural de Alfândega da Fé; o Museu de Aveiro; o Museu/Biblioteca Amadeo de Souza Cardoso, em Amarante; a Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, e as faculdades de Química e de Cerâmica da Universidade de Aveiro.
Com a Pousada de S. Diniz de Vila Nova de Cerveira (1982) Alcino Soutinho obteve o prémio "Europa Nostra", da International Federation of the Protection of Europe's Cultural and Natural Heritage. E obteve o prémio AICA (1984), da Secção Portuguesa dos Críticos de Arte, com o projeto Museu/Biblioteca Amadeo de Souza Cardoso e o do Edifício dos Paços do Concelho, em Amarante.
Entre 1972 e 1999 lecionou na Escola Superior de Belas Artes do Porto e depois na Faculdade de Arquitetura do Porto. Em 1999 jubilou-se como professor associado de nomeação definitiva.
Entre 1993 e 1997 foi consultor do CRUARB - Comissariado para a Renovação Urbana da Área Ribeira-Barredo, projeto de reabilitação que abriu caminho à classificação pela UNESCO do Centro Histórico do Porto como Património Mundial da Humanidade.
Entre 1996 e 2002 foi assessor da Administração do Porto de Lisboa para o reordenamento da Zona Ribeirinha entre Algés e a Matinha.
Entre 1998 e 2001 foi presidente do Centro Português de Design.
De 1999 a 2003 presidiu aos corpos sociais da Ordem dos Arquitetos. Ainda em 1999 faz parte do Conselho Consultivo do Porto 2001.
Entre 2003 e 2006 presidiu à Assembleia Geral da Cooperativa Árvore.
O trabalho do arquiteto Alcino Soutinho foi reconhecido através de condecorações tais como: a Medalha de Mérito da Câmara Municipal de Matosinhos (1988) e a Medalha de Mérito da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia (1992); a Comenda da Ordem Militar de Santiago de Espada (1993); o título de Cidadão Honorário da Câmara Municipal de Matosinhos (2007).
Foi, ainda, membro da Associação Portuguesa de Designers, do Conselho Científico da Escola Superior de Arte e Design (ESAD), do Comité Científico da Revista Housing (Itália), da Comissão Consultiva para a atribuição de Bolsas de Estudo de Especialização do Serviço de Belas-Artes, da Fundação Calouste Gulbenkian. Entre 1998 e 2001 assumiu a presidência do Centro Português de Design, além de ser membro do Conselho Científico da Escola Superior de Arte e Design (ESAD).

José Marques da Silva, professor na APBAP
Pessoa · 1836-1911

José Marques da Silva foi nomeado para reger interinamente a cadeira de Arquitectura Civil, em 3 de dezembro de 1906, na Academia Portuense de Belas Artes do Porto (1836-1911). Em 1939, agora na Escola de Belas Artes do Porto (1911-1957), aposenta-se por limite de idade e termina as suas funções nesta Escola.

José Marques da Silva, professor IICP
Pessoa · 1900-[19--]

José Marques da Silva, em 12 de Junho de 1900, foi contratado como professor de desenho do Instituto Industrial e Comercial do Porto.

José Marques da Silva, Diretor da EBAP
Pessoa · 1913-1939

Em 1913 José Marques da Silva substituiu o antigo diretor Marques da Oliveira, passando a dirigir esta escola, pela primeira vez.
Em 1916 assumiu, pela 2ª vez, a direção da escola.
Foi nomeado diretor efetivo a Escola de Belas Artes do Porto em 1931; manteve-se nesse lugar até à sua aposentação em 1939.

Alfredo Duarte Leal Machado, Estudante na EBAP
Pessoa · 1921-1932

Alfredo Duarte Leal Machado, em 1921, ingressou no curso preparatório da Escola de Belas Artes do Porto (EBAP). Seguiu para o Curso de Arquitetura, tendo sido discípulo de José Marques da Silva. Veio a terminar o Curso em 1932.

Alfredo Matos Ferreira, Navegador
Pessoa · [195-]-[20--]

Alfredo Matos Ferreira tinha fascínio pelo mar, praticou vela e estudou a construção de barcos.

LANHAS, Fernando Resende da Silva Magalhães
Pessoa · 1923-2012

Fernando Resende da Silva Magalhães Lanhas nasceu no Porto, na rua do Almada nº 254, freguesia da Vitória, a 16 de setembro de 1923. Filho de Luís da Cunha Magalhães Lanhas, comerciante de tecidos, e de Maria Amélia Resende da Silva Magalhães Lanhas, modista.
Em 1941 matriculou-se na Escola Superior de Belas Artes do Porto, em arquitetura, tendo terminado em 1947; em 1962 apresentou o Concurso para a obtenção do diploma em arquitetura (CODA) com uma tese sobre o "Estudo de um Museu de Arqueologia".
Em 1953 casou com Maria Luísa da Costa Pereira Viana com quem teve 2 filhos.
Fernando Lanhas era um homem de múltiplos interesses. Para além de arquiteto, foi pintor, investigador nas áreas de arqueologia e astronomia, diretor de museu; procurava o conhecimento do universo.
Em 1988 a Secretaria de Estado da Cultura promove em Lisboa e no Porto a apresentação integral da sua obra de arte plástica, arquitetura, museologia, arqueologia e investigação.
Em 1988 é realizado por António de Macedo um filme de longa metragem sobre a sua vida e a sua obra.
Em 1988, Fernando Guedes escreve o livro Fernando Lanhas. Os Sete Rostos, sobre a sua vida e obra.
Em 1990 é agraciado com o grau de Comendador da Ordem Militar de Sant´Iago da Espada.
Em 1989, a Câmara Municipal do Porto atribui a Fernando Lanhas a Medalha de Mérito de ouro.
Em 1993, no dia Mundial da Arquitetura, é homenageado pela Associação dos Arquitetos Portugueses.
Em 1997 a Câmara Municipal de Amarante, no cinquentenário do Museu Amadeu de Souza-Cardoso, atribui a Fernando Lanhas o Grande Prémio Amadeu de Souza Cardoso.
Em 2005, a Escola Superior de Belas conferiu-lhe o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade do Porto.
Em 2017 trabalhos de Fernando Lanhas estiveram presentes na 15ª Bienal de Istambul, promovida pela "Istanbul Foundation for Culture and Arts, Istambul, Turquia". Fernando Lanhas foi o único artista da Península Ibérica a integrar este evento.
Fernando Lanhas faleceu na sua casa, no Porto, a 4 de fevereiro de 2012.

Bartolomeu Costa Cabral, Estudante na ESBAL
Pessoa · 1952 - 1957

Terminados os estudos no Liceu Pedro Nunes, Bartolomeu Costa Cabral ingressa no Curso Especial de Arquitectura da Escola de Belas Artes de Lisboa (EBAL) em 1947. Termina o curso na então Escola Superior de Belas Artes de Lisboa (ESBAL) em 1957, tendo apresentado o projeto “Uma Pousada para a Praia do Vau” para o Concurso de Obtenção do Diploma de Arquiteto (CODA).

Manuel Teles
Pessoa · 1936-2012

Manuel Luís Cabral Teles nasceu a 16 de abril de 1936, na freguesia de Santo António dos Olivais, Concelho de Coimbra. Era Filho de Bernardo Teles e Maria de Lourdes Cabral Teles.
Frequentou a Escola Superior de Belas Artes do Porto, entre 1956 e 1964, tendo concluído a sua formatura em 1964. Formou-se apresentando o CODA (Concurso para Obtenção do Diploma de Arquitecto) com o projeto "Conjunto de habitações rurais, Federação das Caixas de Previdência, Casa do Povo de Pegarinhos".
Foi colega de curso do Arq. Álvaro Siza Vieira.
No início da carreira, entre 1962 e 1967, foi colaborador do Arq.to João Andresen.
De 1968 a 1970, colaborou no projeto do Hotel e Casino para o Funchal, Madeira, da autoria dos Arq.tos Óscar Niemeyer e Viana de Lima.
Em 1972, frequentou um Curso Intensivo sobre Planeamento Regional e, entre 1972 e 1972, estagiou na Grã-Bretanha, em Planeamento e Arquitectura.
Foi docente da Escola Superior de Belas Artes do Porto desde 1978 e da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto, até à sua aposentação, em 1997.
Foi arquiteto da Câmara Municipal do Porto, tendo participado, nessa qualidade, no Plano do Campo Alegre, no Processo SAAL (Serviço de Apoio Ambulatório Local) e no Comissariado para a Renovação da Área Urbana Ribeira-Barredo (C.R.U.A.R.B.), onde se cruza com Fernando Távora.
Foi consultor de várias Câmaras, nomeadamente: Mira, Cantanhede e Barcelos.
A sua obra, dos grandes equipamentos públicos às moradias unifamiliares, passando pela requalificação urbana, estende-se do norte ao sul do país, com particular destaque para Barcelos, Mira, Cantanhede, Coimbra e Porto.
Tem alguns artigos publicados em revistas da especialidade e representou Portugal em 1977, na Exposição da Bienal de S. Paulo, Brasil; em 1978, na Exposição associada ao Congresso da UIA, no México; na Exposição de Arquitetura Portuguesa, em Helsínquia, durante a VII Assembleia da EASA; e foi o Coordenador da representação da Câmara Municipal de Barcelos, na Exposição sobre Centros Históricos, em Santiago de Compostela, no ano de 1999.
Manuel Luís Cabral Teles faleceu no Porto em 2012, com 76 anos de idade.

Pessoa · 1956-1964

Manuel Luís Cabral Teles frequentou a Escola Superior de Belas Artes do Porto, entre 1956 e 1964, tendo concluído a sua formatura em 1964. Apresentou o CODA (Concurso para Obtenção do Diploma de Arquitecto) com o projeto "Conjunto de habitações rurais, Federação das Caixas de Previdência, Casa do Povo de Pegarinhos".

SOUTINHO, Alcino Peixoto de Castro
PT/AS · Pessoa · 1930-2013

Alcino Peixoto de Castro Soutinho nasceu em Vila Nova de Gaia, a 6 de novembro de 1930 e faleceu a 24 de novembro de 2013. Era filho de Joaquim dos Santos Castro Soutinho e Julieta Ferreira Peixoto. Em 1964 casou com Laura Maria Paixão de Amorim Castro, com quem teve duas filhas.
Em 1948 ingressou na Escola Superior de Belas Artes do Porto, no curso de Escultura, o qual concluiu em 1957. Em 1959 completa também o curso de Arquitetura com a média de 20 valores.
Alcino Soutinho colaborou em diversos escritórios de arquitetura antes de iniciar autonomamente a sua atividade. Destaca-se a colaboração com os arquitetos José Carlos Loureiro, João Anderson, Januário Godinho e Arménio Losa, Octávio Lixa FIlgueiras.
Em 1958, Alcino Soutinho passa a trabalhar como profissional liberal, atividade que interrompe em 1961 para realizar uma investigação sobre museologia, em Itália, projeto este financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian.
Trabalhou na Fundação das Caixas de Previdência, onde elaborou vários conjuntos de habitação económica no norte de Portugal, até 1971. Aplicou esta experiência no pós 25 de Abril, no programa do SAAL (Serviço e Apoio Ambulatório Local) e na conceção do Bairro de Maceda, na zona de Campanhã, no Porto.
No âmbito da arquitetura, Alcino Soutinho assinou projetos emblemáticos muito diferenciados, desde grandes equipamentos de distintas naturezas e utilizações, até à habitação ou ao espaço público. Entre o conjunto de edifícios que concebeu, destacam-se o Castelo do Prado, o Edifício Delfim Pereira da Costa, o Palácio da Enseada e a Quinta das Sedas, em Matosinhos. Dos equipamentos sobressaem a Biblioteca Florbela Espanca, a Câmara Municipal e a Torre Sinhá em Matosinhos; a Bolsa de Derivados do Porto; a marginal de Vila do Conde. Das habitações unifamiliares merecem referência a casa de José Grade, em Portimão; a de Pinto Sousa e de Pina Vaz, ambas em Ofir; a de Pedro Soares, em Afife, a de Joaquim Matias, no Barreiro, ou a de António Santos, no Porto.
Alcino Soutinho também concebeu projetos para museus e faculdades: o Museu do Neo-realismo, em Vila Franca de Xira; a Casa-museu Guerra Junqueiro, no Porto; o Centro Cultural de Alfândega da Fé; o Museu de Aveiro; o Museu/Biblioteca Amadeo de Souza Cardoso, em Amarante; a Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, e as faculdades de Química e de Cerâmica da Universidade de Aveiro.
Com a Pousada de S. Diniz de Vila Nova de Cerveira (1982) Alcino Soutinho obteve o prémio "Europa Nostra", da International Federation of the Protection of Europe's Cultural and Natural Heritage. E obteve o prémio AICA (1984), da Secção Portuguesa dos Críticos de Arte, com o projeto Museu/Biblioteca Amadeo de Souza Cardoso e o do Edifício dos Paços do Concelho, em Amarante.
Entre 1972 e 1999 lecionou na Escola Superior de Belas Artes do Porto e depois na Faculdade de Arquitetura do Porto. Em 1999 jubilou-se como professor associado de nomeação definitiva.
Entre 1993 e 1997 foi consultor do CRUARB - Comissariado para a Renovação Urbana da Área Ribeira-Barredo, projeto de reabilitação que abriu caminho à classificação pela UNESCO do Centro Histórico do Porto como Património Mundial da Humanidade.
Entre 1996 e 2002 foi assessor da Administração do Porto de Lisboa para o reordenamento da Zona Ribeirinha entre Algés e a Matinha.
Entre 1998 e 2001 foi presidente do Centro Português de Design.
De 1999 a 2003 presidiu aos corpos sociais da Ordem dos Arquitetos.
Entre 2003 e 2006 presidiu à Assembleia Geral da Cooperativa Árvore.
O trabalho do arquiteto Alcino Soutinho foi reconhecido através de condecorações tais como: a Medalha de Mérito da Câmara Municipal de Matosinhos (1988) e a Medalha de Mérito da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia (1992); a Comenda da Ordem Militar de Santiago de Espada (1993); o título de Cidadão Honorário da Câmara Municipal de Matosinhos (2007).
Foi, ainda, membro da Associação Portuguesa de Designers, do Conselho Científico da Escola Superior de Arte e Design (ESAD), do Comité Científico da Revista Housing (Itália), da Comissão Consultiva para a atribuição de Bolsas de Estudo de Especialização do Serviço de Belas-Artes, da Fundação Calouste Gulbenkian. Entre 1998 e 2001 assumiu a presidência do Centro Português de Design, além de ser membro do Conselho Científico da Escola Superior de Arte e Design (ESAD).

PORTO, José Luiz
PT/JP · Pessoa · 1883-1965

José Luiz Porto, filho de Maria Joaquina do Monte e David António Afonso do Porto, nasceu a 10 de outubro de 1883 em Vilar de Mouros. Ainda em criança muda-se para Lisboa, com os seus pais, onde conclui os estudos primários e ingressa na Escola Industrial Marquês de Pombal. Após a obtenção de uma bolsa de estudo por mérito em 1907 nessa mesma escola parte no mesmo ano para a Suiça onde frequenta a École des Arts Industriels em Genebra. Durante o seu percurso académico obtém vários prémios escolares, à semelhança do que já acontecia em Portugal. Em 1913, termina os estudos obtendo o título de Peintre-Décorateur e casa-se com Juliette Mathey de l’Étang, também formada na mesma escola.

Em 1921, José Porto parte para Paris, iniciando-se assim mais uma fase no seu percurso, certamente a menos documentada, mas que se julga ter sido decisiva na sua formação como Arquiteto. Os primeiros registos da sua atividade profissional em Paris colocam-no junto do mundo da Moda e do Teatro, conhecimento que se refletirá mais tarde nas várias propostas efetuadas no seio dos “Engenheiros Reunidos”, para a construção e remodelação de salas de espetáculos. José Porto começa nesta época a assinar como Architecte-Décorateur, uma alteração de título que poderá ser entendida como uma mudança no seu posicionamento artístico, cada vez mais próximo da prática arquitetónica.
Em 1929, casa-se com Berthe Augustine Métairie, que o acompanhará nas etapas subsequentes da sua vida.
Durante os anos seguintes, o seu percurso ganha relevo pelos vários primeiros prémios obtidos em concursos ou pela sua participação em projetos emblemáticos para cidade como é o caso da proposta para o Coliseu do Porto (1937). A sua obra construída, predominantemente residencial, tinha como destinatária uma burguesia portuense informada, que aceitava uma interpretação local de uma “modernidade” que se terá consolidado na sua passagem por Paris. Desta forma, ao longo da década de 30 e integrado num escritório multifacetado, José Porto experimenta este programa com coerência e persistência aproveitando o contexto de expansão da cidade
Em meados dos anos 40 intensifica a sua presença em Moçambique, mais precisamente na cidade da Beira, onde realiza vários projetos. Durante este período, realiza, em simultâneo, algumas obras no Porto e na zona Norte.
O regresso definitivo a Portugal é acompanhado por visitas cada vez mais regulares a Vilar de Mouros, acabando por se fixar na sua terra natal, na antiga casa dos pais, em Marinhas, a partir da década de 50. Esta mudança coincide com uma série de encomendas para a região, obras estas onde se afasta dos códigos linguísticos do “moderno” das décadas de 30 e 40. Com o pretexto do que viria a ser a sua última encomenda – a remodelação de uma quinta no Alto da Lixa para a família Pimenta Machado - José Porto transfere a sua residência para Amarante, cidade onde virá a falecer em 6 de Junho de 1965.

José Porto, Arquiteto
Pessoa · 1907-1965

Em 1921, José Porto parte para Paris. Os primeiros registos da sua atividade nesta cidade colocam-no junto do mundo da Moda e do Teatro, para a construção e remodelação de salas de espetáculo. São conhecidos trabalhos diversificados como o desenho de figurinos, objetos, mobiliário e, pela primeira vez, os primeiros registos relacionados com a intervenção arquitetónica. José Porto começa nesta época a assinar como Architecte-Décorateur. A remodelação do bar do Hotel Bergère e o projecto para a transformação do cinema Gaumond Palace constituem os primeiros registos disponíveis da sua prática como arquiteto. Neles é possível identificar os códigos compositivos da Art-Déco, que persistirão ao longo do seu percurso.
Em 1939, no mesmo ano do projeto para a casa na rua da Vilarinha para Manoel de Oliveira - obra que constituiu o culminar das experiências que realizara até ao momento - José Porto inicia mais uma fase, motivada pela sua participação no Concurso para a Residência do Governador em Lourenço Marques, onde mais uma vez sai vencedor. No decurso deste processo, apresenta três soluções de fachada que procuram adaptar-se ao gosto de um cliente institucional, um ecletismo operativo que retomará nalgumas das realizações posteriores, como é exemplo o projeto para a Casa do Douro (1941). A sua presença em Moçambique e na cidade da Beira intensifica-se a partir de meados da década de 40, tendo realizado vários projetos onde se destacam o Anteprojecto para a Urbanização da Cidade da Beira (1943), a remodelação do Edifício dos Paços do Concelho (1944) e o Grande Hotel da Beira (1949) terminado apenas em 1955, sob a supervisão do Arquitecto Francisco de Castro. Durante este período, realiza em simultâneo algumas obras no Porto e na zona Norte destacando-se o Hotel D. João I (1947) ou o edifício “Emporium” na Rua de Sá da Bandeira (1947), ambos para o mesmo cliente, José Oliveira & Filhos. O regresso definitivo a Portugal é acompanhado por visitas cada vez mais regulares a Vilar de Mouros, acabando por se fixar na sua terra natal, na antiga casa dos pais, em Marinhas, a partir da década de 50. Esta mudança coincide com uma série de encomendas para a região, nomeadamente a remodelação da Câmara Municipal de Caminha (1950-54), a casa Alfredo Pinto em Vila Praia de Âncora (1952), a casa Maximino Pinto, em Lanhelas (1958), ou a casa Abel Narciso Jorge em Caminha (1961), obras estas onde se afasta dos códigos linguísticos do “moderno” das décadas de 30 e 40.

José Porto, firma "Engenheiros Reunidos"
Pessoa · 1934-[194-]

José Porto, em 1934, passa a integrar na firma “Engenheiros Reunidos”. Essa integração terá sido motivado pela sua participação no Concurso para o Estádio Distrital da cidade do Porto, projeto premiado com o primeiro lugar mas que acabaria por não se concretizar. Durante os anos seguintes, o seu percurso ganha relevo pelos vários primeiros prémios obtidos em concursos ou pela sua participação em projetos emblemáticos para cidade como é o caso da proposta para o Coliseu do Porto (1937), Grande Hotel da Batalha (1937) e Hotel Império (1942).
Simultaneamente desenvolve trabalhos em regime de arquiteto liberal.

SILVA, José Marques da
PT/JMS · Pessoa · 1869-1947

Foi o primeiro dos 10 filhos de Bernardo Marques da Silva e Maria Rosa Marques, nasceu, segundo se julga, no prédio nº 113 da Rua de Costa Cabral na freguesia de Paranhos, Porto, a 18 de Outubro de 1869.
Neto de lavrador e filho de operário marmorista, primeiro, e industrial de obras de mármore, mais tarde.
Frequentou a Escola da Ordem da Trindade e trabalhou nas horas de folga na oficina de seu pai, instalado junto aquela escola.
Feitos os exames do 1º e 2º grau ingressou no liceu onde fez com êxito o 2º ano do respectivo curso geral, passando, depois, a frequentar a antiga Academia Portuense de Belas Artes, tirou o curso de Arquitectura Civil; o 3º ano de escultura e o curso de desenho histórico.
Terminados os seus estudos, no Porto, fez, em Lisboa, as provas para o concurso para pensionista do estado, em Paris. Competiu com Adães Bermudes e foi preterido. Seu pai não se conformando com a situação enviou-o para Paris, com expensas próprias e Marques da Silva ali prosseguiu os seus estudos. Chegou a Paris no ano em que completava 20 anos tendo presenciado a grandiosa Exposição internacional de 1889.
Em 6 de Agosto de 1890 fez o concurso e foi admitido como aluno da Ecole Nationale et Speciale des Beaux Arts e ingressa no atelier de Victor Laloux. Nesta escola obteve o 1º lugar em 3 concursos escolares, obteve uma 1ª medalha, duas 2ª medalhas e várias primeiras menções.
Obteve o título de arquitecto diplomado pelo governo francês em 10 de Dezembro de 1896.
De regresso ao Porto, José Marques da Silva foi nomeado professor de Desenho do Instituto Industrial e Comercial do Porto, em 1900.
Em 1904 foi nomeado Arquitecto da Câmara Municipal do Porto.
Em 1906 foi nomeado professor interino da Cadeira de Arquitectura Civil, na antiga Academia Portuense de Belas Artes onde exerceu docência até 1939.
Em 1914 foi transferido do Instituto Industrial e Comercial do Porto para a Escola de Arte Aplicada onde passou a Professor e Director até 1930, data em que aquela escola foi incorporada na antiga Escola Industrial de Faria de Guimarães, actual escola de Artes Decorativas de Soares dos Reis.
Foi Director da Escola de Belas Artes do Porto, pela 1ª vez por alturas de 1914.
Em 1930 foi nomeado professor da cadeira de Desenho de Construção na Escola Industrial de Faria Guimarães (Arte Aplicada) cuja regência se conservou até à data da sua aposentação.
Nomeado Director efectivo da Escola de Belas Artes do Porto em 1931 mantendo-se até 1939.
Marques da Silva como arquitecto construiu obras no Porto; Matosinhos; Vila nova de Gaia; Guimarães; Barcelos e Braga.
Faleceu em 6 de Junho de 1947.

Transcrição integral da biografia de José Marques da Silva escrita pela sua filha Maria José Marques da Silva, em 1953 (FIMS/MSMS/1119).

Alfredo Matos Ferreira, Estudante na ESBAP
Pessoa · 1948-1959

Em 1948 Alfredo Durão de Matos Ferreira matriculou-se na Escola de Belas Artes do Porto; em 1952 termina o Curso Especial de Arquitetura, concluindo o Curso Superior de Arquitetura em 1959.

Manuel Marques de Aguiar, Estudante na ESBAP
Pessoa · 1950-1955

Em 1950 Manuel Marques de Aguiar matriculou-se na Escola de Belas Artes do Porto, concluindo o Curso Superior de Arquitetura em 1955.

Pessoa · 1950-1952

No anos letivos 1950/51 e 1951/52, Manuel Marques de Aguiar, no Institut d’Urbanisme de Paris desenvolve a tese final do curso de urbanismo sob a orientação de Robert Auzelle "Réconstruction à Long Terme : étude d’un vieux quartier de Porto. Propositions de réaménagement. Examen Critique et méthode".

Manuel Marques de Aguiar, Urbanista
Pessoa · 1956-1996

A partir de 1956, Marques de Aguiar integra os Serviços de Urbanização como urbanista da região norte e, entre 1962 e 1996, assume o lugar de consultor de urbanismo da Câmara Municipal de Espinho.

Manuel Marques de Aguiar, Arquiteto
Pessoa · 1956-[1996]

Ao longo do seu percurso profissional, mantém o trabalho de arquitectura no escritório situado no Porto: inicialmente na praça do Município, posteriormente na rua Sá da Bandeira, Gonçalo Cristóvão e, por fim, no Foco.

Pessoa · 1950-1952

Manuel Marques de Aguiar frequenta o Institut d’Urbanisme de Paris (1950/51 e 1951/52) onde desenvolve a tese final do curso de urbanismo sob a orientação de Robert Auzelle "Réconstruction à Long Terme : étude d’un vieux quartier de Porto".

Manuel Marques de Aguiar, Arquiteto
Pessoa · 1956-[199-]

Manuel Marques de Aguiar, ao longo do seu percurso profissional, mantém o trabalho de arquitetura (escritório situado no Porto: inicialmente na praça do Município, posteriormente na rua Sá da Bandeira, Gonçalo Cristóvão e, por fim, no Foco).

Manuel Marques de Aguiar, Estudante na ESBAP
Pessoa · [1943]-1955

Manuel Marques de Aguiar ingressou, em 1943, no curso de Arquitetura, na Escola Superior de Belas Artes do Porto (ESBAP), diplomou-se em 1955 com 20 valores.

Manuel Marques de Aguiar, urbanista consultor
Pessoa · 1962-1996

Entre 1962 e 1996, assume o lugar de consultor de urbanismo da Câmara Municipal de Espinho.
É através dos projectos dos principais projectos de desenho urbano de Marques de Aguiar que Espinho constrói uma identidade de cidade”: as esplanadas (1965 – 1996) e o ‘pavilhão’ de chá (1965), a rua 19 (1989) e a praça de José de Salvador (1989).

Pessoa · 1962-1996

Entre 1962 e 1996, assume o lugar de consultor de urbanismo da Câmara Municipal de Espinho.
É através dos projectos dos principais projectos de desenho urbano de Marques de Aguiar que Espinho constrói uma identidade de cidade”: as esplanadas (1965 – 1996) e o ‘pavilhão’ de chá (1965), a rua 19 (1989) e a praça de José de Salvador (1989).