DC 0231 - Círculo Universitário do Porto

Peças escritas: 7 pastas; papel.
Peças desenhadas: 110 peças desenhadas; papel.

• Dados sobre a obra

  • Autor: Fernando Távora
  • Estado da obra: realizada
  • Localização: Porto, Rua do Campo Alegre nº 877
  • Requerente: Universidade do Porto
  • Tipo de construção: recuperação e adaptação de edifício

• Outras informações

  • Colaboradores: José Bernardo Távora, Carlos Martins, Fernando Barroso.
  • Construtor: Sociedade Construções Espaço, Lda.
  • Especialidades:
    Estruturas - Egº António Silva Costa
    Águas e Esgotos - Engº Fernando Noites
    Eletricidade - Engº José Ferraz Campos
    Arranjos exteriores - Arº Pais - Francisco Caldeira Cabral

• Cronologia

  • Outubro de 1986 - Projecto execução
  • Julho de 1987 - Mobiliário e decoração
  • Julho de 1988 - Concurso
  • 1991 - Prémio João Almada 1990

"O palacete que alberga o Círculo Universitário do Porto, sitio na Rua do Campo Alegre, insere-se num conjunto de antigas residências existentes naquela artéria, dotadas de amplos jardins e hoje pertencentes à Universidade do Porto.
Conhecido por "Casa Primo Madeira", do nome do seu último proprietário privado, o palacete pertenceu ao comerciante e figura de prestígio social Pedro de Araújo e associava-se, no referido conjunto, às casas das famílias Burmester e Andresen que se lhe seguiam.
Construída nos fins do século passado, a residência era de início constituída por um edifício de planta rectangular, depois em 1899 ampliado para nascente presumivelmente segundo projecto do Arquitecto José Marques da Silva, e por um edifício anexo que comportava no rés-do-chão a cavalariça e a cocheira e no andar duas residências de empregados.
No jardim, ricamente ornado de japoneiras e de árvores de grande porte e de traçado romântico, situava-se uma pequena casa de serviço e uma estufa.
Quando a Reitoria da Universidade do Porto decidiu a instalação no palacete do Círculo que actualmente o ocupa e tomou posse das respectivas obras de recuperação, houve, naturalmente, que elaborar o respectivo projecto tendo em vista a sua nova função e o seu carácter e estado de conservação.
Da leitura das plantas do edifício facilmente se concluirá da intenção, plenamente realizada, de reduzir ao mínimo as alterações à compartimentação existente, verificando-se assim não apenas a adaptação do edifício ao seu novo programa mas, igualmente, a adaptação do novo programa à pré-existência.
Não deixaremos de referir, para além da recuperação dos dois edifícios, a preocupação com o seu equipamento interior. Para tanto procedeu-se ao desenho de grande parte do mobiliário e de candeeiros de iluminação, tendo em atenção a sua importância para a caracterização funcional e para o reforço do significado e da expressão de cada compartimento. Algum outro mobiliário e equipamento da "época" foi adquirido, tendo ainda sido realizados desenhos e pinturas cedidos em depósito pela Escola Superior de Belas Artes e pela Faculdade de Arquitectura."
Fernando Távora

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