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Registo de autoridade
MANTA, Abel
Pessoa
Domingos Pinto de Faria
Pessoa · 1934-2002

Domingos Ferreira Pinto de Faria nasceu a 12 de janeiro de 1934, em Rio Tinto, Gondomar, filho de Lino Pinto de Faria e Maria Ferreira.
Casou-se com Maria Nazaré da Silva Moreira Pinto de Faria, com teve três filhos.
Obteve o seu Diploma de Arquiteto na Escola Superior de Belas Artes do Porto em 1965, mas a sua formação incluiu, também, a frequência do Curso de Economia da Construção, ministrado por D. A. Turin da University College of London.

Entre 1957 e 1970 exerceu a sua atividade na Câmara Municipal do Porto, primeiro no Gabinete de Urbanização, colaborando diretamente na elaboração do Plano Director da Cidade do Porto, sob a orientação do Professor Arquitecto Robert Auzelle, e posteriormente na Repartição de Construção de Casas, integrado na equipa escolhida para a realização do Plano de "extinção" das ilhas da cidade do Porto.

Paralelamente, entre 1970 e 1973, é consultor dos Caminhos de Ferro Portugueses para a Região Norte.

Em 1970 é contratado pelo Fundo de Fomento da Habitação, em janeiro de 1981 é nomeado Diretor da Direção de Habitação do Norte, deixando de exercer esse cargo, a seu pedido, em Março de 1982. Desenvolveu, paralelamente, atividade como Deputado da Assembleia Municipal do Porto.

Da obra desenvolvida enquanto profissional liberal destacam-se, na cidade do Porto, entre outros: os projetos para a Universidade Católica do Porto, o Centro Diocesano - Casa de Vilar ou a reconstrução do Hotel Boa-Vista. A sua obra estende-se a Braga, Póvoa de Varzim, Cinfães, Marco de Canavezes, Gondomar, Francelos e Famalicão.

Domingos Pinto de Faria faleceu em 2002.

Manuel Marques de Aguiar, Urbanista
Pessoa · 1956-1996

A partir de 1956, Marques de Aguiar integra os Serviços de Urbanização como urbanista da região norte e, entre 1962 e 1996, assume o lugar de consultor de urbanismo da Câmara Municipal de Espinho.

Manuel Marques de Aguiar, Arquiteto
Pessoa · 1956-[199-]

Manuel Marques de Aguiar, ao longo do seu percurso profissional, mantém o trabalho de arquitetura (escritório situado no Porto: inicialmente na praça do Município, posteriormente na rua Sá da Bandeira, Gonçalo Cristóvão e, por fim, no Foco).

Pessoa · 1962-1996

Entre 1962 e 1996, assume o lugar de consultor de urbanismo da Câmara Municipal de Espinho.
É através dos projectos dos principais projectos de desenho urbano de Marques de Aguiar que Espinho constrói uma identidade de cidade”: as esplanadas (1965 – 1996) e o ‘pavilhão’ de chá (1965), a rua 19 (1989) e a praça de José de Salvador (1989).

Alfredo Matos Ferreira, Estudante na ESBAP
Pessoa · 1948-1959

Em 1948 Alfredo Durão de Matos Ferreira matriculou-se na Escola de Belas Artes do Porto; em 1952 termina o Curso Especial de Arquitetura, concluindo o Curso Superior de Arquitetura em 1959.

Alfredo Duarte Leal Machado, Estudante na EBAP
Pessoa · 1921-1932

Alfredo Duarte Leal Machado, em 1921, ingressou no curso preparatório da Escola de Belas Artes do Porto (EBAP). Seguiu para o Curso de Arquitetura, tendo sido discípulo de José Marques da Silva. Veio a terminar o Curso em 1932.

DIAS, Carlos Carvalho
Pessoa · 1929 - ....

Carlos Alberto Carvalho Dias nasceu a 14 de janeiro de 1929 em Viana do Castelo.
Iniciou a sua atividade ininterrupta como arquiteto em regime liberal em 1954, após concluir a frequência do Curso de Licenciatura em Arquitetura na Escola Superior de Belas Artes do Porto. Entre 1955 e 1956, como arquiteto estagiário, integrou a equipa responsável pelo mapeamento da Zona 2 - Trás-os-Montes e Alto Douro - no âmbito do Inquérito à Arquitetura Regional Portuguesa, juntamente com Arnaldo Araújo e com Octávio Lixa Filgueiras, coordenador da equipa. Ainda em 1955, frequentou o Curso de Urbanismo na ESBAP lecionado pelo arquiteto e professor francês Robert Auzelle. Carvalho Dias recebeu o Diploma em Arquitetura pela Escola Superior de Belas Artes do Porto em 1957, com a apresentação do seu Concurso para Obtenção do Diploma de Arquitecto (CODA), subordinado ao tema "Uma Habitação na Praia de Moledo do Minho”, pelo qual obteve a classificação de 19 valores.
De 1957 até 1968, Carvalho Dias integrou o Gabinete de Urbanização da Câmara Municipal do Porto como consultor, sob a orientação do Prof. Auzelle, com quem foi coautor do Plano Diretor do Porto (também conhecido como Plano Auzelle), publicado em 1962. Colaborou ainda com o Prof. Auzelle na organização e na direção do Curso de Férias da União Internacional dos Arquitetos de 1968 na ESBAP.
Em 1973, recebeu o convite do Prof. Percy Johnson-Marshall, da Universidade de Edimburgo, e do Prof. Manuel da Costa Lobo, do Instituto Superior Técnico, para coordenar a comissão de consultores que viria a elaborar o “Plano da Região do Porto”, apresentado oficialmente em 1975.
Carlos Carvalho Diasas foi o arquiteto-chefe do Fundo de Fomento da Habitação no Porto entre 1973 e 1975, .
Nos anos de 1986 e 1987, exerceu o cargo de Secretário-Adjunto do Governo de Macau, assumindo a pasta do Equipamento Social, a convite do Prof. Joaquim Pinto Machado, nomeado Governador de Macau nesse ano. Carlos Carvalho Dias esteve envolvido em vários projetos urbanísticos no território de Macau, nomeadamente no estudo para localização e construção do aeroporto, na criação do “Museu da Marinha” (Museu Naval de Macau) e do “Laboratório de Engenharia Civil de Macau”, na conclusão do Plano de Urbanização do Território e na apresentação da candidatura de Macau a Património Cultural Mundial.
Em 1988 integrou o Departamento dos Estabelecimentos Humanos e do Património Cultural da Fundação do Oriente, no qual foi consultor para a área do Património de 1989 a 1997.
Entre 1989 e 2007, foi Professor Auxiliar Convidado na Universidade Lusíada, Porto, regendo as unidades curriculares de Urbanismo, Recuperação e Planeamento Urbano.
Em 1996, foi eleito Vogal da Delegação Portuguesa do “ICOMOS” (International Council on Monuments and Sites), na qual assume um papel determinante para a atribuição de Património Cultural Mundial ao Centro Histórico do Porto.
Carlos Carvalho Dias foi arquiteto-urbanista consultor para várias Câmaras Municipais no Norte de Portugal, nomeadamente Vila do Conde, Póvoa do Varzim, Viana do Castelo, Ponte de Lima, Ponte da Barca, Arcos de Valdevez, Caminha, Melgaço, Monção, Braga e Chaves, entre outras. Durante as décadas de 80 e 90, produziu projetos de urbanismo em atelier conjunto com o arquiteto Pedro Torres Guimarães, que era já anteriormente seu colaborador.
Carvalho Dias foi também um relevante promotor do urbanismo a nível nacional e internacional. Juntamente com outros arquitetos-urbanistas, fundou a 23 de janeiro de 1965, em Amesterdão, a Associação Internacional de Urbanistas, da qual foi vice-presidente no triénio de 1981/82 a 1983/1984, e fundou, em janeiro de 1983, em Coimbra, a Sociedade Portuguesa de Urbanistas (mais tarde Associação dos Urbanistas Portugueses), na qual também exerceu vários cargos diretivos.
Durante o seu percurso profissional, Carlos Carvalho Dias participou em diversos congressos nacionais e internacionais de arquitetura e urbanismo, salientando-se os organizados pela FIHUAT (Federação Internacional da Habitação, Urbanismo e Ordenamento do Território) e pela AIU (Associação Internacional de Urbanistas) entre 1956 e 2011. Dos vários eventos em que colaborou na organização, destaca-se o XX Congresso Internacional dos Urbanistas, que decorreu em Braga de 31 de agosto a 5 de setembro de 1984.
Em 2003, foi-lhe atribuído o grau de Membro Honorário da Ordem dos Arquitetos. É também membro honorário da Associação dos Urbanistas Portugueses e da Associación Española de Tecnicos Urbanistas.
Em 2010, é publicado o seu livro “Memórias de Trás-os-Montes e Alto-Douro: nos 55 anos do ‘Inquérito à Arquitectura Regional Portuguesa’", escrito com base no seu trabalho realizado entre 1955 e 1960 no âmbito do projeto do Sindicato Nacional dos Arquitetos sobre a arquitetura popular portuguesa.

LOUREIRO, José Carlos
Pessoa · 1925-2022

José Carlos Loureiro nasceu em 2 de dezembro de 1925, na Covilhã. Filho de João Loureiro e de Maria da Conceição Loureiro. José Carlos Loureiro, o mais novo de dois filhos, casou com Maria José de Morais Carvalho Geraldes Coelho, em 1950, com quem teve dois filhos, José Manuel Geraldes Coelho Louceiro e Maria Teresa Geraldes Coelho Loureiro.
Ingressou na Escola de Belas Artes do Porto no ano escolar de 1941-42, concluindo a sua formação académica em 1950. Nesta data inicia a sua atividade de arquiteto como profissional liberal e docente (2º assistente) na Escola Superior de Belas Artes do Porto.
Em 1972 abandona a carreira docente para se dedicar exclusivamente ao exercício da arquitetura como profissão liberal.
Em 1976, em colaboração com o Arq. Luís Pádua Ramos, seu colaborador na altura, constitui a GALP, Lda (Gabinete de Urbanismo, Arquitectura e Engenharia, Lda).
Em 1992, retomou a docência, na qualidade de professor convidado da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto.
Participou em colóquios, congressos e exposições de caráter nacional e internacional, desempenhou cargos diretivos em associações representativas da profissão e exerceu funções em cargos de vereação camarária no município do Porto. Em 2009 foi-lhe atribuída a Medalha Municipal de Mérito, Grau de Ouro.
A obra projetada do arquiteto encontra-se dispersa por um amplo território geográfico, com uma maior incidência no Porto e no Norte de Portugal, variando entre as habitações uni e plurifamiliares, de caráter cultural, hospitalar e outros equipamentos. Como referências desse extenso universo cita-se o Edifício Parnaso (Porto 1954-56), a Pousada de São Bartolomeu (Bragança, 1954-60), os Edifícios Luso-Lima (Porto, 1958-72), o Mercado Municipal de Barcelos (1968-70), o Palácio de Desportos (Porto, 1951-52), o Hotel D. Henrique (Porto, 1965-72) e os Edifícios Residenciais de Aveiro (1968-72). Enquanto arquiteto, José Carlos Loureiro teve como colaboradores, nos seus escritórios, Alcino Soutinho, Anni Gunther, Carlos Chaves de Almeida, José Gomes Fernandes, Luís Cunha, Manuel Correia Fernandes, Maria Noémia Coutinho, Noé Dinis (estagiário), Pádua Ramos e Rogério Cavaca (estagiário), entre outros.
José Calos Loureiro faleceu no dia 30 de agosto de 2022.

FERREIRA, Raúl José Hestnes
Pessoa · 1931-2018

Raúl José Hestnes Ferreira, filho de José Gomes Ferreira, poeta português e de Ingrid Hestnes Ferreira, norueguesa, nasce em Lisboa em 1931 e morre na mesma cidade em 2018. A vertente republicana e democrata defendida por Alexandre Ferreira, seu avô paterno são influências fundamentais.

Dos seus relacionamentos teve quatro filhos: Pedro Godinho Carranca Hestnes Ferreira, falecido em 2011, Sílvia Godinho Carranca Hestnes Ferreira, Adriana Deodato Hestnes Ferreira e Ingrid Deodato Hestnes Ferreira.

Ingressou na Escola de Belas Artes de Lisboa no ano lectivo 1951-1952 e no ano seguinte transferiu-se para a Escola de Belas Artes do Porto onde permanece até 1957. No ano seguinte, viaja para a Escandinávia, tendo estudado e trabalhado na Finlândia.

Em 1961, diploma-se em Arquitectura na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa, com a Tese sobre “Residências Universitárias”, com a classificação de 19 valores.

Em 1962, como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, ingressa na Universidade de Yale e depois na Pensilvânia, tendo obtido o diploma de Master in Architecture, em 1963. Entre 1962 e 1965, para além de estudar com Louis I. Kahn, também colaborou no seu atelier, em Filadélfia.

Depois de regressar a Portugal, reinicia a sua atividade profissional, em nome próprio e colabora com diversos organismos estatais, tais como a Câmara Municipal de Almada, o GTH (Gabinete Técnico da Habitação) e DSU (Departamento de Serviços de Urbanismo) da Câmara Municipal de Lisboa, a Direção Geral das Construções Escolares, o Departamento de Gestão Urbanística da Câmara Municipal de Beja.

Entre 1970 e 1972 é convidado por Frederico George, como assistente convidado para a disciplina de Arquitectura, na ESBAL. Durante dois anos, foi professor convidado do Curso de Arquitectura da Cooperativa Árvore, entre 1986 e 1988. Foi membro da Comissão Instaladora do Departamento de Arquitectura da Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade de Coimbra e por um período de doze anos, entre 1991 e 2002, foi Professor Catedrático convidado do Departamento. No ISCTE lecionou entre 2001 e 2003 e desde 2010 até a data da sua morte foi Professor Catedrático convidado no Departamento de Arquitectura da Universidade Lusófona, em Lisboa.

Raúl Hestnes Ferreira dividiu a sua atividade em duas vertentes: Arquitetura e Planeamento Físico e Urbano. Na vertente da Arquitetura desenvolveu vários projetos Habitacionais (uni e multifamiliares), Escolares, Turísticos, Culturais, Comerciais, e como complemento a esta vertente também desenvolveu a componente de Design de Mobiliário, para algumas obras. Na vertente de Planeamento Físico e Urbano, Hestnes Ferreira desenvolveu Planos de Urbanização (Gerais, Parciais e de Pormenor), Projetos de Infraestruturas urbanas, Conjuntos Habitacionais, Administrativos, Institucionais e Turísticos.

A vasta obra de Raúl Hestnes Ferreira recebeu diversas distinções e prémios, ao longo dos anos, em 1982 obteve o Prémio Nacional de Arquitetura e Urbanismo, Secção Portuguesa da Associação Internacional Críticos de Arte (AICA), para o projeto do ISCTE, no mesmo ano o Prémio Cadernos Municipais pela Recuperação de Arcada do Séc. XVI em Beja, e a Menção Honrosa, do Prémio Valmor, para a Escola Secundária de Benfica. Em 1988 ganhou o 1º Prémio do concurso para a Remodelação do Martinho da Arcada, em Lisboa. Em 1993, recebeu Prémio Eugénio dos Santos, da Câmara Municipal de Lisboa, pela remodelação de edifício na Av. da República, em coautoria com Manuel Miranda, bem como o Prémio Nacional de Arquitectura – Construção, Técnica, Detalhe, dado pela Associação dos Arquitectos Portugueses, pelo projeto da Agência da Caixa Geral de Depósitos em Avis, e a Menção honrosa do Prémio Valmor, para o Edifício do INDEG no campus do ISCTE. Em 1994 recebeu o 1º Prémio do Concurso para a Remodelação do Museu de Évora. Em 2004 recebeu o Prémio Valmor 2002, para o Edifício do ISCTE II / ICS. Em 2007 foi Doutor Honoris Causa pela Universidade de Coimbra. Em 2010 foi reconhecido como Membro Honorário da Ordem dos Arquitetos. Recebeu a Medalha de Mérito da Universidade de Lisboa, em 2011. Em 2014 foi galardoado com o Diploma de Reconhecimento e Mérito da Universidade Lusófona.

Alexandra Saraiva

José Porto, firma "Engenheiros Reunidos"
Pessoa · 1934-[194-]

José Porto, em 1934, passa a integrar na firma “Engenheiros Reunidos”. Essa integração terá sido motivado pela sua participação no Concurso para o Estádio Distrital da cidade do Porto, projeto premiado com o primeiro lugar mas que acabaria por não se concretizar. Durante os anos seguintes, o seu percurso ganha relevo pelos vários primeiros prémios obtidos em concursos ou pela sua participação em projetos emblemáticos para cidade como é o caso da proposta para o Coliseu do Porto (1937), Grande Hotel da Batalha (1937) e Hotel Império (1942).
Simultaneamente desenvolve trabalhos em regime de arquiteto liberal.

Pessoa · 1950-1952

Manuel Marques de Aguiar frequenta o Institut d’Urbanisme de Paris (1950/51 e 1951/52) onde desenvolve a tese final do curso de urbanismo sob a orientação de Robert Auzelle "Réconstruction à Long Terme : étude d’un vieux quartier de Porto".

Pessoa · 1956-1996

A partir de 1956, Marques de Aguiar integra os Serviços de Urbanização como urbanista da região norte.
É na Direcção Geral de Ordenamento do território (nos ‘Serviços de Urbanização’) que desenvolve com Ilídio Alves de Araújo estratégias de ordenamento para a região Norte através da assessoria junto dos decisores políticos e de argumentação técnica junto de autores de estudos e planos. Nestes procedimentos, destaca-se o Relatório de Viagem pedido por Sá e Melo em 1956, com indicações precisas relativas ao controle especulativo das políticas de habitação, a batalha – ganha – para o redesenho da estrada de Bom Jesus em Braga (1965) e a batalha – perdida - pela não localização da Sacor em Leça da Palmeira. Este trabalho de 3 décadas culmina na coordenação da equipa da Direcção Geral de Ordenamento do Plano de reconstrução de Angra do Heroísmo, com a autoria dos 3 planos de pormenor (“Plano de Pormenor da Carreirinha" , fase 1 e 2, e “Plano de Pormenor da Silveira-Fanal" e ” Plano de Pormenor do Desterro-Guarita", 1982).