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Registo de autoridade
Barroso, Maria de Jesus Simões, 1925-2015, professora
PT/MIL/MJSB · Pessoa · 1925-2015

Filha de Alfredo José Barroso e de Maria da Encarnação Simões, Maria de Jesus Simões Barroso Soares nasceu a 2 de maio de 1925 na Fuseta. Durante a adolescência frequentou o Curso de Arte Dramática da Escola de Teatro do Conservatório Nacional, terminando o curso em 1943. Logo depois entra para a prestigiada companhia de teatro Rey Colaço-Robles Monteiro e em 1944 estreia-se na peça “Aparências”, no entanto, pouco depois de um ano, é impedida de continuar naquela companhia por interferência da PIDE.
Enquanto fazia carreira como atriz, Maria Barroso Soares prosseguiu os estudos na Faculdade de Letras onde se licenciou em Ciências Histórico-Filosóficas e onde conheceu Mário Soares, com quem viria a casar em 1949 e teve dois filhos, o político João Soares e a psicóloga e professora Isabel Soares. Proibida pelo regime de ser atriz e, mais tarde, de ser professora em escolas públicas, começou a lecionar no Colégio Moderno, que estava sobre direção d seu sogro João Soares. Passados dois anos foi, também, proibida de trabalhar no ensino privado, continuando na sua administração à revelia. Chegado o 25 de abril de 1974 assumiu livremente a direção do Colégio Moderno, cargo que exerceu longos anos.
Em 1969 Maria Barroso Soares foi candidata a deputada pela CEUD e em 1973 participou no III Congresso da Oposição Democrática, sendo a única mulher a intervir na sessão de abertura. Depois do 25 de abril de 1974 foi eleita deputada da Assembleia da República, onde permaneceu até 1983. Em 1986 Mário Soares é eleito Primeiro-Ministro e Maria Barroso Soares assume o papel de Primeira-Dama de Portugal (1986-1996). Nessa qualidade dedicou-se à defesa familiar, ao combate à exclusão social e a todas as formas de violência, criando, em 1990, o movimento Emergência Moçambique. Terminado o mandato como Presidente da República de Mário Soares, Maria Barroso assumiu a presidência da Cruz Vermelha Portuguesa até ao ano de 2003.
Durante a sua vida profissional e social, Maria Barroso Soares recebeu largas condecorações, sendo a última a Grã-Cruz Honorária da Ordem Real de Santa Isabel de Portugal (2002).
Morreu a 7 de julho de 2015, em Lisboa, com 90 anos.

Damião, Elisa Maria Ramos, 1946-, política
PT/MIL/EMRD · Pessoa · 1946-

Elisa Maria Ramos Damião nasceu a 10 de setembro de 1946. Assumida como militante do Partido Socialista desempenhou vários cargos políticos durante a seu percurso profissional, desde a V à VII legislatura do Governo Constitucional de Portugal, tais como deputadas, secretária executiva ou mesmo secretária nacional. Representou o círculo eleitoral de Braga entre 1987 e 1991 (V legislatura), o círculo eleitoral de Leiria entre 1991 e 1995 (VI legislatura) e o círculo eleitoral de Lisboa entre 1995 e 1999 (VII legislatura).
Atualmente é secretária sindical e nessa função agrega os cargos de dirigente sindical, membro do executivo da União Geral de Trabalhadores e membro do Conselho de Administração da Fundação Europeia para a Qualidade de Vida.
Elisa Damião já publicou diversas obras, nomeadamente artigos e trabalhos sobre temáticas sociais e publicações de jornal destinados aos trabalhadores/consumidores.

Barroso, José Manuel Durão, 1956-, político
PT/MIL/JMDB · Pessoa · 1956-

Filho de Luís António Saraiva Barroso e de Maria Elisabeth de Freitas Gomes Durão, José Manuel Durão Barroso nasceu a 23 de março de 1956 em Lisboa. Licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, Durão Barroso obteve o grau de mestre em Ciências Económicas e Sociais pelo Instituto da Universidade de Genebra, depois de abril de 1974. Foi assistente e docente na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, membro do Departamento de Ciência Política da Universidade de Georgetown e professor auxiliar e diretor do Departamento de Ciência Política da Universidade Lusíada de Lisboa.
Durão Barroso foi um dos líderes da Federação dos Estudantes Marxistas-Leninistas do Movimento Reorganizativo do Partido do Proletariado. Em 1980 adere ao Partido Social Democrata ao qual está filiado até hoje, chegando a ser Secretário de Estado da Presidência de Conselho de Ministros, Subsecretário de Estado no Ministério dos Assuntos Internos, Secretário de Estado dos Assuntos Externos e Cooperação e Ministro dos Negócios Estrangeiros. Em 1999 tornou-se líder social-democrata, chegando a Primeiro-Ministro do XV Governo Constitucional, em 2002, num governo de coligação PSD-CDS. Em meados de 2004 foi nomeado presidente da Comissão Europeia. Desde 2015 que Durão Barroso se dedicou, também, à carreira académica, sendo professor convidado da Universidade de Genebra. Em 2016 foi nomeado Presidente não-executivo do Banco Goldman Sachs International.
Durão Barroso casou em Lisboa em 1980 com Maria Margarida Pinto Ribeiro de Sousa Uva, com quem teve três filhos, Guilherme de Sousa Uva Durão Barroso, Francisco de Sousa Uva Durão Barroso e Luís de Sousa Uva Durão Barroso. Durante a sua vida Durão Barroso já recebeu dezenas de condecorações de domínio estrangeiro e português, sendo que as que dizem respeito a este último referem-se à Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo (1996) e o Grande-Colar da Ordem do Infante D. Henrique (2014).

Balsemão, Francisco José Pereira Pinto, 1937-, político
PT/MIL/FJPPB · Pessoa · 1937-

Filho de Henrique Patrício Pinto Balsemão e de Maria Adelaide van Zeller de Castro Pereira, Francisco José Pereira Pinto Balsemão nasceu em Lisboa a 1 de setembro de 1937. Licenciou-se em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, frequentando em paralelo o curso de Ciências Político-Económicas da mesa faculdade.
Pinto Balsemão foi jornalista a partir de 196, chefe de redação da revista “Mais Alto” e secretariou a direção do “Diário Popular” até 1963, chegando a integrar o respetivo Conselho de Administração desse matutino, entre 1965 e 1971. Foi o criador do semanário “Expresso”, em 1973, sendo seu diretor até 1979. Este jornal foi a base para a constituição do grupo de comunicação social “Impresa”, através do qual entrou no mercado da televisão e que detém 100% da SIC, sendo Pinto Balsemão até à atualidade o presidente do Conselho de Administração.
A política também fez parte da vida de Pinto Balsemão. Foi deputado independente à Assembleia Nacional, demitindo-se do cargo em 1973. Foi um dos três membros fundadores do Partido Popular Democrático, atual Partido Social Democrata. Foi deputado da Assembleia Constituinte e chegou a Primeiro-ministro de Portugal entre 1981 e 1983
Pinto Balsemão foi professor associado convidado da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa entre 1987 e 2002 e membro do Conselho Consultivo a Universidade de Lisboa entre 2007 e 2009, chegando a presidente do Conselho da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, em 2009 e a membro do Conselho Consultivo do ISEG em 2010.
Pinto Balsemão teve outras funções públicas relacionadas a banca e com o jornalismo e desempenha cargos de júri de diversas entidades de atribuição de prémios nacionais e internacionais. A sua vida conta com dezenas de títulos, condecorações, distinções e prémios.

PT/MIL/JECFA · Pessoa · 1917-2015

Nascido a 28 de maio de 1917, em Sever do Vouga, João Eduardo Coelho Ferraz de Abreu, licenciou-se em medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto em 1941, enveredando pela especialidade de cirurgia. Exerceu as suas atividades em diversas instituições hospitalares, sendo que aquela onde mais se destacou foi no Hospital da Marinha, onde foi médico naval da Marinha de Guerra Portuguesa, atingindo a patente de capitão-de-mar-e-guerra, acabando por chegar ao cargo de diretor do mesmo. Ingressou nos quadros médicos da Empresa Termoelétrica Portuguesa, chegando a chefe dos serviços médicos da CPE e da EDP.
Exerceu importantes funções políticas, nomeadamente no Partido Socialista (PS), como porta-voz para a saúde do “Gabinte Sombra”, entre 1985 e 1987, como coordenador do Setor de saúde no Gabinete de Estudos, entre 1980 e 1988 e como Presidente do Partido, entre 1987 e 1991. Exerceu, ainda, funções na Assembleia da República pelo círculo eleitoral do Distrito de Aveiro. Foi, também, vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS entre 1983 e 1987 e vice-presidente da Comissão Parlamentar de Saúde entre 1983 e 1986. No fim da sua carreira política e médica foi membro da Assembleia Municipal de Sever do Vouga, em 1997, onde presidiu a Comissão do Conselho Nacional para a Política da Terceira Idade e onde foi membro do Conselho Geral da Fundação Portuguesa de Cardiologia. Foi condecorado, em Portugal, como Oficial da Ordem Militar de Avis, em 1961, sendo elevado a Comendador da mesma Ordem, em 1971. O seu falecimento data de 26 de junho de 2015, em Sever do Vouga (98 anos).

Abecasis, Nuno Krus, 1929-1999, político
PT/MIL/NKA · Pessoa · 1929-1999

Filho de Duarte Monteverde Abecasis e de Maria Amélia Krus, Nuno Krus Abcasis nasceu a 24 de outubro de 1929 em Faro. Licenciou-se em Engenharia Civil, no Instituto Superior Técnico da Universidade Técnica de Lisboa, sendo que a atividade política ocupou grande parte da sua vida profissional, assumindo-se como militante do CDS – Partido Popular. Foi casado com Raquel Ferreira Castela, com quem teve seis filhos.
Em 1975 aderiu ao Partido da Democracia Cristã e, posteriormente, ao Centro Democrático Social. Foi eleito deputado da Portal da Assembleia da República nas legislaturas iniciadas em 1976, 1980, 1983, 1985 e 1995. Integrou o governo de coligação do PS com o CDS, em 1978, como Secretário de Estado das Indústrias Extrativas e Transformadoras. Em 1979, com apoio do CDS e do PSD, foi eleito presidente da Câmara Municipal de Lisboa, conseguindo a reeleição em 1985. No mesmo ano participou na fundação da União das Cidades Luso-Afro-Américo-Asiáticas e, em 1989, na Fundação Cidade de Lisboa. Foi condecorado em Portugal com o grau de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique, em 1983 e de Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo, em 1999 (título póstumo) e na Grécia com o grau de Grã-Cruz da Ordem da Fénix da Grécia, em 1990. Morreu a 14 de abril de 1999, em Lisboa, com 69 anos. Morreu a 14 de abril de 1999, em Lisboa, com 69 anos.

Carneiro, Alberto Almeida, 1937-, escultor
PT/MIL/AAC2 · Pessoa · 1937-

Alberto Almeida Carneiro nasceu a 20 de setembro de 1937, na Trofa, concelho do distrito do Porto. Com 10 anos inicia os estudos como imaginário numa oficina, onde trabalhou por 11 anos. Paralelamente ao trabalho, Alberto Carneiro concluiu os estudos no liceu e, posteriormente, ingressou na Escola de Artes Decorativas Soares dos Reis, no Porto e, também, na Escola António Arroio, em Lisboa, onde frequentou o ensino noturno.
Já com 24 anos, em 1961, Alberto Carneiro regressa ao Porto onde estuda escultura na Escola Superior de Belas Artes do Porto (ESBAP), onde terminou e licenciatura em 1967. Logo em 1968 vai para Londres para a Saint Martin’s School of Art onde concluiu a pós-graduação em 1970. Foi, também, bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian entre 1975 e 1976, onde focou o seu estudo sobre a estética do amanho da terra.
Enquanto aluno da Escola Superior de Belas Artes do Porto, Alberto Carneiro expôs, a título coletivo, em 1963 e individualmente em 1967. Embora a sua formação começasse cedo, a sua atividade profissional iniciou-se no início dos anos 70, tendo sido professor de escultura na ESBAP entre 1972 e 1976 e como diretor pedagógico e artístico do Círculo de Artes Plásticas da Universidade de Coimbra, entre 1972 e 1985. Foi ainda professor da Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto, entre os anos de 1985 e 1994.
Escreveu e colaborou na escrita de textos e livros sobre a arte e à forma como a pedagogia se pode aliar a esta, chegando a participar em conferências, seminários, colóquios, cursos e debates. Dedicou-se, também, à psicologia espiritual, com destaque para o Zen, o Tantra e o Tao.
Realizou cerca de setenta exposições e foi convidado a participar em mais de cem mostras nacionais e internacionais. Algumas das suas obras podem ser visitadas em cidades portuguesas, como “Água sobre a terra, granito e água”, em Santo Tirso ou “A árvore da vida” presente a Biblioteca Almeida Garrett, na cidade do Porto. Fora do país também é possível encontrar obras suas, nomeadamente em Inglaterra, no Derwenthaugh Park com “The Stone garden” ou em Espanha com “As árvores florescem em Huesca”. Alberto Carneiro foi o impulsionador da fundação do Museu Internacional de Escultura Contemporânea de Santo Tirso, em 1996, chegando a ser seu diretor.
Recebeu diversos prémios, entre eles o Prémio Nacional de Escultura, em 1968, o Prémio Nacional de Artes Plásticas, em 1985 e o prémio de Artes do Casino da Póvoa, em 2007.
Morreu no Porto, a 15 de abril de 2017, com 79 anos.